O mercado de vinhos importados no Brasil

Como se comportou o mercado de vinhos importados no País desde 2000? Quem são os líderes em 2008?

por Adão Augusto Morellatto

ADEGA traz uma análise de comportamento do mercado de vinhos importados no Brasil de 2000 a 2008, computando somente o segmento de vinhos finos, de mesa e frisantes, sem contar os espumantes e champanhes.

No ano passado, este mercado no País teve crescimento de 5,81%. Com isso, é possível notar um desempenho preocupantemente inferior aos últimos cinco anos, quando vinha apresentando um crescimento da ordem de 26,79% ao ano. Este é um claro indício das mudanças tributárias, que o principal mercado consumidor teve no primeiro semestre de 2008, e a forte influência cambial, a partir de setembro – período que apresenta os maiores volumes de importação, devido a sua sazonalidade.

Os países exportadores apresentaram o seguinte quadro ao fim de 2008:

1º CHILE
Mais uma vez, mantendo sua hegemonia no mercado brasileiro, com impressionante participação de 34,38% e 30,68% respectivamente em volumes e valores, mais com crescimento de apenas 6,44% sobre 2007.

2º ARGENTINA
Seguindo sua performance de 2007, manteve o segundo lugar como exportador ao Brasil, sendo 26,54% e 22,59% em volume e valor, com um pequeno crescimento de 3,43% sobre o ano anterior.

3º ITÁLIA
Depois de três anos consecutivos na quarta posição em share-value, os italianos findaram 2008 como terceiro maior exportador, tendo participação de 17,91% em volume e 14,73% em valor, e com surpreendente crescimento de 10,64% sobre 2007.

4º PORTUGAL
Apresentou o pior crescimento entre os exportadores, de apenas 0,66% frente a 2007, e sua participação ficou em 11,24% e 14,30%, respectivamente em volume e valores.

5º FRANÇA
Também apresentou um crescimento interessante, de 10,64%, tendência identificada em anos anteriores. Sua participação foi de 4,54% em volume e de 9,81% em valor, observando que o valor médio deste país foi de US$ 6,78 p/ lt – o mais alto valor agregado dos países europeus. Também se deve observar que, em quatro anos, a França aumentou suas exportações para o Brasil em 183,04%.

6º ESPANHA
Surpreendentemente cresceu em 33,98% em relação a 2007, podendo constatar que em seis anos a Espanha aumentou suas exportações em 300,71%. Apesar de uma pequena participação de 1,82% e 3,64% em volume e valor, justifica sua fama de exportador de vinhos de alta qualidade, identificado no custo médio de US$ 6,18 p/lt.

7º URUGUAI
Depois de um crescimento vigoroso em 2007, de 117,56%, em 2008 apresentou queda de 50,12%. Isso pode ser facilmente interpretado pelo aumento do custo médio de 80,30% em lt. Sua contribuição em 2008 foi de 1,70% em volume e 1,26% em valor.

8º AUSTRÁLIA
O pior desempenho de um exportador em 2008, tendo caído 21,23%, depois de quatro anos consecutivos de crescimento a uma média de 47,68% ao ano. Sua participação foi de apenas 0,40% em volume e 0,75% em valor.

9º ÁFRICA SUL
Também apresentou crescimento negativo de 12,76%, embora seu desempenho desde 2000 apresente crescimento 1.424% –, o maior crescimento dos países analisados neste período. Sua contribuição foi de 0,58% de volume e 0,70% de valor.

10º ALEMANHA
Depois de anos em baixa, apresentou, em 2008, o maior crescimento entre os exportadores com 64,23% sobre 2007. No entanto, sua participação ainda está muito aquém dos valores de 2000. Seus índices foram de 0,54% em volume e 0,64% em valor.

#Q#

11º ESTADOS UNIDOS
Este país apresenta um dado muito interessante: o custo médio de seus vinhos em 2008 teve aumento de 95,47% em lt. Não tendo razão para isto, seu crescimento também foi bastante surpreendente, com 62,28% sobre o ano anterior. Sua contribuição estabeleceu-se em 0,12% de volume e 0,33% de valor.

12º NOVA ZELÂNDIA
Desde 2004, apresentou crescimento de 400,05%. E, em 2008, cresceu 28,60%. Salienta-se que este país tem o custo médio mais alto entre os exportadores, na faixa de US$ 9,72 em lt.


Clique na imagem para ampliar

palavras chave

Notícias relacionadas