Carta de intenção assinada pela OIV na FAO quer garantir a preservação de recursos genéticos da viticultura
por Silvia Mascella
No final do mês de novembro último aconteceu, na sede da FAO (Organização de Agricultura e Alimentos das Nações Unidas) em Roma, a assinatura de uma Carta de Intenções que prevê a preservação de matrizes genéticas de videiras e recursos vegetais através de um trabalho colaborativo para garantir o futuro da produção de uvas e vinhos.
Os signatários do documento foram a OIV (Organização Internacional da Uva e do Vinho) e o orgão da FAO, o ITPGRFA (Tratado Internacional de Recursos Genéticos Vegetais para Alimentos e Agricultura), que garantem que as ações irão muito além da formalização das intenções numa carta.
As negociações que resultaram na carta assinada começaram meses atrás e representam, segundo informações da OIV, um comprometimento mútuo para atuação e cooperação nas esferas política, científica e técnica para a preservação, conservação e o melhoramento dos recursos genéticos das plantas, com foco na sustentabilidade do setor viticultor.
As duas organizações ressaltam a importância (e se comprometem a trabalhar) da preservação da biodiversidade das videiras e a conservação das empresas do setor de vitivinicultura. Algumas das ações que devem ser postas em prática incluem desde o intercâmbio de informações científicas até o planejamento e instauração de padrões internacionais para a catalogação de material genético.
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Por fim, as entidades se comprometeram a trabalhar em prol da resolução internacional que abrange muitos outros setores além da viticultura, que é a "Sustainable Development Goal 15" da ONU, que tem por objetivo proteger, restaurar e promover a utilização sustentável dos ecosistemas terrestres, manejo sustentável de florestas, combate à desertificação e contenção da perda da biodiversidade.