Mundovino

Prensa de vinho de 2.700 anos é encontrada por arqueólogos no Iraque

A estrutura data dos reinados de Sargão II (721-705 a.C) e seu filho Sennacherib

por Glaucia Balbachan

Instalações vinícolas encontradas no Iraque

Construção do canal de irrigação (Terra Di Ninive/AFP)

Após a recente descoberta de uma vinícola em Israel de 7 mil metros quadrados e 1.500 anos, arqueólogos anunciam a descoberta de uma prensa de vinho, um canal de irrigação e esculturas no Iraque em o que deveria ser uma vinícola datada do século 8 a.C.

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A equipe de arqueólogos do Departamento de Antiguidades em Dohuk, revelou painéis de pedras com relevos mostrando reis rezando para deuses e um canal de irrigação com quase nove quilômetros de comprimento na região de Faida, no norte do Iraque.

Vinícola com 2700 anos encontrada no Iraque

Arqueólogos no Iraque descobrem poços em pedras usados para prensar as uvas (Terra Di Ninive/AFP)

De acordo com o arqueólogo italiano Daniele Morandi Bonacossi, há vários relevos rochosos no Iraque. “Em especial na região do Curdistão encontra-se facilmente esses painéis de pedra com vários desenhos em relevo, mas nada tão monumental como esse”, conta.

O canal de irrigação foi cortado em calcário para transportar água das colinas para os campos dos agricultores e as esculturas foram feitas para lembrar de Sargão II, o rei que ordenou a construção.

Em Khinis, perto de Dohuk, os arqueólogos desenterraram bacias gigantes de pedras cortadas em rochas brancas que foram usadas na produção comercial de vinho durante o reinado de Sennacherib, no final do século 8 e início do século 7 a.C. Em uma espécie de fábrica de vinho industrial com 2.700 anos, foram encontradas 14 instalações que eram usadas para a prensa das uvas e para produção de vinho.

Esculturas de deuses encontradas em prensa de vinho com 2700 anos

Esculturas de deuses, reis e animais sagrados de 2.700 anos atrás (Terra Di Ninive/AFP)

O Iraque foi o berço das primeiras cidades do mundo. Esculturas famosas que sobreviveram podem ser vistas no Museu do Iraque em Bagdá, no Louvre em Paris e no Museu Britânico em Londres.

Porém, o país também é um local para contrabandistas de artefatos antigos. Saqueadores dizimaram o passado antigo do país, desaparecendo uma parte da história da humanidade.

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