Pesquisa mostra que os rótulos vedados com rolhas de cortiça aumentaram mais que o dobro do que os que usam screw cap
por Glaucia Balbachan
Vinhos com rolha de cortiça saem na frente na escolha do consumidor jovem em vez de garrafas com rolha de rosca
Um relatório encomendado pela APCOR – Associação Portuguesa de Cortiça – apresentou dados analisados os 1.500 rótulos mais vendidos no Reino Unido e constatou que os vinhos vedados com cortiça natural continuam a aumentar em comparação com aqueles fechados com tampa de rosca, a famosa screw cap.
A análise mostra um aumento de valor de 29% para garrafas com rolha de cortiça contra um aumento de 10% para vinhos com screw cap nos últimos 4 anos.
Segundo João Rui Ferreira, vice-presidente da APCOR, há um interesse inerente em optar por vinhos de tampa de cortiça, especialmente os millennials. “É um produto 100% renovável, 100% natural e 100% reciclável. As rolhas de vinho usadas viram uma segunda vida em revestimentos, roupas, sapatos e muito mais”.
As florestas de sombreiros (árvore que produz a cortiça), possuem algumas das maiores biodiversidades e agricultura sustentável da Europa, retendo até 14 milhões de toneladas de CO₂ por ano.
E esse é um cenário que não se limita à Europa.
Os vinhos do novo mundo com rolha de cortiça tiveram um aumento de 19%. A Argentina está impulsionando essa tendência com 40% dos novos vinhos mundiais com a vedação, em seguida está a Austrália com 24% de aumento e África do Sul com 16% mais rótulos vedados com cortiça.
No velho mundo a rolha de cortiça ainda é a escolhida na gigantesca maioria dos casos com 81% de participação de mercado.
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