Penfolds chinês

Treasury Wine Estates planeja lançar uma versão chinesa do icônico Penfolds

Medida é uma tentativa de evitar as tarifas de importação incapacitantes que a China impôs aos produtos australianos

Penfolds, o grande ícone australiano
Penfolds, o grande ícone australiano

por André De Fraia

Com uma queda de 26% nas exportações de vinho, em grande parte devido às tarifas chinesas, as vinícolas australianas buscam alternativas para escoar os seus produtos.

E a Treasury Wine Estates, uma das maiores produtoras de vinho do mundo, encontrou uma um tanto quanto inusitada.

A icônica vinícola tem planos de contornar as tarifas lançando uma versão fabricada na China de sua marca mais famosa, a Penfolds.

“A China é uma região emergente de produção de vinhos finos e estamos confiantes de que podemos produzir um Penfolds chinês premium que mantém o estilo distinto da casa Penfolds e qualidade intransigente”, diz o CEO, Tim Ford.

As tarifas e o pesadelo para as vinícolas australianas

O gigantesco mercado consumidor chinês se tornou um dos principais destinos de diversos vinhos mundo afora. E isso se tornou uma realidade principalmente para produtores australianos que, com a proximidade geográfica e os bons preços, tiveram o mercado chinês como principal comprador.

Treasury Wine Estates planeja lançar uma versão chinesa do icônico Penfolds
Vinícolas australianas estão sofrendo com as tarifas chinesas

Porém, em novembro de 2020 a China anunciou o início de uma taxação que varia entre 107,1% e 212,1% sobre os vinhos australianos. Essa medida veio depois da reclamação do setor vinícola chinês que alegou práticas ilegais de mercado do governo australiano favorecendo suas vinícolas. A China diz ter mais de 40 investigações de subsídios que justificariam a taxação dos vinhos da Austrália.

 A medida, no entanto, está levando as vinícolas australianas ao colapso, no ano fiscal de setembro de 2019 a setembro de 2020 a China foi responsável por 39% das compras internacionais do vinho australiano "Este é um golpe devastador para as empresas do vinho que negociam com a China", disse o ministro australiano do Comércio, Simon Birmingham. "Achamos que é injustificado e sem evidências para apoiá-lo", finaliza sobre os impostos.

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