Ecos do terror

Vinícolas na Ucrânia mostram resiliência em meio à guerra

Em meio as incertezas da guerra as vinícolas da Ucrânia tentam sobreviver e mercado local mostra certa resiliência

Divulgação
Divulgação

por Redação

A Ucrânia segue mantendo seus esforços de guerra após um ano da invasão russa e a indústria do vinho mantém alguma resiliência em meios as incertezas e tragédias. Os relatórios de negócios apontam a perda de quase metade das importações de vinhos.

Os dados podem ser vistos de forma negativa e positiva. O primeiro caso por razões óbvias, o país que sofre com os horrores da guerra perdeu metade do consumo de vinho, mas por outro lado, dado as circunstâncias, manter um mercado ainda em funcionamento é uma notícia positiva.

Todavia, a produção interna foi severamente comprometida, visto que muitas vinícolas estão ao sul da Ucrânia, região que desde meados de março do ano passado se tornaram placo de severos combates entre forças nacionais e russas. Além disso, segundo o Transparency International Russia, ao menos 730 empresas ucranianas passaram a ter registro russo, em especial nas regiões Zaporizhzhya.

O governo russo encampou parte das vinícolas e produtores de vinhos, que em alguns casos passaram a ser administradas por gestores de Krasnodar, cidade ao sul da Rússia e próxima da fronteira com a Ucrânia.

Segundo o Wall Street Journal, o ex-ministro da agricultura russo Alexander Tkachev, se tornou o maior proprietário de terras agrícolas da Rússia, possuindo ao menos 660.000 hectares, sendo que 20.000 estão na Criméia e outros 160.000 nos territórios anexados da Ucrânia.

Ainda assim, as vinícolas na margem direita do Dniepre estão relativamente intactas, ainda que com restos de peças de artilharia e munição não detonadas. O processo de limpeza poderá levar vários anos, até retomar a segurança e capacidade de produção. Já as vinícolas de Mariupol sofrem com falta de cuidados, não tendo irrigação e nem aquecimento.

Já a venda de vinhos em Kiev e demais cidades hoje distantes fisicamente das zonas de combate sobrevivem com margens menores que do passado recente, mas ainda demonstram capacidade de operar mesmo em um ambiente hostil.

palavras chave

Notícias relacionadas