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Batalha da Champagne: original é só a francesa, embora suíços quisessem se apropriar do nome

Caso foi parar no tribunal e saiu o veredito a favor da região na França

por André De Fraia

Champagne suíça trava uma batalha judicial com a famosa homônima francesa

Para produzir um Champagne, entre outras regras, é preciso estar em Champagne. E isso não se discute. Não?

Os suíços da cidade de Champagne resolveram polemizar o tema.

Desde o ano passado os vinhos produzidos na Champagne suíça, em sua maioria brancos tranquilos e não espumantes, ganharam o direito de colocar nos seus rótulos a origem como “Commune de Champagne”. Afinal, de acordo com os defensores da Champagne suíça, seria impossível confundir seus vinhos com os famosos Champagnes franceses.

As regras internacionalmente aceitas, no entanto, veem a “confusão” como uma forma de enganar o consumidor e navegar no sucesso do seu homônimo francês.

Foi, então, a partir deste questionamento o Comité do Vinho de Champagne, órgão responsável por defender os interesses dos produtores da região francesa, pediu a justiça do cantão de Vaud que proibisse a utilização da palavra “Champagne” nos rótulos.

Afinal, a nomenclatura ia contra ao acordo bilateral que a Suíça tem com a união Europeia que expressa a "proteção exclusiva ao nome francês 'champagne'".

O caso acaba de ser julgado e o lendário Champagne francês venceu. Agora, a pequena municipalidade suíça com apenas 28 hectares de vinhedos, terá que encontrar um novo nome para a sua denominação de origem.

E, claro, vinhos produzidos com a antiga denominação viram item de colecionador – não importa a qualidade da bebida.

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