Uma colheita marcada pelos extremos climáticos

Colheita mundial de vinho será a menor em 62 anos

Segundo a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), a colheita mundial será a menor desde 1961

Imagem Colheita mundial de vinho será a menor em 62 anos

por Redação

A Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) estima que a produção mundial de vinho deverá reduzir 7% em 2023, atingindo o nível mais baixo desde 1961. Entre os motivos estão as condições climáticas extremas, como secas e inundações, que impactaram todas as principais regiões produtoras do mundo.

É esperada uma produção de cerca de 244 milhões de hectolitros de vinho este ano, contra os 262 milhões em 2022.

As uvas são altamente sensíveis às variações climáticas e os produtores estão percebendo os efeitos nas suas vinhas, com alterações no ciclo de crescimento, especialmente por conta dos eventos climáticos extremos que se tornaram mais frequentes. Este ano foi marcado por vários recordes relacionados com o clima, desde ondas de calor e incêndios florestais fora de controle, até índices pluviométricos nunca vistos.

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Nos países da União Europeia, por exemplo, a produção deve cair 7% este ano, segundo a OIV. A Grécia foi o país mais afetado, com uma queda de 45% na colheita, agravado por doenças da uva associadas à seca. Somente a França teve estabilidade, apesar do sul e do sudoeste do país terem sofrido com o míldio e com a escassez de chuva.

Por outro lado, os produtores acreditam que a baixa produção pode trazer um certo equilíbrio ao mercado mundial de vinhos, por conta do contexto econômico e geopolítico adverso, somado a alta da inflação, o que provavelmente causará a diminuição do consumo mundial de vinho. Além disso, houve alta dos estoques em muitas regiões, pressionando os preços para baixo e ampliando as dificuldades de diversos produtores.

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