O icewine é licoroso e adocicado, feito com Riesling, Carbenet Franc, Pinot Noir, Syrah e Vidal, colhidas a -10ºC
por Redação
Conta a história que na Alemanha do século 18, um viticultor viajou para longe a negócios e, quando voltou para casa, as uvas de suas videiras já estavam congeladas e maduras. Mesmo assim, o produtor as colheu e criou o primeiro Eiswein ou ice wine, o vinho do gelo.
Com seu método de produção único, o vinho do gelo é feito em locais de temperatura baixa e comumente suas vinhas são compostas pelas castas Riesling, Carbenet Franc, Pinot Noir, Syrah e Vidal.
O ice-wine é uma bebida difícil de conceber. Se a nevasca for baixa, as frutas podem apodrecer e, se for muito rígida, as uvas não gerarão nenhum suco.
No Canadá, o maior produtor do mundo do estilo, as condições de crescimento e produção do vinho gelado são rigorosamente protegidas pela Vintners Quality Alliance (VQA), um programa reconhecido internacionalmente que define os padrões e a certificação dos vinhos.
Em uma safra habitual, as uvas são colhidas em um clima estável, variando entre - 8ºC e -10°C. A colheita deve ser realizada à noite, horário propício para uma temperatura estável que não comprometa a integridade produtora das frutas.
Após a primeira etapa, as uvas são prensadas. Neste momento, elas estão muito duras e ao serem esmagadas liberam todo o gelo, que não se mistura com o sumo, deixando um suco superconcentrado.
O mosto não pode ser refrigerado artificialmente, somente no processo de fermentação no tanque, que demora de três a quatro meses. O ice wine só pode possuir açúcar residual e seu álcool deve ser resultado do açúcar natural das uvas.
A bebida somente é produzida em poucos locais, afinal conseguir as condições climáticas ideais não são exatamente simples. Assim os grandes produtores são Canadá, Alemanha, Áustria e Suíça.