Estudo de Harvard

Consumo de flavonoides pode diminuir a mortalidade em pessoas com Mal de Parkinson

Novo estudo de Harvard aponta benefícios no consumo de vinho tinto e frutas com antocianinas

Segundo pesquisa, os flavonoides, presentes no vinho tinto e em frutas vermelhas, são a chave
Segundo pesquisa, os flavonoides, presentes no vinho tinto e em frutas vermelhas, são a chave

por Silvia Mascella Rosa

Moderação é sempre o principal aviso, principalmente quando se trata de álcool. No entanto, a cada dia novos estudos apontam que o consumo sistemático (embora controlado) de vinho, pode não ser prejudicial para algumas pessoas e até ser coadjuvante de uma vida mais longa e saudável. Um novo estudo, publicado na revista Neurology, foi feito por pesquisadores da Universidade Penn State, Universidade de Harvard e a T.H. Chan - Escola de Saúde Pública, descobriu que o consumo de flavonoides (compostos polifenóicos encontrados em frutas e alimentos naturais ou baseados em frutas, como o vinho) pode diminuir a mortalidade de pessoas que vivem com o Mal de Parkinson.

O estudo analisou as bases de dados de dois grupos: 121 mil enfermeiras com idades entre 30 e 55 anos (iniciando em 1976) e 51 mil homens, profissionais de saúde, com idades entre 40 e 75 anos. Dentro desses grupos, o pesquisador chefe Xiang Gao e sua equipe analisaram 599 mulheres e 652 homens que foram diagnosticados com o Mal de Parkinson e acompanhados com testes e questionários sobre alimentação a cada 4 anos até 2012.

Através das respostas do consumo frequente de alimentos e bebidas ricos em flavonoides (como chá preto, maçãs, laranjas, frutas vermelhas e vinho tinto, entre outros), os alimentos foram separados em subclasses, de acordo com o tipo de flavonoide, como antocianinas e Flavan-3, comumente encontrados no vinho tinto. O estudo também separou os participantes em grupos de acordo com a frequência do consumo e os resultados mostraram que as pessoas que desenvolveram Parkinson e que consumiram mais flavonoides (maior ou igual a três porções por semana) tiveram o risco de mortalidade reduzido entre 25 e 40%. Mais especificamente, para aqueles que consumiram a maior quantidade de antocianinas (encontradas em frutas vermelhas e negras e no vinho tinto), a chance de sobrevivência foi de 66% em comparação com o grupo que consumiu menos.

"Nós não encorajamos as pessoas que nunca beberam vinho e estão com Parkinson a começar a beber! Mas o estudo revela evidências do efeito neuro protetor das frutas e vegetais e do consumo moderado de vinho tinto associado a um risco menor de mortalidade desses pacientes", disse o Dr. Xiang Go em entrevista. Por consumo moderado, entenda-se uma taça para mulheres e duas para homens por dia, segundo as recomendações nos EUA.

O pesquisador ainda acrescentou que os resultados não são uma surpresa, pois estudos anteriores já revelavam que o consumo sistemático de alimentos ricos em flavonoides ajudaram a prevenir problemas do sistema nervoso central. Isso porque os flavonoides são antioxidantes que reduzem as neuro inflamações e que podem diminuir a perda de neurônios e proteger contra o declínio cognitivo.

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