Fresco e jovem

Descubra por que o vinho verde não é verde

Bebida reflete a tradição, o terroir e a paisagem exuberante de uma região portuguesa

Os "vinhos verdes" podem ser brancos, rosés ou tintos - Dall-E
Os "vinhos verdes" podem ser brancos, rosés ou tintos - Dall-E

por Redação

O vinho verde tem esse nome não por causa da própria cor, mas devido à região onde é produzido e pelo estilo jovem e fresco da bebida. Ele é originário da Região Demarcada dos Vinhos Verdes, localizada no noroeste de Portugal, onde o clima e o solo dão características únicas aos vinhos.

O termo "verde" faz alusão à juventude do vinho, que geralmente é consumido pouco tempo após a produção, mantendo a frescura, a leveza e a acidez marcante. Esse frescor lembra algo "verde", em contraposição a vinhos mais maduros ou envelhecidos.

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Curiosamente, os vinhos verdes podem ser brancos, rosés ou tintos, com o branco sendo o mais popular – e muitas vezes com um leve toque frisante.

A origem do nome

Então, de onde vem essa denominação? Existem duas explicações mais conhecidas. Uma afirma que o nome reflete a alta acidez das uvas da região, que, mesmo maduras, dão a impressão de serem colhidas antes do ponto ideal. A outra sugere que “vinho verde” faz referência às paisagens da região, dominadas por extensos campos cultivados, em tons de verde, que se estendem até o horizonte.

A explicação mais completa foi dada por Luís Lopes, editor da Revista de Vinhos: o nome, usado desde o século XIX, provavelmente resulta da combinação do clima local e das antigas práticas vitícolas. Essas práticas, como o cultivo de vinhas altas e bem irrigadas, influenciavam a maturação das uvas, resultando em vinhos produzidos com frutos verdes. De fato, a legislação portuguesa de 1946 classificava os vinhos em duas categorias: “verdes” e “maduros”.

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O vinho verde é único por causa da tipicidade, que reflete o microclima, o solo e as castas da região, além das técnicas de cultivo. É leve, aromático e refrescante, com teor alcoólico geralmente abaixo de 11,5%. Uma das marcas registradas são as “agulhas” (pequenas bolhas), com exceção dos brancos feitos com a casta Alvarinho, que são mais encorpados e têm cerca de 13% de álcool.

Nos últimos anos, produtores da Região Demarcada dos Vinhos Verdes (RDVV) têm investido na produção de espumantes. A acidez natural e o baixo teor alcoólico do vinho verde o tornam ideal para o método clássico de produção, permitindo criar espumantes de alta qualidade.

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