Pesquisa mostra que vinho espanhol pode estar relacionado à redução da pressão arterial e à restauração da função arterial
por Redação
Um estudo recente da Universidade de Barcelona, publicado na Clinical Nutrition, descobriu que o consumo moderado de Jerez estava relacionado à redução da pressão arterial e à restauração da função arterial. Foi uma amostragem bem pequena, mas que trouxe esse revelação curiosa.
Os pesquisadores conduziram um estudo controlado e randomizado com 38 voluntários do sexo masculino com idades entre 55 e 80 anos. Todos os participantes bebiam álcool moderadamente e tinham três ou mais dos seguintes fatores de risco: fumante ativo, hipertensão, alto colesterol, obesidade e/ou histórico familiar de doença cardiovascular. Do total de participantes, 92% foram classificados como obesos, 71% como hipertensos, 23% como diabéticos tipo 2 e 13% como fumantes.
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Os voluntários foram divididos aleatoriamente em dois grupos. Ambos os grupos receberam 30 gramas de etanol (aproximadamente o equivalente a duas taças de vinho) por dia, na forma de Jerez ou gim por três semanas, seguido por um período de duas semanas em que os voluntários foram convidados a não consumir álcool.
Os pesquisadores também monitoraram a dieta por meio de registros alimentares e ligações semanais. O consumo total de vinho foi medido através das concentrações de ácido tartárico encontradas nas amostras de urina.
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Os pesquisadores estavam procurando no sangue a expressão de células progenitoras endoteliais (EPCs), que atuam como um mecanismo de defesa ao se anexar às paredes das artérias danificadas e reparar e restaurar sua função.
Os resultados mostraram um aumento de 40% na expressão de EPC após a ingestão de Jerez, enquanto os bebedores de gim não mostraram nenhum efeito significativo. Os participantes do grupo do vinho também viram os valores da pressão arterial sistólica e diastólica diminuir em 3% e 4%, respectivamente.
O grupo do gin viu efeitos muito diferentes, com um aumento de 0,7% no colesterol total e um aumento de 10% no colesterol LDL.
“Como não houve mudanças na ingestão alimentar de outros antioxidantes ou após a intervenção do gim, os principais efeitos anti-inflamatórios observados neste estudo podem ser atribuídos principalmente aos polifenóis no Jerez”, escreveu o autor principal, Ramón Estruch.
Uma das maiores limitações deste estudo é o pequeno tamanho da amostra, mas os pesquisadores dizem que seus resultados corroboram estudos anteriores com métodos e tamanhos de amostra semelhantes.
“A principal conclusão do estudo é que o vinho branco, especialmente Jerez, pode exercer maiores efeitos cardioprotetores do que o gim por causa de seu maior conteúdo polifenólico”, disse Estruch.
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