Após cumprir 10 anos de prisão indonésio falsificador de vinhos volta a cometer crimes
por Redação
Sete convidados para um elegante jantar em Cingapura, em julho deste ano, no exclusivo Pines Club, estavam degustando os ícones Romanée-Conti e Chateau Petrus de 1990, certos de estarem provando dois dos vinhos mais raros do mundo. Mas eram todos falsos.
A fraude foi descoberta através de fotos do evento vistas por uma especialista de vinhos do site Wine Fraud. O responsável por fazer os vinhos falsos é conhecido da polícia e do mundo do vinho: Rudy Kurniawan.
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Nascido e criado na Indonésia, Rudy Kurniawan foi condenado nos EUA em 2014 por falsificações de vinhos, em valores estimados pelo FBI em US$ 30 milhões (R$ 147,4 milhões), bem como por fraude bancária num empréstimo de US$ 7 milhões (R$ 34,4 milhões) que obteve com informações falsas.
Quando o site identificou mais um "trabalho" de Rudy, o falsificador tinha acabado de cumprir pena 10 anos nos Estados Unidos e havia sido deportado.
O site Wine Fraud informou que Kurniawan estrelou um evento semelhante, no qual a maioria dos 15 convidados também preferiu suas versões falsas de Domaine Jacques-Frederic Mugnier Le Musigny de 1990 e Château Cheval Blanc de 1982 aos originais. As bebidas são produzidas em zonas de conflito, como na Irlanda do Norte e na própria Indonésia, o que dificulta a repressão a este tipo de crime.
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Os "negócios" ilegais estão enraizados na família. Hendra Rahardja, sua tia, cometeu fraude bancária na Indonésia por mais de US$ 200 milhões (R$ 982,2 milhões) e foi condenada à prisão perpétua à revelia, porque tinha fugido do país. Seu marido, Eddy Tansil, foi mais ousado. Ele desviou US$ 420 milhões (R$ 2,1 bilhões) de um banco indonésio e cometeu suborno para sair da prisão dois anos depois de cumprir uma pena de 17 anos.
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