O rei Momo e o deus Dionísio têm muito em comum, celebre o Carnaval com os melhores vinhos rosés que selecionamos
por Silvia Mascella
As origens da celebração do Carnaval são bastante controversas. A festa "quase" como a conhecemos atualmente não é tão antiga assim, e segue a tradição cristã, uma vez que a própria palavra "carnaval' vem do latim, que significa dar adeus à carne, ou o período que precede os quarenta dias antes da Páscoa, onde os fiés são orientados a não consumir carne.
Como muitas celebrações do calendário cristão foram modificadas para diminuir a influência das celebrações pagãs ou de outros deuses, o Carnaval pode ter sua origem nas festas dos deuses gregos e romanos do vinho, Dionísio e Bacco, respectivamente. As festas para esses deuses aconteciam em março, outubro, setembro e novembro.
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É importante lembrar que o calendário como o conhecemos, o calendário Gregoriano, foi estabelecido na Europa apenas em fevereiro de 1582, em substituição ao calendário juliano, implementado pelo imperador Júlio César em 46 a.C. Dessa forma, as datas e os meses eram regidos pelo ano solar, mas com defasagem pois esse ano juliano foi modificado algumas vezes chegando a ter 455 dias e 15 meses.
A verdade é que a data móvel do Carnaval se deve ainda ao ciclo lunar e, por isso, há uma correlação entre a celebração das festas dos deuses do vinho com o ciclo natural e com a chegada do meio do inverno (no Hemisfério Norte), onde os dias começam gradualmente a ficar mais longos em meados de fevereiro.
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Nos festivais dos deuses gregos e romanos, escravos e senhores trocavam de roupas, dançavam, cantavam, bebiam e se lançavam em jogos amorosos para celebrar a volta das luzes e a chegada da próxima estação. Na Itália, especialmente em Veneza, a celebração do Carnaval era o momento de nobres e plebeus se misturarem, com as máscaras protegendo suas identidades.
No Brasil a festa chegou no começo do século 18, com os portugueses das ilhas do Açores, Madeira e Cabo Verde trazendo o 'Entrudo', festa que levava o povo à ruas para fazer bagunça verdadeiramente. Os bailes de máscaras começaram quase 100 anos depois, assim como as festas nas ruas, especialmente para a classe trabalhadora, com desfiles e bandas.
Ao mesmo tempo o ritmo musical que conhecemos como samba foi se desenvolvendo entre os escravos diretamente das favelas para as ruas, ainda antes da abolição em 1888. Os blocos e agremiações tomavam as ladeiras e avenidas das cidades levando a celebração para todos, cada um com os toques regionais, como o frevo Pernambucano, por exemplo. Das agremiações nascem as escolas de samba, sendo a mais antiga a 'Estação Primeira de Mangueira', fundada em 1928 no Rio de Janeiro.
Para celebrar o Carnaval com alegria e uma boa homenagem à Dionísio, Momo e Bacco, selecionamos os melhores vinhos rosés degustados por ADEGA que combinam beleza, sabor, muitos aromas encantadores e variadas possibilidades de harmonização com petiscos de sanduíches.
Thera, Serra Catarinense, Brasil
R$ 180,00
Vivalti, São Joaquim, Brasil
R$ 106,00
Viña Zorzal Wines, Navarra, Espanha
World Wine
Quinta de Covela, Minho, Portugal
Berkmann Wine Cellars
R$ 165,00
Viña Vik, Cachapoal, Chile
Vila Porto Vinhos
R$ 153,00
Quinta do Piloto, Península de Setúbal, Portugal
Maison Du Vin
R$ 157,00
Emiliana, Casablanca, Chile
La Pastina
Sacramentos Vinifer, Faria Lemos, Brasil
World Wine
R$ 129,00
Garcés Silva, Leyda, Chile
Mistral
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