Ao longo da história existiram inúmeros formatos de garrafas, mas a que ficou é a de 750 ml, mas por que?
por Redação
Você já parou para se perguntar o porquê de uma garrafa de vinho ter exatamente 750 ml e não 1 litro “redondo”?
Pois é. Quando paramos para refletir sobre essa questão, podemos conjecturar muitas hipóteses. Algumas delas podem ou não ter a ver com os três quartos de litro terem se tornado a medida padrão das garrafas de vinho.
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Muitos aventam a possibilidade de que os 750 ml tenham nascido da capacidade pulmonar dos sopradores de vidro. Há quem diga que os sopradores de vidro só eram capazes de moldar recipientes com capacidade para 650 ou 750 ml de líquido quando sopravam o vidro quente. Mas, se a “industrialização” da produção ocorreu no século XVII, por que ainda assim esse “padrão” foi mantido?
Parece pouco provável, não? Então, outra teoria diz que 750 ml era a quantidade média de vinho consumido por refeição por um europeu. É inegável que o pessoal antigamente bebia vinho em profusão. Aliás, vale lembrar que, durante a Idade Média, era mais seguro beber vinho do que água. Ainda assim, essa tese não parece das mais confiáveis.
Há quem sustente ainda que a medida teria sido padronizada em decorrência da quantidade de taças servidas em um restaurante. Ou seja, com 750 ml, você poderia servir até seis taças de 125 ml. Haja precisão na hora de servir!
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A possibilidade mais aceita, contudo, remete ao comércio entre França e Inglaterra. Ou seja, deveu-se a uma questão de ajuste de medidas. Enquanto os franceses usavam litros como unidade de volume, os ingleses utilizavam os galões imperiais – que equivalem a 4,54609 litros. Os vinhos eram embarcados em barricas de 225 litros, o que correspondia a aproximadamente 50 galões. E esses 225 litros também equivaliam a 300 garrafas de 750 ml.
Então, para facilitar, uma barrica equivalia a 50 galões ou 300 garrafas. Dividir 300 por 50 resulta em seis garrafas por galão. Acredita-se que, por essa razão, até hoje os vinhos são costumeiramente vendidos em caixas de seis ou 12 garrafas.
Enfim, como sempre, em quase tudo na história da humanidade e do vinho, essa questão foi definida pelo comércio. Vale lembrar, contudo, que a legislação apontando que 750 ml seria “definitivamente” o padrão é da década de 1970.