Qual é a verdadeira origem do vinho? Descubra a história na Turquia

Quando pensamos em vinho, países como França, Itália e Espanha costumam vir à mente. Mas o que pouca gente sabe é que a Turquia guarda as raízes milenares dessa tradição. Sim, é na antiga região da Anatólia – território que hoje compõe boa parte da Turquia – que muitos historiadores acreditam ter surgido a cultura do vinho.

Por volta do século VI a.C., colonizadores gregos levaram videiras da Anatólia para a Gália, atual França, ao fundarem o porto de Massilia, hoje conhecido como Marselha. Desde então, os vinhos franceses ganharam fama mundial, mas as origens dessa bebida milenar podem estar no solo turco.

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Civilizações antigas e a história do vinho turco

Ao longo de milênios, povos como fenícios, persas, gregos, romanos e bizantinos cultivaram uvas e produziram vinho na região. Cada civilização deixou sua marca, criando uma herança rica e diversa na vitivinicultura.

No entanto, durante o Império Otomano (1299–1922), o consumo de álcool foi oficialmente proibido pelos governantes muçulmanos. Mesmo assim, comunidades não muçulmanas mantiveram viva a produção de vinho, que era tolerada. Com o fim do império e a formação da República da Turquia em 1923, boa parte das minorias étnicas deixou o país – levando com elas os saberes e tradições enraizados no vinho.

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Apesar da legalização da produção e do consumo de vinho sob o governo secular de Mustafa Kemal Atatürk, a qualidade da vitivinicultura turca entrou em declínio. As novas empresas que assumiram os vinhedos deixados por gregos e armênios passaram a focar na quantidade e na comercialização, deixando de lado a excelência artesanal.

Hoje, o país tenta resgatar essa história, com novos produtores apostando em uvas autóctones e técnicas modernas, buscando recuperar o prestígio que a Turquia já teve no mundo do vinho.