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Programa piloto usa cães para detectar pragas em vinhedos

Animais se mostraram capazes de identificar cochonilhas e o vírus leafroll 3

Imagem Programa piloto usa cães para detectar pragas em vinhedos

por Redação

Quatro cães farejadores foram usados em um programa piloto, com o objetivo de detectar pragas em vinhedos. Os resultados, divulgados no último mês de novembro em um evento na Califórnia (EUA), apontam que os cachorros foram capazes de identificar a presença de cochonilhas e dos vírus que causam o enrolamento das folhas das videiras.

De acordo com informações divulgadas pelo site Wine Business, participaram do estudo um labrador chamado Malbec, um pointer alemão chamado Cab e dois springer spaniels chamados Sauvi B e Zinny. Cada um é especializado em identificar uma das duas pragas, de “forma rápida e precoce”, segundo a pesquisadora responsável.

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Durante a apresentação, Stephanie Bolton destacou que os cães detectaram o vírus leafroll 3 em 93,4% das vezes e a presença das cochonilhas em 97,3% em média – contra 93,4% e 91,4% alcançados por laboratórios comerciais, respectivamente. O descarte certeiro de ambas as pragas também aconteceu em quase 100% dos casos.

Além da precisão considerada alta, a pesquisadora ressaltou as vantagens econômicas: um vinhedo de aproximadamente 16 hectares poderia ser examinado por um profissional acompanhado de dois cães por um custo de US$ 5.200 (cerca de R$ 31.500). Nesse cenário, o programa custaria menos de US$ 0,25 por bloco de videira.

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“O olfato aguçado dos cães podem detectar cochonilhas e o vírus em blocos de viveiros e vinhedos comerciais em um nível que contribui para o manejo integrado de pragas, sendo economicamente viável e escalável. Portanto, tem um grande potencial para a sustentabilidade da indústria vitivinícola”, disse Stephanie Bolton.

Os quatro cães que integraram o programa piloto foram treinados por um canil especializado, na cidade de Fresno, na Califórnia. Dentre as qualificações para o trabalho, estava o fato de adorarem “procurar brinquedos”. Oriundos de diversos países, os cachorros também foram descritos como “amigáveis” e “dóceis”.

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