Estudo analisou os efeitos da bebida, quando combinada com refeições saudáveis
por Redação
O consumo moderado de vinho, quando feito junto a refeições balanceadas, traz benefícios à saúde e reduz o risco de problemas cardiovasculares. Essa é a conclusão de um estudo conduzido pela Universidade de Barcelona, em parcerias com outras instituições, e publicado no European Heart Journal na quarta-feira (18.dez.2024).
Para medir de forma objetiva o consumo da bebida, os pesquisadores analisaram a concentração de ácido tartárico na urina. Trata-se de uma molécula produzida, principalmente, a partir de uvas – que não foram ingeridas de outras formas, como in natura ou em sucos, a fim de obter um controle mais preciso.
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Ao todo, participaram 1.232 pessoas, com idade média de 68 anos e com alto risco cardiovascular. Do total, 685 tiveram algum problema de saúde do tipo (infarto ou AVC, por exemplo) e 625 foram selecionadas aleatoriamente. Todos os participantes também se alimentavam com base na chamada “dieta mediterrânea”.
Depois de anos de acompanhamento, o estudo concluiu que o consumo leve de vinho (de uma taça por semana a menos de meia taça por dia) reduz o risco de doenças cardiovasculares em 38%, enquanto o consumo moderado (de meia taça a uma taça por dia) promove uma redução de 50%.
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No texto, os pesquisadores ressaltam que os benefícios desaparecem quando se ultrapassa o limite de uma dose diária e que o excesso de álcool tem consequências graves para a saúde. Eles também esclarecem que a análise considerou a ingestão da bebida feita sempre junto às refeições da dieta mediterrânea, nunca de forma isolada.
“O consumo leve a moderado de vinho, medido por meio de um biomarcador objetivo, foi associado a uma menor taxa de doenças cardiovasculares em uma população mediterrânea com alto risco cardiovascular. Entre os componentes individuais, o infarto do miocárdio mostrou a principal associação inversa significativa”, aponta o estudo.
Apesar das conclusões, os pesquisadores afirmam ser necessário realizar mais estudos sobre o tema, como um randomizado, que deve apresentar os resultados em até cinco anos. Ainda assim, os resultados obtidos ajudam a “colocar o consumo moderado de vinho como um elemento da dieta mediterrânea, considerada a mais saudável do mundo”.
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