Descubra as diferenças entre os renomados vinhos Barbera d’Asti e Barbera d’Alba, suas características únicas e as regras das denominações DOC e DOCG
por Redação
A Barbera é uma das uvas mais plantadas na Itália, e seu berço acredita-se que seja na área de Monferrato, no Piemonte. Mas várias regiões da Itália também utilizam esta variedade de taninos estruturados e excelente acidez.
As Barberas rotuladas como Asti e Alba são as denominações mais conhecidas ligadas a esse varietal no Piemonte. Nos municípios de Asti e Alessandria, a Barbera é a uva tinta mais plantada.
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Lá, na denominação Barbera d’Asti, o clima é mais seco e arenoso, proporcionando Barberas geralmente mais estruturados. Já a denominação Barbera d’Alba inclui a cidade de Alba e as colinas circundantes, incluindo áreas de outras denominações como Barolo e Barbaresco, onde os solos são ricos em argilas calcárias e margas. Geralmente, por estar à sombra da Nebbiolo, muitas vezes a Barbera dessa área é menos valorizada.
Os vinhos de Asti tendem a ter uma cor rubi/granada mais brilhante em comparação com os de Alba, com sabores mais focados em cerejas, amoras e ameixas. Muitas vezes, há notas minerais ferrosas e picantes em Barbera d’Asti, que parecem mais estruturados e potentes.
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Os Barbera d’Alba tendem a ter tons mais escuros e corpo mais cheio. Muitas vezes, com mais violetas, frutas escuras e baunilha. Barbera d’Alba é frequentemente envelhecido em barricas, proporcionando um sabor mais arredondado e maduro, mas mantendo a acidez vibrante.
Sobre as DOC (denominações de origem controlada), há algumas diferenças também. Primeiramente, Barbera d’Asti é uma DOCG (mais restritiva que uma DOC apenas) e os vinhos devem conter pelo menos 90% de Barbera, com a porcentagem restante de uvas tintas não aromáticas como Freisa ou Dolcetto.
Para serem chamados de Superiore, devem envelhecer por pelo menos 14 meses antes de serem lançados, dos quais pelo menos seis meses devem ser em carvalho. Dentro dela há uma sub-região chamada Nizza, em que os vinhos devem ser 100% Barbera e devem envelhecer por pelo menos 2 anos, com pelo menos seis meses em carvalho e garrafa. O governo italiano concedeu a designação DOC em 1970, seguida pela designação DOCG em 2008 para os vinhos Barbera d’Asti.
Já os vinhos de Barbera d’Alba DOC devem conter pelo menos 85% de Barbera, com a porcentagem restante de Nebbiolo. Para serem chamados de Superiore, devem envelhecer por pelo menos 12 meses antes de serem lançados, dos quais pelo menos quatro meses devem ser em carvalho.
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