Pesquisa com quase 20 mil participantes conclui que, além de ajudar no presente, o vinho reduz o risco de problemas cognitivos futuros
por Redação
Uma equipe de pesquisa liderada por Changwei Li da Faculdade de Saúde Pública da Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos, descobriu que consumir bebidas alcóolicas moderadamente (o vinho é a mais saudável de todas, sabemos) está associado a uma maior facilidade no processo de aprendizagem, memória, atenção, vigilância, raciocínio e capacidade de resolver problemas.
Estas funções do cérebro conhecidas como cognitivas tendem a decair com o passar dos anos, porém esse estudo mostra ainda taxas mais lentas de declínio cognitivo em idades avançadas nos bebedores moderados.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores usaram dados de 19.877 participantes do Health and Retirement Study, estudo de quase 20 anos da Universidade de Michigan sobre o envelhecimento da população dos Estados Unidos.
A idade média dos participantes foi de 62 anos, cerca de 60% mulheres; 40% homens.
Para analisar a função cerebral cotidiana, os participantes receberam uma pontuação geral de saúde da mente com base em seu desempenho em três áreas: recordação de palavras, status mental e vocabulário.
Eles foram avaliados repetidamente ao longo de nove anos para ver como a memória, a inteligência e as capacidades gerais de conhecimento haviam mudado.
Os resultados mostram que bebedores moderados se saíram consistentemente melhor nas três áreas em comparação com os que não bebiam.
Como a frequência de consumo de álcool foi auto relatada pelos participantes, há espaço para possível viés.
E apesar do resultado, os pesquisadores não conseguiram apontar exatamente por que essa associação positiva existe. O estudo não tinha dados suficientes para tirar conclusões sobre bebedores contumazes, mas citou o uso excessivo de álcool como um grande problema para a saúde do cérebro.
Sardenha na Itália é uma das Blue Zones, ou Zonas Azuis, é um termo criado em 2005 em um artigo que tentava explicar locais do mundo onde a população tem a tendência de viver mais.
A pesquisa mostrou que entre as características que levam à longevidade está o consumo moderado de vinho, especialmente na ilha italiana. Lá a casta mais cultivada é a Cannonau, também conhecida como Grenache ou Garnacha.
Pesquisas inicias mostram que o vinho produzido com a Cannonau na Sardenha tem até três vezes mais flavonoides que a média global, esta substância trabalha na regulação da pressão sanguínea e auxilia contra o surgimento de doenças cardíacas, tornando o vinho um dos pilares dos centenários na Sardenha.