Mais de 20 mil garrafas

Receita Federal apreende 10 milhões de reais em vinhos contrabandeados em São Paulo

Investigações mostram que os vinhos tinham como destino o Mercadão Municipal de São Paulo, além de vendas em redes sociais

Receita Federal apreendeu mais de R$ 10 milhões em vinhos ilegais
Receita Federal apreendeu mais de R$ 10 milhões em vinhos ilegais

por André De Fraia

A Receita Federal realizou a Operação Evoé no dia 29/09. O alvo foram três estabelecimentos comerciais em São Paulo, onde foram apreendidas mais de 20 mil garrafas de vinho avaliadas em 10 milhões de Reais.

Os vinhos entraram ilegalmente no país, fruto de roubo e contrabando e, pelas investigações, tinham como destino o Mercadão Municipal de São Paulo, um dos grandes pontos turísticos e gastronômicos da capital paulista, e a venda em redes sociais e aplicativos de mensagens como WhatsApp e Telegram.

A operação ganhou o nome de Evoé que é a saudação utilizada no período greco-romano para saudar o deus do vinho Dionísio – Baco na cultura romana. O nome faz alusão ainda a Dionísio e Dionísio 2 as duas maiores operações contra o contrabando e descaminho de vinho já deflagradas no Brasil que, além do deus, ainda é parte do nome da cidade de Dionísio Cerqueira em Santa Catarina, um dos principais pontos de entrada de vinho ilegal no país.

A operação Dionísio, que ocorreu em fevereiro e março de 2021, já havia apreendido cerca de 22 mil garrafas que somadas têm um valor estimado em 4 milhões de reais. Já a Dionísio 2, apreendeu pelo menos 30 mil garrafas em setembro de 2022.

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Mais de 20 mil garrafas foram apreendidas na Operação Evoé

Operações conjuntas das autoridades brasileiras e da Argentina descobriram que facções criminosas estão por trás de parte do contrabando de vinho que chega ao Brasil e é vendido à lojistas e consumidores principalmente por listas em grupos nas redes sociais e aplicativos de mensagens.

Segundo as informações iniciais da Polícia Argentina o Primeiro Comando da Fronteira, o Comando Vermelho, o Bala na Cara e o Primeiro Comando da Capital estão assaltando depósitos, lojas e até mesmo caminhões que transportam a bebida na Argentina e depois armazenam esses vinhos em galpões onde são escondidos em caminhões e contrabandeados para o Brasil.

Três mortes já tinham sido identificadas como relacionadas a essas ações criminosas.

No Brasil, um container com vinhos da vinícola argentina Rutini Wines foi roubado no trajeto entre o Porto de Santos e o centro de distribuição da Zahil em São Paulo. Esta foi a primeira vez que a ação dos bandidos ocorreu em território nacional com uma carga já nacionalizada e com os contrarrótulos brasileiros.

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