Maiores perdas de vinhedos da França ocorreram na região do Languedoc, mas Champagne cresceu
por Silvia Mascella
As prateleiras cheias de rótulos diferentes cada vez que vamos fazer uma compra nos dão a entender que o mundo do vinho é uma terra sempre em expansão. Números comparativos colocam sempre Espanha, Itália e França em disputa por quem planta mais e quem faz mais vinho.
Mas a multiplicação de rótulos não quer dizer exatamente a expansão de territórios. Há poucos dias noticiamos aqui (leia no link abaixo) que uma importante DO da Espanha proibiu o plantio de novas áreas de vinhedos por alguns anos, para proteger sua marca. É sabido por todos que volume não é sinônimo de qualidade.
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A FranceAgriMer é um orgão público ligado ao Ministério da Agricultura da França que sistematicamente elabora e divulga estatísticas agroeconômicas com dados acumulados há muitas décadas. Em uma publicação comparativa entre os anos de 1974 e 2020 o orgão revelou que os vinhedos franceses encolheram 37% nesses 46 anos.
Os terroirs que encolheram significativamente foram o Languedoc-Roussilon (que diminuiu quase 50%), o Pays de Loire (-41,7%) e da Provence-Cote D'Azur (-39,8%) entre outros. Quem cresceu, durante essas décadas, foram os territórios de Champagne (55,8%), Borgonha (43,9%) e da Alsácia (41,4%).
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Em quase toda a Europa os vinhedos diminuiriam na última década em busca de um fator: a qualidade. A tecnologia e os avanços na agronomia aplicados aos vinhedos também permitem que os espaços sejam otimizados e que os vinhos de algumas regiões ser tornem mais valiosos, o que interessa ao produtor.
E como tamanho não é documento, mesmo a França tendo encolhido suas áreas de produção em 10% nos últimos 15 anos, ela ainda é a segunda maior produtora de vinhos do mundo, atrás apenas da Itália, segundo relatório da OIV com dados de 2022.
Veja abaixo os vinhos da Alsácia (região que cresceu 41,4% nos últimos 46 anos) degustados por ADEGA.
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