No mundo existem vinhedos em diversas altitudes, com alguns superando os 3 mil metros e outros apenas 15 metros do nível do mar
por Redação
De forma objetiva não há um consenso, mas muitos consideram que a marca de 1000 metros como um certo parâmetro não oficial. Mesmo assim, isso deixaria de fora muitos dos vinhedos ditos “extremos” em diversas regiões do mundo.
Comparar a altitude dos vinhedos de Bordeaux e Borgonha com as estonteantes alturas dos Andes na Argentina ilustra a incrível diversidade de "vinhedos de altitude" pelo mundo. Enquanto Bordeaux se destaca por sua modesta elevação de até 40 metros, a região de Mendoza, na Argentina, eleva o padrão com vinhedos que ultrapassam 750 metros acima do nível do mar.
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Este contraste é ainda mais acentuado em regiões como Salta, onde os vinhedos alcançam altitudes superiores a 3 mil metros, desafiando os limites da vitivinicultura e redefinindo o conceito de "vinhedos de altitude" globalmente
Ao lado da costa, no estuário do Gironde, a maioria dos vinhedos de Bordeaux, uma das mais famosas regiões produtoras do mundo, fica entre 10 e 20 metros de altitude em relação ao nível do mar. Lá, os vinhedos mais altos podem chegar a 40 metros.
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Mais no interior da França, na Borgonha, outra das renomadas regiões produtoras mundiais, os vinhedos costumam se encontrar entre 200 e 400 metros de altitude. Portanto, se compararmos apenas esses dois lugares clássicos, alguém poderia dizer que os vinhedos borgonheses são “de altitude”.
Mas, convenhamos, nenhuma dessas duas regiões pode ser considerada alta. E mesmo fazendo comparações com outros lugares, não só da Europa, mas do mundo, não é fácil definir o que é exatamente um “vinhedo de altitude”.
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Em 1987, por exemplo, um grupo chamado Viticoltura Eroica, baseado no Valle d’Aosta, na Itália, foi reconhecido pela OIV (Organização Internacional da Vinha e do Vinho) como uma espécie de guardião da vitivinicultura de montanha na Europa.
Entre os critérios dessa viticultura heroica está “vinhedos em altitudes superiores a 500 metros”. Ou seja, na maioria dos lugares na Europa, acima desse patamar, um vinhedo já meio que pode ser considerado “de altitude”.
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Por outro lado, 500 metros é nada se falamos da região de Mendoza, na Argentina, por exemplo. Lá, na base da Cordilheira dos Andes, 750 metros acima do nível do mar, qualquer vinhedo está muito além dos patamares que vemos em Bordeaux ou na Borgonha.
O mesmo ocorre em muitos lugares do Chile e da Califórnia, nos Estados Unidos. No Brasil, desde 2021, locais da serra catarinense ostentam uma Indicação Geográfica chamada “Vinhos de Altitude” e contam com vinhedos entre 900 e 1.300 metros acima do nível do mar.
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