Bordeaux

Bordeaux antes da classificação de 1855

Os antecedentes da classificação de 1855, grande marca da região

por Redação

A “Classification officielle des vins de Bordeaux” foi feita a pedido do imperador Napoleão III (Luis Napoleão Bonaparte, sobrinho de Napoleão) à Câmara de Comércio de Bordeaux como contribuição a Exposition Universelle de Paris de 1855.

Os critérios usados para a divisão dos vinhos em cinco faixas foram suas reputações e seus preços de venda. Na época, a classificação contava com 58 propriedades, classificadas em Premiers Crus, Deuxièmes Crus, Troisièmes Crus, Quatrièmes Crus e Cinquièmes Crus. E ela se manteve quase inalterada até hoje.

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A primeira alteração ocorreu um ano após a classificação, quando o Château Cantemerle entrou para os Cinquièmes Crus. Em 1970, houve a eliminação do Château Dubignon, vendido e incorporado ao Château Malescot St. Exupéry. Depois disso, em 1973, o Château Mouton Rothschild, subiu ao grupo dos Premiers Crus. Mas antes de 1855, listas “não oficiais” já haviam sido montadas. O famoso crítico Andre Jullien publicou em 1816 a primeira edição do “Topographie de Tous Les Vignobles Connus”, que faz menção do que viria a ser a caracterização convencional dos Premiers Crus e listou sete Deuxièmes Crus, além de expor as comunas da região seguindo o critério de qualidade.

Em 1824, o négociant alemão Wilhelm Franck elencou 408 propriedades em 41 comunas no Médoc e estabeleceu quatro classes. Mais tarde, o professor inglês Charles Cocks e o livreiro francês Michel Féret publicaram obras em que incluíram vinhos na lista de Franck, sempre com revisões e acréscimos. Tentativas de classificação também foram feitas por grandes enófilos, como Thomas Jefferson, por exemplo. Por fim, em 1855, instituiu-se a classificação oficial.

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