Para rotular vinhos como Gran Selezione, será necessário o cumprimento de novas regras
por Redação
Chianti Classico está passando por uma reformulação. O consórcio de produtores está introduzindo uma série de mudanças nas regras que permitirão que os vinhos do nível Gran Selezione se diferenciem cada vez mais dos vinhos Riserva.
Gran Selezione foi introduzido em 2014, como um nível de qualidade acima do Riserva. A norma exige que os vinhos sejam elaborados com uvas cultivadas em vinhedos próprios, ter ao menos 13% de álcool e 2 anos e meio de envelhecimento.
Agora, para rotular como Gran Selezione será necessário que o vinho tenha ao menos 90% de Sangiovese e os 10% restantes restritos a um pequeno conjunto de castas nativas italianas, como Canaiolo, Ciliegiolo e Colorino. Variedades internacionais, como Cabernet Sauvignon e Syrah, não serão permitidas nos engarrafamentos da Gran Selezione. A nova regra entra em vigor a partir da safra de 2027, com lançamento em 20230.
O consórcio também aprovou a utilização do nome da região de origem das uvas no rótulo dos vinhos Gran Selezione. Para isso, é necessário que o exemplar tenha sido elaborado com uvas cultivadas exclusivamente na região indicada. Essa liberação é retroativa, o que significa que os vinhos de 2022 e safras anteriores que ainda estão envelhecendo nas vinícolas poderão apresentar a região nos rótulos à medida que forem lançados.
O novo padrão fortalecerá a ligação com a Sangiovese e as castas autóctones da Toscana e aproximará os vinhos um pouco mais dos Brunello di Montalcino, que exigem 100% de Sangiovese. Além de reforçar as nuances do terroir da grande denominação.
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