Porto

As classificações do vinho do Porto

O vinho do Porto em Portugal dividi-se em diferentes tipos de sabores

por Eduardo Milan

O vinho do Porto somente pode ser produzido na Região Demarcada do Douro

O mais clássico dos vinhos fortificados é, sem dúvida, o Porto. Todos os Portos apresentam algum grau de açúcar residual. A maioria deles é, de fato, doce. Alguns, bem doces.

Durante sua elaboração, em determinado estágio do processo de fermentação, a aguardente vínica é adicionada, normalmente na proporção de uma parte de álcool para cada quatro partes de vinho. Essa adição destrói as leveduras e interrompe a fermentação. O enólogo determina o momento da fortificação de acordo com o grau de doçura desejado. Logo após a fortificação, o vinho é disposto em tonéis para descansar. Os Portos recebem uma classificação de acordo com o período em que o vinho passa nesses tonéis.

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Há vinhos do Porto brancos (menos conhecidos do grande público) e tintos. Os brancos são produzidos exclusivamente a partir de uvas brancas – especialmente Malvasia Fina, Donzelinho, Gouveio, Codega e Rabigato. Apresentam uma doçura variável, indo desde os muito doces – chamados Lágrima –, passando pelos doces, meio-secos, secos, até os extra-secos. O seu teor alcoólico varia normalmente entre 19% e 22%. Normalmente são servidos frescos, como aperitivo. Costumam também ser base para drinks de verão, como o Portônica.

As cinco principais cepas utilizadas atualmente na produção de vinhos do Porto tintos são: Tinta Roriz, Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Cão e Tinta Barroca. Os principais tipos de vinho do Porto tinto são Ruby, Tawny, Tawny 10, 20, 30 e 40 anos, Colheita, Late Bottled Vintage (LBV), Vintage e Single Quinta.

CLASSIFICAÇÕES DOS VINHO DO PORTO

RUBY – Jovens e não safrados, de coloração intensa. Mais simples dos Portos, descansam em madeira por dois a três anos. Normalmente têm caráter frutado. Devem ser consumidos cedo.

LATE BOTTLED VINTAGE OU LBV RUBY – Produzido a partir de uvas de uma safra específica e envelhecido em madeira por período de quatro a seis anos.

TAWNY – Mais elegantes do que os Ruby, envelhecidos em madeira por período que varia de quatro a seis anos. Nesse tempo, sofrem oxidação, tornando-se acastanhados. Apresentam notas de especiarias e frutas secas.

TAWNY 10, 20, 30 E 40 ANOS – Produzidos a partir da mistura de Portos de diferentes safras. O número de anos do rótulo representa a média de idade desses vinhos. Apresentam muita concentração e riqueza de aromas e sabores, notadamente de frutas secas.

COLHEITA – Tawnys produzidos a partir de única safra – normalmente de lotes especiais – e mantidos em madeira por um período mínimo de sete anos, até seu engarrafamento para comercialização.

VINTAGE – Produzidos apenas em safras excepcionais, a partir de uvas dos melhores vinhedos, com grande complexidade e longevidade, e engarrafados apenas após dois anos de envelhecimento em madeira. Seu envelhecimento, na verdade, se dá em garrafa. É necessária aprovação do “Instituto do Vinho do Douro e do Porto” para que um vinho ostente a classificação Vintage.

SINGLE QUINTA – Produzidos sob as mesmas normas seguidas pelos Vintage, entretanto a partir de uvas provenientes de um único vinhedo.

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