Christian Burgos, CEO de Adega, esclarece alguns pontos sobre o negócio que balançou o mercado de vinhos no Brasil
por Christian Burgos
Primeira loja física da Wine, em São Paulo
No último domingo, o Brasil do vinho foi surpreendido com a notícia de que a gigante do e-commerce Wine. com.br havia comprado a Cantu Importadora, player de respeito no mercado B2B, por R$ 180 milhões. Aqui, Peterson Cantu conta como a negociação se deu e o que virá daqui para frente.
Peterson Cantu: “Em meus negócios sempre nos associamos para chegar lá em cima”
Nos dados da Ideal Consultoria, no primeiro trimestre já estamos em 1º lugar em valor, somamos US$ 9,2 milhões FOB em 347 mil caixas, e a VCT importou 439 mil caixas com US$ 8,95 milhões FOB.
Todo mundo está indo para o digital. Por que tentar construir com tantos players grandes aí? Por isso, em meus negócios sempre nos associamos para chegar lá em cima. Cresci fazendo sociedades.
Eu vou me manter na gestão da Cantu Importadora, que vai andar de forma independente, mas em sinergia com a Wine.com.br. Após um eventual IPO, vou para o Conselho do grupo Wine.
Se e quando houver IPO eu posso e pretendo converter as 2ª e 3ª parcelas do pagamento em ações do grupo Wine.
O grupo Cantu continua no foco de frutas e industrializados com faturamento superior a R$ 400 milhões anuais.
Hoje o grupo Cantu tem 15 mil pontos ativos B2B e nós sempre soubemos fazer marca. Prova disso é que grandes cadeias de supermercado compram Ventisquero, mesmo sendo importadores.
Também porque minha empresa sempre esteve organizada na governança corporativa. Acredito que somos umas das raras empresas auditadas no segmento. No nosso caso pela Grant Thornton. Acho que isto fez a diferença e contribuiu para a rapidez do processo, até no due diligence.
Está tranquila, já falei com todo mundo. Nosso valor está na equipe, no know how e capacidade para vender B2B. Faz mais de 50 anos que o grupo Cantu aprendeu a vender justamente para o off-trade. E nossa equipe é craque em fazer marcas de sucesso.