Excelentes rótulos de espumantes feitos pelo método Charmat aqui no Brasil
por Sílvia Mascella
As borbulhas são uma tradição da produção brasileira de vinhos há mais de 100 anos, mas aquelas feitas pelo método Charmat (ou autoclave) são mais recentes em nossas prateleiras. A história conta que elas começaram a ser feitas no Brasil na década de 1950, na cidade de Garibaldi, no Rio Grande do Sul.
O desenvolvimento da produção de espumantes nessa pequena cidade da Serra Gaúcha foi tão grande que ela é conhecida como a 'capital do espumante', concentrando algumas das principais empresas cujos rótulos preenchem as gôndolas (e as taças) de brasileiros de norte a sul.
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Mas a excelente notícia é que não apenas o volume de produção cresceu como também a qualidade. Até o começo deste século havia uma diferença perceptível entre os espumantes feitos pelo método tradicional (ou Champenoise) e pelo método Charmat (ou autoclave). Na última década, no entanto, a diferença ficou tão sutíl que muitos degustadores experientes não conseguem dizer qual o método utilizado apenas provando o espumante.
O método Charmat, criado na Europa no final do século 19 por dois engenheiros, um francês e um italiano, nasceu para fazer com que a produção dos espumantes ganhasse velocidade, uma vez que a segunda fermentação ocorre em tanques de aço inoxidável com controle de temperatura e pressão (as autoclaves), e não nas garrafas que permanecessem por meses dentro das caves.
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A agilidade na produção garante produtos frescos, muitas vezes com perfil mais frutado e até citrico, capazes de agradar a diversos paladares e combinar com muitas situações de consumo, do aperitivo au sushi. Outra vantagem dessa categoria de produtos é o preço, normalmente mais atraente do que os espumantes de método tradicional.
Os espumantes do método Charmat mais famosos são os feitos com a uva Glera (ou Prosecco, quando são da DOC italiana), mas no Brasil muitas uvas são populares entre os produtores, inclusive as tradicionais como a Chardonnay, Pinot Noir e a Riesling Itálico. Rosés ou brancos, nature, extra-brut, brut, demi-sec e até mais adocicados, há mais de um grande e elegante espumante Charmat brasileiro para você provar e se encantar. Veja abaixo grandes espumantes brasileiros desse método degustados por ADEGA:
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