Ela define o local de origem do vinho, ideia que vem de tempos bastante remotos
por Redação
As denominações são mais do que apenas o local de origem do vinho
Desde os primórdios da vitivinicultura, os produtores perceberam que algumas coisas poderiam dar prestígio aos seus vinhos.
No Egito antigo, por exemplo, sabe-se que as ânforas eram marcadas com o tipo de vinho, o produtor e o local de origem.
É interessante notar que, desde tempos bastante remotos, o local de origem sempre foi extremamente valorizado.
São inúmeras as citações sobre vinhos de locais específicos (até mesmo na Bíblia) antes mesmo do surgimento do que conhecemos como denominações de origem controlada, ou DOC.
Mas o que é uma DOC e como nasceu essa ideia?
Foi na França que surgiu um dos primeiros órgãos governamentais para tentar regulamentar as denominações de origem, ou, como eles chamam: Appellation d'Origine Protégée (AOP).
Os primórdios do “Institut national de l'origine et de la qualité” (antes conhecido como “Institut National des Appellations d'Origine”, cuja sigla é INAO, remonta ao começo do século 20, quando o governo francês passou a dar atenção para alguns problemas dos agricultores, entre eles o dilema das delimitações das produções.
O INAO foi oficialmente criado dentro do ministério da agricultura em 1935.
Em 15 de maio de 1936, o instituto publicou uma portaria em que reconhecia como denominação de origem controlada (DOC) as regiões vinícolas de Arbois, Tavel, Cognac, Cassis, Monbazillac e Châteauneuf-du-Pape.
Estas, então, teriam sido as cinco primeiras DOCs ligadas ao vinho da França apesar de Châteauneuf-du-Pape clamar para si a primazia.
Aos poucos, entidades similares ao INAO francês surgiram em outros países europeus e o modelo das denominações de origem tomou forma, espalhando-se por todos os cantos, com conselhos reguladores locais que, além de delimitar fronteiras, criaram normas técnicas para que os vinhos de determinados locais pudessem levar o nome da região onde nasceram.
Ou seja, mais do que a uva vir de um vinhedo localizado dentro dos limites de um território, é preciso seguir os parâmetros de produção definidos por um órgão regulador para que o produto final ganhe o status da DOC.
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