Entenda a classificação espanhola do vinho Crianza
por André De Fraia
Quando lemos um rótulo com o termo Crianza, a primeira coisa que nos vem é traduzir para “criança” e pensar em vinhos jovens, certo?
Errado, porque “criança” em espanhol é “niño”. O Crianza que vemos nos vinhos vem de “amadurecimento”.
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Há três níveis previstos pela legislação espanhola para classificar os vinhos que têm passagem por barricas de carvalho.
O Crianza precisa de:
Tempo de envelhecimento – mínimo de 24 meses para tintos e 18 meses para brancos e rosés – chamados de rosados na Espanha.
Passagem por madeira – mínimo de seis meses para tintos e nenhuma exigência de passagem por madeira para brancos e rosados.
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A exceção fica por conta de duas regiões classificadas como DOCa – Denominación de Origen Calificada – Rioja e Priorat. Nesses locais, o mínimo de envelhecimento em barrica para tintos é de 12 meses. Para brancos e rosados, mantém-se a regra.
Ou seja, o produtor pode optar por deixar o vinho um ano em madeira e um ano em garrafa, ou um ano em tanques de inox e outro em barricas, ou ainda seis meses em barricas, seis meses em tanques de cimento e um ano em garrafa. Respeitando as regras acima, a escolha fica aberta para a imaginação do enólogo.
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