Escola do vinho

Como preservar o vinho depois de aberto, diminuindo os efeitos da oxidação

Como conservar o vinho para que o processo natural de oxidação não o estrague

por Redação

oxidação do vinho
Conheça dicas para conservar o vinho tinto após a abertura

O grão da uva vira suco, o suco vira vinho, o vinho vira vinagre. A natureza é mesmo assim.

Mas existem algumas maneiras de preservar o vinho por mais tempo e conservar aquela garrafa que foi aberta e não inteiramente bebida. Isso evita que o processo natural de oxidação estrague o vinho entre um consumo e outro.

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Antes de mais nada, é possível dizer que uma parte dos vinhos de consumo mais fácil (vinhos mais jovens, com menos madeira, em geral varietais do Novo Mundo) pode suportar até um dia na porta da geladeira com a mesma rolha que foi retirada, sem praticamente nenhum problema.

Isso acontece porque a baixa temperatura desacelera o processo de oxidação e impede que a bactéria acética – que transforma o vinho em vinagre – se desenvolva.

Já os vinhos que têm mais estrutura, mais corpo, amadurecimento em madeira e, muitas vezes, mais idade necessitam de cuidados. O mesmo se pode dizer dos brancos e espumantes, ainda mais delicados.

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Para conservar melhor todos os vinhos (mesmo os jovens) e não correr riscos desnecessários, é essencial ter um equipamento que hoje, felizmente, tem custo muito baixo e é bem fácil de encontrar.

Esse ponto é bastante importante: o conhecimento que adquirimos sobre o vinho nos garante que apenas arrolhá-lo e colocá-lo na geladeira pode, sim, comprometer a bebida.

salva-vinho
O "salva-vinho" é essencial para guardar o vinho para depois

Conhecido como "salva-vinhos", esse equipamento é composto por um jogo de rolhas de borracha e uma bomba que, quando encaixada na rolha, opera por sucção, retirando o ar que ocupou o espaço vazio na garrafa.

Dessa forma, o processo de oxidação é mais lento – não é possível pará-lo completamente – e o vinho poderá ficar na porta da sua geladeira por alguns dias (dois dias, ao menos, para os brancos e até quatro dias para a maioria dos tintos).

Os espumantes, no entanto, precisam de um processo diferente. O gás carbônico formado durante a segunda fermentação precisa ser preservado na garrafa para que o líquido mantenha sua vivacidade.

Assim, a bomba de sucção do "salva-vinhos" não é utilizada. Em vez disso, emprega-se uma rolha de metal com proteção de silicone, capaz de suportar a pressão do espumante.

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Com o uso correto dessa rolha, o espumante pode permanecer na geladeira por mais dois dias, pelo menos – embora, para os bons bebedores, seja quase impossível pensar que um espumante possa ser aberto e não bebido totalmente.

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