Borbulhas

Qual a diferença entre um vinho frisante e um espumante?

A diferença entre vinho frisante e um espumante é amparado pela lei brasileira

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por Redação

Segundo a legislação brasileira, os vinhos podem ser classificados quanto à sua classe, cor e teor de açúcar. A cor é simples: tintos, rosados ou brancos. O teor de açúcar também, apesar dos nomes mais complicados: nature, extra-brut, brut, seco, meio doce, suave e doce (em progressão de açúcar). Já quanto à classe, ele pode ser dito como de mesa, leve, fino, licoroso, composto e: frisante, gaseificado e espumante. 

Vamos à lei: “Vinho frisante é o vinho com teor alcoólico de 7% a 14% em volume, e uma pressão mínima de 1,1 a 2,0 atmosferas a 20º C, natural ou gaseificado.” Ou seja, as borbulhas podem ser tomadas de forma natural (derivadas do gás carbônico da fermentação, de maneira endógena) ou então do acréscimo de gás de forma exógena.

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Então, vamos ao que a lei diz sobre os gaseificados: “Vinho gaseificado é o vinho resultante da introdução de anidrido carbônico puro, por qualquer processo, devendo apresentar um teor alcoólico de 7% a 14% em volume, e uma pressão mínima de 2,1 a 3,9 atmosferas a 20ºC”. 

Por fim, há os espumantes. Que, segundo a lei são: “Champanha (Champagne), Espumante ou Espumante Natural é o vinho cujo anidrido carbônico provém exclusivamente de uma segunda fermentação alcoólica do vinho em garrafas (método Champenoise/tradicional) ou em grandes recipientes (método Chaussepied/Charmad), com uma pressão mínima de 4 atmosferas a 20º C e com teor alcoólico de 10% a 13% em volume”.

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E há ainda os espumantes de moscatel que possuem um tópico somente deles na legislação: “Vinho moscato espumante ou Moscatel Espumante é o vinho cujo anidrido carbônico provém da fermentação em recipiente fechado, de mosto ou de mosto conservado de uva Moscatel, com uma pressão mínima de 4 atmosferas a 20º C, e com um teor alcoólico de 7% a 10% em volume, e no mínimo 20 gramas de açúcar remanescente.” 

Ou seja, frisante não é a mesma coisa que espumante, pois, além do método usado para a produção das borbulhas, há uma diferença bastante grande de pressão (ao menos o dobro para os espumantes). Já a diferença para os gaseificados está mais ligada à forma como as borbulhas são adquiridas (sendo endógena para os espumantes e exógena para os gaseificados).

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