Composto encontrado no vinho tem potencial para auxiliar no tratamento do desequilíbrio hormonal de mulheres com a síndrome ovário policístico
por Redação
Um estudo da Universidade de Poznan, na Polônia, publicado em 2018 no “Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism”, aponta que o resveratrol, composto encontrado no vinho tinto, tem potencial para ajustar o desequilíbrio hormonal de mulheres com síndrome do ovário policístico, que afeta uma em cada 10 mulheres em idade fértil no mundo.
A síndrome faz com que elas produzam elevadas taxas de testosterona e outros hormônios andrógenos, e isso contribui para a infertilidade, ganho de peso e desregulação menstrual. E ainda aumenta o risco de desenvolver diabetes. “São poucos os tratamentos que podem diminuir os níveis de andrógenos e eles geralmente resultam na incapacidade de conceber. O resveratrol, por outro lado, é natural e não parece ter efeitos colaterais”, apontou Antoni Duleba, um dos autores do estudo.
Trinta mulheres diagnosticadas com a síndrome participaram da pesquisa. Cada uma recebeu resveratrol ou um placebo por dia por três meses. Entre as que receberam resveratrol, os níveis de testosterona caíram em 23,1%, enquanto as que receberam placebo tiveram um aumento de 2,9% dos níveis.
As que tomaram resveratrol também responderam melhor à insulina. “Ainda é cedo para dizer se o tratamento pode ajudar a melhorar a fertilidade, mas esperamos que sim. Infelizmente, os resultados não podem ser replicados apenas consumindo vinho, pois as doses teriam que ser de 100 a 200 litros por dia”, revela Duleba.