A bebida límpida entrando na taça é uma cena linda. A filtragem garante isso e outros fatores ao vinho
por Redação
Filtrar ou não é uma decisão maior do que apenas deixar o vinho límpido na garrafa
Filtrar o vinho antes de ser engarrafado não é apenas uma questão de estética, de deixar o vinho límpido.
Afinal filtrar ou não filtrar pode, em alguns casos, determinar o “grau de segurança” de uma garrafa.
“A filtragem dá segurança microbiológica”, atesta Alejandro Cardozo, enólogo consultor de diversas vinícolas.
Ele é categórico ao afirmar que, dependendo do vinho (e de algumas outras técnicas de vinificação pelas quais ele pode passar), a filtragem determina se duas garrafas de um mesmo rótulo serão iguais ou não.
“Em determinados casos, você pode querer apenas decantar e engarrafar, sem filtrar, para não perder nada. Mas, pode ser que, dependendo de alguns fatores como microrganismos que ficaram latentes na bebida, por exemplo, algumas garrafas podem estar espetaculares e outras completamente arruinadas”, diz. E ensina:
“Quando a garrafa sai da vinícola, você não tem mais controle. Pode ser que, em uma produção pequena, que você vende no seu entorno, sabe que as garrafas não ficam em locais muito quentes, nenhuma apresente qualquer problema. Mas se a garrafa viaja, esquenta, pode desenvolver um problema microbiológico.”
Ou seja, filtrar ou não é uma decisão maior do que apenas deixar o vinho límpido na garrafa. Filtrado é melhor que não filtrado, ou o contrário?
Essa é uma questão que já foi respondida pelo enólogo quando produziu o vinho com a técnica que ele achou melhor e só cabe ao consumidor desfrutar – seja de um jeito ou de outro.
Ok, mas devo suspeitar que todos os vinhos não filtrados podem estar contaminados? Bem, se o enólogo optou por não filtrar, ele certamente tem segurança no seu produto e, hoje, há pouca margem para erro no mercado.
Portanto, não é preciso ter receio.
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