Fizemos uma prova de vinhos para que você entenda as variações da Pinot Noir
Luiz Gastão Bolonhez Publicado em 13/03/2019, às 20h00 - Atualizado em 08/04/2019, às 15h32
Se existe um povo que preza realmente o que eles chamam de terroir são os borgonheses. Eles defendem com unhas e dentes e comprovam que um vinho produzido em um determinado pedaço de chão será diferente de outro feito ao lado. Afinal, o que mais poderia explicar toda diferença dos vinhos da Borgonha, já que a base, ou seja, a uva, é a mesma para todos eles?
Lá, os vinhedos que recobrem as colinas já possuem nomes próprios e delimitações quase que desde a sua origem. Acredita-se que foram os monges cistercienses (instalados lá desde o século XI) que melhor compreenderam essas pequenas diferenças que existiam de um lugar a outro e passaram a nomear os Crus. Foi esta ordem monástica, por exemplo, que, por volta de 1336, delimitou o famoso Clos de Vougeot, um dos vinhedos mais célebres da Borgonha e o maior "murado" (ou seja, Clos) da região.
Dessa forma, compreender os vinhos da Borgonha não é tarefa simples. Cada Cru tem uma singularidade e alguns dizem que só é possível entender realmente as diferenças entre os vinhos ao degustar uma taça ao lado do terroir de onde aquela bebida veio. Ali você será capaz de sentir todas as nuances aportadas pelo solo, clima e todo o entorno naquelas parreiras seculares.
No entanto, para facilitar o entendimento de uma zona vitivinícola tão complexa e intrigante, Detalhamos suas macrorregiões e dá pistas de como seus vinhos tintos (somente os feitos com Pinot Noir) se comportam. E para não ficarmos só na conversa, fizemos uma grande prova com exemplares que você encontra no Brasil.
A Borgonha é uma região administrativa francesa que engloba os departamentos de Côte d'Or, Nièvre, Saône-et-Loire e Yonne. Como só iremos abordar os tintos elaborados a partir de Pinot Noir, vamos focar nos departamentos da Côte d'Or, principalmente, e de Saône-et-Loire.
A Pinot Noir apresenta muita instabilidade genética. Essa é uma das principais dificuldades para precisar a sua idade. De acordo com especialistas, a família Pinot é uma só, ou seja, a Pinot Noir, a Pinot Blanc e a Pinot Gris têm o mesmo DNA. Um recente estudo publicado pela Universidade de Davis na Califórnia, realizado em conjunto com cientistas franceses, diz que pelo menos 16 variedades atuais de uvas viníferas têm como antecessora a Pinot Noir, tais como Chardonnay, Gamay Noir, La Melon de Bourgogne (mais conhecida como Muscadet) e Auxerrois (mais conhecida como Malbec).
A Pinot Noir é o contraponto da Cabernet Sauvignon, que francesa como a ela, conquistou o mundo inteiro e é hoje sinônimo de vinho tinto. Enquanto a Cabernet produz vinhos encorpados, profundos e com muita intensidade, a Pinot sempre produz tintos com mais aromas e uma elegância que não consegue ser alcançada por nenhuma outra casta. Em adição a essas características, a Pinot tem normalmente menos taninos e menos pigmentos que uvas como a Cabernet ou Syrah, produzindo quase sempre vinhos mais claros.
Seu berço é a Borgonha e é dessa região que temos os melhores e mais típicos exemplares. As evidências nos dizem que a Pinot Noir é cultivada na região há mais de dois mil anos, com vestígios que datam do século IV a.C., mas oficialmente seu primeiro registro data do ano 1375. Vinte anos depois, ocorreu um fato importante: Felipe II, Duque da Borgonha, emitiu um documento que proibia o plantio da inferior Gamay na Côte d'Or, a favor da Pinot.
Não há como negar que, tanto no processo de desenvolvimento da vinha quanto no de vinificação, essa uva requer muito mais trabalho e dedicação se comparada com qualquer outra. A casta é uma das mais complexas. Os ingleses a chamam "the trick grape" (a uva ardil). Provar um tinto à base de Pinot Noir da Borgonha é diferente de tudo. Torna-se necessário uma compreensão diferente das que temos normalmente sobre outros tintos elaborados a partir de castas distintas.
Ela dificilmente é mesclada com outras uvas, tendo sua fama calcada em varietais. Os vinhos tintos à base de Pinot são, de maneira geral, sensuais, pálidos, perfumadamente doces e, muitas vezes, feitos para reflexão. Para maioria dos enófilos, a apreciação desses vinhos ocorre depois de alguns anos, como uma espécie de doutorado, pós-graduação. Isso se dá pela enorme complexidade dos vinhos feitos com ela.
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A Côte d'Or é um departamento francês cuja capital (sede) é Dijon e tem como sub-sede a cidade de Beaune. A distância que separa Dijon, ao norte, de Beaune, mais ao sul, são de pouco mais de 46 quilômetros. Incrustrado nesse departamento temos as duas mais glamorosas AOC da Borgonha: Côte de Nuits, ao norte de Beaune, e a Côte de Beaune, nos arredores e ao sul da cidade sub-sede da região. Nas próximas páginas listaremos as principais sub-regiões de Côte de Nuits e Côte de Beaune.
Responsável por mais de metade da produção de todos os vinhedos da Borgonha, ou de suas sub-regiões. Há seis AOC regionais, tais como Bourgogne, Bourgogne Passe-tout-Grains etc; três sub-regionais tais como Côte de Beaune Villages, Mâcon etc; e finalmente adicionando 14 nomes geográficos tais como Bourgogne Hautes Côtes de Nuits, Bourgogne Tonnerre etc.
Essas denominações são responsáveis por um terço de toda a produção da região. Há um total de 41 AOC comunais, ou seja, aldeias também conhecidas como AOC. Alguns exemplos são: Chablis, Pommard, Nuits-Saint-Georges, Givry etc.
Aqui temos um total de 10% da produção total da Borgonha. Estamos falando de 562 territórios específicos. Alguns exemplos de Premier Cru: Saint-Aubin Murgers des Dents de Chien, Santenay La Comme, Nuits-Saint-Georges Les Vaucrains etc.
A origem dos Grand Crus da Borgonha pode ser encontrada em trabalhos dos cistercienses que foram capazes de delinear e isolar lotes de terra que produziam vinhos de caráter distinto. Essa é a mais alta categoria dos vinhos da região. Há um total de 550 hectares de vinhedos Grand Cru, dos quais 356 de tintos e 194 de brancos. Em termos de área, representa cerca de 2% dos 28 mil hectares de vinhas da região, excluindo-se Beaujolais. Em 2010, 18.670 hectolitros de vinhos Grand Cru foram produzidos, o que corresponde a 2,5 milhões de garrafas, ou seja, pouco mais de 1,3% da produção total da Borgonha daquele ano. São 32 territórios específicos (sem contar Chablis) com a designação Grand Cru.
Grand Crus
Bâtard-Montrachet
Bienvenues-Bâtard-Montrachet
Bonnes-Mares
Chambertin
Chambertin-Clos de Bèze
Chapelle-Chambertin
Charlemagne
Charmes-Chambertin
Chevalier-Montrachet
Clos de la Roche
Clos de Tart
Clos de Vougeot
Clos des Lambrays
Clos Saint-Denis
Corton
Corton-Charlemagne
Criots-Bâtard-Montrachet
Échezeaux
Grands Échezeaux
Griotte-Chambertin
La Grande Rue
La Romanée
La Tâche
Latricières-Chambertin
Mazis-Chambertin
Mazoyères-Chambertin
Montrachet
Musigny
Richebourg
Romanée-Conti
Romanée-Saint-Vivant
Ruchottes-Chambertin
Região
Côte de Beaune
Côte de Beaune
Côte de Nuits
Côte de Nuits
Côte de Nuits
Côte de Nuits
Côte de Beaune
Côte de Nuits
Côte de Beaune
Côte de Nuits
Côte de Nuits
Côte de Nuits
Côte de Nuits
Côte de Nuits
Côte de Beaune
Côte de Beaune
Côte de Beaune
Côte de Nuits
Côte de Nuits
Côte de Nuits
Côte de Nuits
Côte de Nuits
Côte de Nuits
Côte de Nuits
Côte de Nuits
Côte de Nuits
Côte de Beaune
Côte de Nuits
Côte de Nuits
Côte de Nuits
Côte de Nuits
Côte de Nuits
Pela Route de Vin D794 de Nuits-Saint-Georges ao sul, até Marsannay, a comuna mais ao norte da Côte de Nuits, são pouco mais de 16 quilômetros. Essa viagem de carro é uma das mais incríveis, talvez a mais especial que um enófilo sonha em fazer. Passar e sentir o terroir dos mais expressivos tintos do planeta é uma sensação ímpar. São pequenos vilarejos que não apresentam nada de luxo. Vale destacar que, diferentemente de Bordeaux, os produtores dessa região não ostentam gigantes e luxuosos Châteaux. A Côte de Nuits é uma zona que produz majoritariamente tintos, todos Pinot Noir puros. Nuits-Saint-Georges possui somente vinhedos Premier Cru, que resultam nos vinhos mais raçudos de Côte de Nuits.
Nessa AOC não temos nenhum Grand Cru, contudo há inúmeros Premier Cru. É dessa região que vêm os mais raçudos Pinot Noir da Côte de Nuits. São sempre mais profundos e mais marcados se comparados com os seus rivais de terroir localizados mais ao norte. Temos inúmeros grandes produtores aí, com destaque para a Domaine Prieuré Roch - com seu extraordinário monopole Clos des Corvées -, Domaine de L'Arlot, Domaine du Comte Liger-Belair, Jean Grivot, Jacques Cacheux e Alain Michelot.
São com uvas dessa comuna que é produzido o vinho mais cobiçado do mundo, o mítico monopole Romanée-Conti. Degustar um é uma experiência única. Um tinto superlativo, que tem todas as qualidades. Esbanja elegância, mas apresenta força e muita personalidade. Uma obra-prima.
Além dessa joia, essa AOC traz ainda o monopole La Tâche, também da Domaine de la Romanée-Conti (DRC), além dos extraordinários Grand Cru Richebourg, Romanée-Saint-Vivant, Grands Échezeaux, Échezeaux, La Romanée, dentre outros. Dos Richebourg, além do DRC, os destaques vão para os Domaine Méo-Camuzet e Anne Gros. Dos Romanée St-Vivant, o único rival para o DRC é o Domaine Leroy. O Domaine du Comte Liger-Belair detém o monopólio do especial vinhedo La Romanée.
Temos ainda excepcionais Premier Cru, além de outros excelentes vinhos comunais. Não se pode negar que nessa região há o conjunto dos mais grandiosos tintos da Borgonha. A maioria deles são de alta complexidade aromática e de profundidade incalculável. São verdadeiramente vinhos esplendorosos.
AD 92 pontos
Vosne-Romanée 2006
Jacques Cacheux, Borgonha, França. Esse Communale de uma das mais importantes AOC de toda borgonha, Vosne-Romanée, é muito especial. Tivemos a oportunidade de provar esse Pinot Noir há dois anos. O tempo em garrafa lhe fez bem. Firme, rico e repleto de vida nos aromas. Muita fruta negra e vermelha madura. Apresenta ainda nuances florais e uma boa presença mineral. Buquê com excelente conjunto. Gustativamente provocante e delicioso. O Domaine Jacques Cacheux é uma especial surpresa, sempre com vinhos de alto nível e com custo excelente se comparado com produtores mais badalados. Todos seus tintos valem quanto pesam. Consumo 2017. LGB
É dessa AOC que temos um Grand Cru de pouco mais de 50 hectares denominado Clos de Vougeot. Esse tinto é estrela em muitas mesas, mas seu maior feito foi ser o vinho principal do célebre filme "Festa de Babette". Um ponto que vale destacar é que temos cerca de 80 produtores nesse vinhedo murado. Com isso o nome do produtor passa a ser importante. São inúmeros os produtores do Clos de Vougeot, com destaque para Méo-Camuzet, Jean-Jacques Confuron, Jacques Prieur, Jean Grivot, Domaine Drouhin e Dominique Laurent. De maneira geral, os bons Clos de Vougeot são Pinot Noir mais intensos e com mais peso se comparados com os outros Grand Cru da Côte de Nuits. Além desse Grand Cru, há excelentes vinhos Premier Cru e Villages nessa AOC.
Musigny talvez seja o principal rival do Romanée-Conti e Georges de Vogüé é uma das estrelas da região
AD 94 pontos
Clos de Vougeot Grand Cru 2007
Henri de Villamont, Borgonha, França. Grande surpresa da prova. Sublime nos aromas, de certa maneira contrastando com muitos Clos de Vougeot, que são, na maioria das vezes, mais duros, principalmente na juventude. Fruta madura marcada com a madeira milimetricamente integrada. O conjunto aromático possui equilíbrio sutil e muita elegância. Quando em boca, é delicioso. Rico e fino, mas, ao mesmo tempo, carnudo. Taninos de muito boa formação. Final de boca longo e persistente. Um grande tinto da Borgonha de estilo mais forte, encorpado. Um dos melhores Clos de Vougeot já degustados. Apesar de jovem, foi marcante. Vai melhorar com o passar dos anos. Inesquecível. Consumo 2013/2022. LGB
O famoso e fenomenal Grand Cru Musigny é destaque em Chambolle-Musigny. É um dos mais profundos Pinot Noir da Borgonha. Talvez Musigny seja o maior rival do Romanée-Conti. A grande estrela da região é o produtor Comte Georges de Vogüé, que faz o Musigny tinto (há uma versão branca) mais famoso. Nessa AOC ocorre um fato interessante: Oograndíssimo Grand Cru Bonnes-Mares fica com parte de seus vinhedos em Chambolle-Musigny e outra parte em Morey-Saint-Denis. Georges Roumier é o grande nome quando se fala de Bonnes-Mares. Além de Roumier, os Domaine Drouhin, Dujac, Dominique Laurent e Philippe Pacalet produzem reluzentes tintos nessa AOC. Os vinhos daí são muito perfumados e nunca pesados. Primam pela elegância e finesse. Além dos Grand Cru, temos inúmeros tintos tanto Premier Cru quanto comunais. O mais espetacular Premier Cru dessa AOC é o vinhedo Les Amoureuses, que produz vinhos muitas vezes superiores aos Grand Cru. Mais uma vez, quem brilha nesse single vineyard são os Domaine Drouhin e Georges Roumier.
AD 90 pontos
Chambolle-Musigny 2007
Alex Gambal, Borgonha, França. Mais um surpreendente Pinot Noir da safra 2007. Destacou-se pela suculência tanto olfativa quanto gustativa. Cheio de charme nos aromas, com marcante fruta madura (cerejas e framboesas), madeira, flores e um hint mineral no final. Boca centrada e equilibrada, com excelente acidez. Um especial Villages de um produtor de renome da região. Pronto para ser apreciado hoje e com mais alguns anos de evolução em garrafa. Consumo 2016. LGB
AD 94 pontos
Chambolle-Musigny 1ER Cru Derrière la Grange Vieilles Vignes 2008
Dominique Laurent, Borgonha, França. O controverso e genial ex-patisser Dominique Laurent é um craque na produção de grandes tintos na Borgonha. De maneira geral, produz verdadeiras maravilhas desde seu Borgonha genérico até incríveis Grand Cru. Este 1er Cru é elaborado com vinhas muito velhas. Tem caráter aromático diversificado com a fruta vermelha destacada ao lado da madeira e um toque marcante de pitanga, isso totalmente entrelaçado com um delicioso nuance floral, um hint de pimenta-do-reino e um toque mineral. Conjunto aromático provocante e fresco. Gustativamente, é cheio e repleto de vida. Sua suculência é marcante. Final de boca delicioso, vibrante e diferente. Apesar de jovem, já está apetitoso. Tem muita vida pela frente. Consumo 2020. LGB
Em Morey-St-Denis está uma parte do famoso Grand Cru Bonnes-Mares. Já Chambertin produz o vinho tinto favorito de Napoleão e talvez seja o mais longevo da Borgonha
Além de parte do Grand Cru Bonnes-Mares, há aqui um monumental quarteto de "Clos". São eles Clos des Lambrays, Clos de La Roche, Clos Saint-Denis e Clos de Tart. Os três primeiros são tintos absolutamente especiais, podendo estar entre os mais clássicos e complexos da Borgonha. O Clos de Lambrays é delicioso. Um vinho que pode ser apreciado jovem e com idade. O Clos de La Roche é uma preciosidade. É um misto de um grande Pinot Noir encorpado e rico e, ao mesmo tempo, repleto de finesse e elegância. Seu vizinho Clos Saint-Denis não fica muito atrás, mas quase sempre é menos impactante. Desses dois Grand Cru temos um produtor em destaque, o Domaine Dujac, que alcança o ápice em seu Clos de La Roche. O Clos de Tart é um monopole da casa Mommessin - um tinto mais difícil de ser compreendido e que precisa de alguns anos em garrafa para mostrar todo seu potencial.
Veja também:
+ Romanée: a garrafa de vinho mais cara da história
+ 10 vinhedos Grand Cru borgonheses que você precisa conhecer
A nomenclatura monopole significa um vinho produzido em um vinhedo específico que tem somente um proprietário, consequentemente, só um rótulo. Os mais renomados monopole da Borgonha são os Romanée-Conti e La Tâche, do Domaine de la Romanée-Conti. Além desses, alguns que merecem destaque são: Ruchottes-Chambertin-Clos de Ruchottes de Armand Rousseau, Clos de Tart de Mommessin, Clos de Corvées do Domaine Prieuré Roch, e La Romanée do Domaine Liger-Belair.
Gevrey-Chambertin
É nessa AOC que está o estupendo Chambertin, o tinto favorito de Napoleão Bonaparte. O Chambertin é talvez o mais longevo vinho da Borgonha. Eles estão entre os mais carnudos e marcantes da Côte d'Or. Além do Grand Cru Chambertin temos outros importantíssimos: Charmes-Chambertin, Mazoyères-Chambertin, Mazis -Chambertin, Chambertin-Clos de Bèze e Ruchottes-Chambertin-Clos de Ruchottes. Nessa região, há cinco produtores que fazem vinhos impecáveis, quase perfeitos: Domaine Armand Rousseau, Denis Mortet, Dominique Laurent, Philippe Pacalet e Dugat-Py. Ainda vale ressaltar como grandes nomes dessa AOC os Domaine Drouhin, Pierre Damoy, Ponsot, L'Arlot e Prieuré Roch. Nessa AOC temos, como em Chambolle-Musigny, um Premier Cru que muitas vezes chega perto dos Grand Cru, o vinhedo Clos Saint-Jacques, que brilha nas mãos de Armand Rousseau.
AD 93 pontos
Charmes Chambertin Grand Cru 2004
Jean-Philippe Marchand, Borgonha, França. Escuro na cor, já mostrando ser um Pinot Noir mais encorpado. Aromas frutados com destaque para uma cereja madura. A madeira está bem situada, seguida de tons especiados e final mineral. Buquê elegante e rico. Conjunto aromático harmonioso. Quando em boca, mostra sua força aliada a uma agradável textura. Taninos bem formados. Final de boca suculento e especiado. Um belíssimo Grand Cru da Côte de Nuits. Estará melhor dentro de 1/2 anos. Consumo /2021. LGB
AD 94 pontos
Charmes-Chambertin Grand Cru 2007
Domaine des Beaumont, Borgonha, França. Uma verdadeira joia. Destacou-se pela sua modernidade. O conjunto aromático tem certa percepção de doçura. Ameixas negras, cerejas e framboesas se destacam ao lado de uma deliciosa e equilibrada madeira. Conjunto aromático inebriante. Quando no palato, confirma o estilo alegre e moderno. Taninos deliciosos estão bem situados ao lado da madeira e álcool (potentes 14%). Final de boca persistente e delicioso. Faz jus ao nome de sua AOC, um Pinot Noir cheio de "charme". Foi o vinho que melhor "casou" com um medalhão de filé grelhado sobreposto com uma fatia de foie gras também grelhado. Consumo /2020. LGB
AD 95 pontos
Charmes-Chambertin Grand Cru 2008
Philippe Pacalet, Borgonha, França. Philippe Pacalet tem um vasto currículo, com destaque para seu estágio ao lado do genial Bernard Noblet, responsável pela elaboração dos tintos de Romanée-Conti. É adepto da produção de vinhos naturais. Este charmoso tinto apresentou o buquê mais complexo de todos os Pinot Noir degustados. A fruta madura (cerejas) está muito bem situada ao lado da madeira, milimetricamente integrada ao conjunto, e de tons especiados e florais. Em boca, é sensacional, eletrizante. A alegria desse excelente Pinot Noir é a integração da fruta, do álcool, da acidez, dos tons florais e herbáceos. Final de boca muito longo. Colecionável. Consumo /2020. LGB
Uma AOC surpreendente, com tintos a preços muito mais acessíveis se comparados com a maioria das AOC vizinhas da Côte de Nuits. Os vinhos dessa região são menos impactantes que os anteriormente citados. Nela, há alguns vinhedos de destaque como Clos du Chapitre e Clos de La Perrière. Os produtores de destaque são Faiveley, Pierre Gelin, Bruno Clair e Mongeard-Mugneret.
AD 90 pontos
Fixin 2009
Domaine Pierre Gelin, Borgonha, França. Uma verdadeira surpresa. Esse produtor é um dos que mais brilha na AOC Fixin, ao norte da Côte de Nuits. Aromático e provocante. As sensações olfativas são, de fato, muito agradáveis. Fruta madura de sobra, com toques especiados e florais. O conjunto de nariz é especial. Palato bem estruturado. Macio e rico em boca, com final muito gostoso. A AOC Fixin é uma das menos valorizadas da Côte de Nuits e, por isso, se garimpar bem, poderá encontrar excelentes vinhos como este. Ótimo hoje e com estrutura para continuar evoluindo nos próximos cinco anos. Consumo /2017. LGB
Tintos que primam pela leveza e delicadeza. Destaca-se ainda uma interessante produção de alguns rosés de Pinot Noir. Temos excelentes produtores com destaque para os Domaine Denis Mortet, Méo-Camuzet, Bruno Clair, Olivier Guyot e Trapet.
Marsannay les Vaudenelles 2007
Bruno Clair, Borgonha, França. Linda cor rubi claro, no estilo dos clássicos Pinot Noir. Este delicioso tinto é um achado. É um produtor de renome, que faz verdadeiras joias em diversas AOC. Muita fruta madura com destaque para as cerejas. Apresenta ainda toques levemente terrosos, hints de especiarias e encantador frescor. Médio corpo, com textura sedosa, bom equilíbrio entre acidez, taninos e álcool, e longa persistência final. Conjunto de boca delicioso, com impressionante tipicidade. Grande vinho de uma AOC sensacional pouco explorada no Brasil. Delicioso e pronto para o consumo. Vai continuar em evolução na garrafa. Consumo 2017. LGB
Essa região se localiza tanto ao sul/sudoeste quanto nos arredores da sub-sede da região da Borgonha, a encantadora cidade de Beaune. De Ladoix-Serrigny, ao norte de Beaune, até Santenay, mais ao sudoeste, são pouco mais de 25 quilômetros, pela mesma D794, a Route de Vin da Côte d'Or. Diferentemente da Côte de Nuits, essa região produz mais grandes brancos do que tintos. Nos arredores de Beaune, os tintos têm boa presença, contudo, mais ao sul estão os mais espetaculares brancos do planeta, como o Montrachet. As principais AOC da Côte de Beaune são:
Localizada ao norte de Beaune, é uma AOC desconhecida, mas que produz bons exemplares tintos. Chanson, Champy, Louis Jadot e Nicolas Rossignol são os produtores de destaque.
Aloxe-Corton
É dessa AOC que temos os únicos tintos Grand Cru de toda a Côte de Beaune. São eles: Le Corton, Corton Clos du Roi, Corton Clos de Corton e Corton Les Bressandes. De maneira geral, esses vinhos são mais raçudos e mais encorpados se comparados com os Grand Cru da Côte de Nuits. Possuem estrutura para evoluir por décadas. Os produtores mais importantes são Chandon des Briailles, Faiveley, Antonin Guyon e Hospices de Beaune.
Côte de Beaune prima pelos brancos, no entanto, também produz grandes tintos
AD 92 pontos
Corton Clos du Roi Grand Cru 2006
Domaine Antonin Guyon, Borgonha, França. Uma beleza de Pinot Noir. Representa de maneira completa um grande tinto da Côte de Beaune. A fruta está muito bem marcada com destaque para cerejas, framboesas e morangos. A madeira está bem situada no conjunto. Em boca, é suculento, firme e mais encorpado. Taninos de boa formação. Delicioso, com final longo e persistente. Uma estrela da surpreendente safra de 2006 da Borgonha. Consumo /2020. LGB
Nos arredores da maravilhosa Beaune temos a AOC que leva o nome da cidade. Vinhos muito clássicos e cheios de tradição. É aqui que fica localizado o vinhedo Clos des Mouches, vizinho a Pommard, um "quase" monopole da família Drouhin. Nesse vinhedo, há tanto um excelente branco quanto um delicioso tinto. Temos ainda os vinhedos Premier Cru Greves, Toussaints e Cent Vignes. Além do Domaine Drouhin, destacam-se os produtores Louis Jadot, Jean Pierre Morey, Bouchard, Albert Morot e Jacques Prieur.
AD 90 pontos
Beaune Toussaints 1ER Cru 2006
Albert Morot, Borgonha, França. Albert Morot é um clássico produtor de Beaune. Esse 1er Cru é um de seus vinhos importantes. Aromático e, como a maioria dos vinhos de Côte de Beaune, é mais raçudo tanto nos aromas quanto no palato. O primeiro ataque no nariz é de boa carga de frutas vermelhas e negras, com boa maturação. A seguir, nota-se a marca floral, os toques animais e um hint mineral. Tudo isso é marcado por certa formalidade. Boca muito firme e com bom equilíbrio entre seus 13% de álcool, acidez, madeira e fruta. Muito bom para consumo hoje e com mais alguns anos pela frente. Consumo /2017. LGB
Vila importante localizada nas cercanias da cidade de Beaune. Prima por vinhos muito ricos, carregados de fruta madura e repletos de vivacidade. Excelente custo-benefício. Os vinhedos de maior destaque são La Dominode e Les Narbantons. Os produtores de mais sucesso são Chandon de Briailles, Bruno Clair e Domaine Pavelot. O Savigny-lès-Beaune La Dominode da Domaine Pavelot é um primor de Pinot Noir.
Monthélie e Auxey-Duresses costumam ter vinhos de ótimo custo-benefício. Já Pommard faz os tintos mais potentes de Côte de Beaune
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+ Os vinhos que expressam o terroir da Borgonha e a tipicidade da Pinot Noir
Vizinha mais ao sudoeste de Volnay, com vinhos mais acessíveis no quesito preço. Se procurarmos podemos achar verdadeiras barganhas. Os destaques são o produtor Remi Jobard com seu Les Champs Fulliot. Os Domaine Faiveley e Paul Garaudet produzem também tintos de excelente qualidade, repletos de vida e riqueza.
Vila ao oeste de Meursault e Monthélie. Bons tintos de excelente custo-benefício. Difícil de serem encontrados. O Domaine Comte Armand, que é um primor em Pommard, produz excelentes Premier Cru nessa AOC. Vale destacar ainda os tintos do Hospices de Beaune.
Ao lado dos Corton, são dessa AOC os mais potentes Pinot Noir da Côte de Beaune.São talvez os mais rústicos, esbanjando força e personalidade. Não espere muita sutileza de um Pommard. De maneira geral, são os mais encorpados da Côte d'Or. Há exscelentes vinhedos Premier Cru como Les Pézerolles, Les Rugiens e Les Grands Epenots. Esses três produzem maravilhas. O grande produtor da região é Comte Armand. Além dele, temos Jean Marc Boillot, Albert Bichot, Domaine de Montille e Château de Pommard.
Meursault
Uma AOC que prima pelos brancos, mas que produz uma quantidade ínfima de tintos com o título AOC Meursault. Destaque para o Meursault de Jacques Prieur, o Clos de Mazeray.
Região de Meursault, Santenay e Chassagne-Montrachet são mais famosas pelos brancos e produzem raros tintos
Vinhos raros e difíceis de serem encontrados. Muito bons tintos, sempre com mais leveza que seus rivais dos arredores. Louis Jadot, Lamy e Lamy-Pilot são os mais destacados produtores.
Localidade mais conhecida pelos brancos, mas com tintos de bom renome. São interessantes e com bom custo-benefício. Louis Jadot, Roger Belland e Girardin são os destaques.
Essa AOC brilha muito mais com seus potentes brancos, mas podemos encontrar tintos de boa qualidade. São interessantes, mas nada de muito especial. Os vinhedos mais importantes são Morgeot, Les Baudes e Clos Saint-Jean. Produtores com destacados tintos são Domaine Drouhin, Domaine Ramonet, Bernard Morey e Louis Jadot. Importante ressaltar que o DNA da região é a produção de brancos.
Rivaliza com Pommard na disputa dos mais clássicos e únicos tintos da Côte de Beaune. Vinhos repletos de estrutura e de excelente textura. Talvez um dos mais únicos Pinot Noir. Seus vinhedos Clos des Chênes, Caillerets, Santenots, Taillepieds e Les Brouillards são capazes de produzir vinhos muito perto dos Grand Cru da Côte de Nuits. Os Domaine Antonin Guyon, Lafon, De Montille, Bitouzet-Prieur e Leroy são os destaques.
Domaine Bitouzet-Prieur, Borgonha, França. Este AOC comunal da Côte de Beaune, mais especificamente da comuna de Volnay, é um raçudo Pinot Noir. Linda cor rubi. Conjunto aromático com excelente complexidade. Destaque para a fruta madura (cerejas) da excepcional safra 2009 seguida de toques de defumados, leves tons herbáceos e final de alcaçuz, também levíssimo. Em boca, apresenta deliciosa textura e confirma a "pegada" detectada nos aromas. Taninos com boa formação. Um tinto estruturado com marcante final de boca. Ainda muito jovem, mas já prazeroso. Estará evoluindo em garrafa por mais 6/7 anos. Consumo /2019. LGB
Brilha também mais com seus brancos, mas seus tintos são honestos e deliciosos. São repletos de estilo e sutileza. Os destaques são Domaine Chassorney e Leroy. Esses tintos, principalmente do Domaine Chassorney, têm também boas relações de preço-qualidade.
AD 93 pontos
Saint-Romain "Sous Roche" 2009
Domaine Chassorney, Borgonha, França. Frederic Cossard o proprietário e enólogo desse Domaine é adepto da produção de vinhos naturais. Ele tem como objetivo explorar ao máximo o terroir, dando foco total à qualidade da fruta. Seus vinhos são sempre deliciosos. Este Saint-Romain, AOC mais ao oeste da Côte de Beaune, é fabuloso, expressando realmente o que um grande Pinot Noir pode oferecer. Sem maquiagens, é exuberante nos aromas com muita fruta vermelha madura, cerejas negras, especiarias e delicioso toque mineral. Impressiona pelo frescor. Buquê fascinante. Boca repleta de alegria e vivacidade. Todos os quesitos detectados nos aromas estão presentes no palato, com destaque para a deliciosa e exuberante fruta madura. Um delicioso Pinot Noir que esbanja alegria e estilo. Uma amostra do que a extraordinária safra 2009 produziu. Está delicioso hoje, mas estará ainda melhor em dois anos. Depois disso estará evoluindo por mais 5/7 anos. Consumo /2021. LGB
AD 88 pontos
Saint-Romain 2008
Domaine Taupenot-Merme, Borgonha, França. Vivaz nos aromas. Fruta bem postada com leves toques herbáceos, tons especiados, pimenta-do-reino e hints florais. Conjunto aromático muito interessante. Em boca, é gostoso. Foi melhorando com o tempo em taça. Taninos bem formados, boa acidez e bom equilíbrio. Um Pinot Noir descomplicado e cheio de vida. Está muito bom para o consumo hoje. Continuará evoluindo por mais alguns anos. Consumo /2016. LGB
AD 88 pontos
Mercurey 1ER Cru 2009
Domaine du Meix-Foulot, Borgonha, França. Da excepcional safra de 2009, tem cor rubi brilhante linda. Teve excelente performance ao lado de verdadeiros figurões da Côte d'Or. Menos denso, mas com excelente estilo e boa tipicidade. Framboesas e morangos maduros estão presentes, seguidos de tons levemente especiados, nuances defumadas e um toquezinho de alcaçuz. Gustativamente, é saboroso e vivaz. Bom final de boca com taninos de boa formação. De estilo mais firme do que elegante. Muito bom, mas estará melhor em um par de anos. Consumo /2020. LGB
Poucos quilômetros ao sul de Chassagne-Montrachet está a cidade de Chagny, onde há um excelente restaurante, um dos mais especiais da Borgonha, o Lameloise. De Chagny, já no departamento de Saône-et-Loire, para o sul, temos a terceira região vitivinícola mais destacada da Borgonha, a Côte Chalonnaise, composta por quatro importantes AOC. São elas do norte para o sul: Rully, Mercurey, Givry e Montagny. Temos infelizmente poucos exemplares dessas regiões disponíveis no Brasil. De todos elas, a que mais presença tem é Mercurey, com destaque para o produtor Faiveley. De maneira geral, os tintos são menos elegantes e menos sutis se comparados com os das Côte de Nuits e Côte de Beaune.
Nas colinas que circundam a cidade de Beaune temos duas AOC que produzem tintos interessantes para consumo mais rápido. São elas as Hautes Côtes de Nuits e Hautes Côtes de Beaune. Não são muito especiais, mas podem ser considerados como uma porta de entrada para começar a entender o que um Pinot Noir da Borgonha pode propiciar para um apreciador de vinhos. Infelizmente, a presença desses rótulos no Brasil é pequena. O produtor de destaque disponível é Jacques Cacheux.
Por último, temos a classe dos vinhos AOC Bourgogne, que são produzidos com Pinot Noir da região da Côte d'Or. São simples e, na maioria dos casos, caros.
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2009
Talvez a mais espetacular safra dos últimos anos, igualando-se ou até ultrapassando as reluzentes 1990, 1996, 1999 e 2005. O clima ajudou muito e os vinhos foram esplendorosos. Os resultados foram similares tanto na Côte de Nuits quanto na Côte de Beaune. Tintos extraordinariamente estruturados com fruta muito madura, potência, incrível suculência e elegância sem fim. Os Grand Cru têm estrutura para evoluir muito. Contudo, por terem sido produzidos com frutas muito maduras, estarão mais prontos, mesmo antes de safras mais antigas, como 2005, por exemplo.
2008
Bons tintos foram produzidos, apesar das condições climáticas que permitiram o desenvolvimento de muitas doenças. Qualidade similar nas duas principais regiões, sem um destaque mais notório, seja para a Côte de Nuits ou Côte de Beaune. Atenção para os produtores Dominique Laurent, Philippe Pacalet e Domaine Drouhin. Dominique Laurent produziu um Échezeaux que pode estar entre os melhores de sempre.
2007
Safra mais difícil para os tintos. Os brancos, de maneira geral, foram melhores. A produção de uva foi pequena, abaixo da média dos últimos anos. Os tintos a Côte de Nuits tiveram melhores resultados. São muito bons, mas com estrutura para consumo mais rápido.
2006
Um ano surpreendente. Como foi subsequente a uma grandíssima safra, muitos a desprezaram, principalmente na Côte de Nuits, que teve menos chuva que a Côte de Beaune. Os Côte de Nuits, principalmente de Gevrey-Chambertin e Chambolle-Musigny, se superaram. Vale a pena provar vinhos dessas AOC. São soberbos, alegres e cheios de vida. Os Côte de Beaune são para consumo mais rápido.
2005
Excelentes condições climáticas em toda a Borgonha. Verão seco com dias ensolarados e noites frias. Saúde das uvas na colheita excepcional. Vinhos muito refinados e longevos. Para muitos, a mais extraordinária safra dos últimos tempos na região. Os preços dispararam. Uma safra que vai valorizar ainda muito mais. Tintos e brancos para muitos e muitos anos de guarda.
2004
Tempo não tão especial por causa de tempestades. O trabalho de seleção das uvas na chegada das adegas foi fundamental. Resultado? Excelentes vinhos. Melhor na Côte de Nuits. De maneira geral, os tintos possuem excelente estrutura e boa capacidade de guarda. Já os da Côte de Beaune devem ser consumidos mais rapidamente.
2003
Ano quente e, com isso, uva madura e de boa qualidade. Para alguns produtores, principalmente da Côte de Nuits, tivemos condições excepcionais, dentre as melhores de todos os tempos. Vinhos exóticos e muito concentrados. Mais um ano em que a Côte Nuits suplantou em qualidade a Côte de Beaune. Alta graduação alcoólica.
2002
Uma safra não abundante, mas com uvas com muita saúde. Taninos de excelente qualidade e vinhos muito equilibrados. Desde os Villages até os Grand Cru são de excelente qualidade. Safra de vinhos para média guarda. Estão deliciosos hoje.
2001
Uma safra mais tradicional que produziu vinhos clássicos. Temporada conhecida como ano nublado na Borgonha. Umidade acima da média. Vinhos em que o terroir se sobressai sobre a fruta. Consumo rápido, principalmente os da Côte de Beaune.