O mais importante quando harmonizamos tábua de frios e vinhos e administrar bem a quantidade de gordura que invade a boca
por Redação
Por mais que um quase nunca seja consumido sem o outro, a harmonização de vinhos com tábuas de frios não é tão simples. Principalmente devido às inúmeras opções de embutidos, curados e defumados, terrines e... picles!
Sim, há uma tábua de frios diferente em cada casa!
Porém, há uma característica comum nesses alimentos (exceto as conservas): a gordura.
Assim, a ideia é fazer uma harmonização por contraste e rebater a untuosidade e oleosidade com uma boa quantidade de acidez.
Uma boa porta de entrada para o fabuloso mundo dos Jerez, esse fortificado seco é elaborado exclusivamente a partir de uvas Palomino Fino, cultivadas em Sanlúcar de Barrameda. Tenso, fresco e complexo, esbanja notas de frutos secos e salinas envoltas por acidez vibrante e textura cremosa. Ideal para o aperitivo, de preferência na companhia de azeitonas e de presunto cru.
Elétrico e cheio de frutas brancas e cítricas envoltas por notas florais e de ervas, é um vinho que chama atenção pela acidez vibrante e pela textura tensa e cremosa.
Assinado por Germán Bruzzone, enólogo chefe da Bodega Garzón, este Sauvignon Blanc capta o caráter e mineralidade do terroir de Maldonado. Tem final persistente, com toques salinos e cítricos, que convidam a uma segunda taça.
O vinho mais clássico para acompnhar tábuas de frios e embutidos sem dúvida é um Beaujolais. Esta é a primeira safra deste Fleurie assinado por Gregoire Hoppenot, renomado produtor e depto da mínima intervenção tanto no vinhedo quanto na vinícola, esse vinho é um 100% Gamay, com uvas advindas dos vinhedos Les Roches e Les Garants, no cru de Fleurie, sem passagem por madeira, mas com estágio de 7 meses em tanques de aço inox. Fluido e muito gostoso de beber, chama atenção pelo equilíbrio do conjunto, pelos taninos de ótima textura, pela refrescante acidez e final suculento.
Este 100% Dolcetto estagia tanto em aço inox quanto em grande tonéis de carvalho. Fluido e muito gostoso de beber, aparenta ser menos complexo do que realmente é. Atenção com ele.
Mais uma ótima safra desse branco composto de Antão Vaz, Arinto e Alvarinho, sem passagem por madeira. Franco nos aromas e nos sabores, tem ótima acidez e textura firme e cremosa.
Deixando as polêmicas - um pouco de lado - o Miraval é conhecido pela boa música, um astro apaixonado pelos vinhos e a expertise da Família Perrin em fazer vinhos. Sim, a vinícola de Brad Pitt produz esse rosé a partir de Cinsault, Grenache, Syrah e Rolle (também conhecida como Vermentino). Vivaz e cheio de frescor, apresenta notas de frutas vermelhas, florais, de ervas e de especiarias, tudo em meio a um corpo médio, com acidez refrescante, textura cremosa e final elegante.
Elaborado exclusivamente a partir de Nero d'Avola, sem passagem por madeira. Em nariz, é limpo e fragrante, com frutas negras maduras, especiarias e notas balsâmicas. Tem acidez aguda, taninos de boa textura e final médio e saboroso, com notas de ameixas e de menta.
Elaborado com a melhor seleção da casta Glera, cultivada em grandes terroirs, exibe um perfil de fruta madura (lembrando maçãs e peras) apresenta boa tipicidade e ótimo equilíbrio. Gostoso de beber e refrescante, tem acidez afiada, textura cremosa e final médio e cativante.