Dia do Enólogo

Dia do Enólogo. Conheça os enólogos de vinícolas de renome que também possuem projetos pessoais

De Aubert de Villaine a Michel Rolland, diversos grande enólogos de renome tocam seus projetos pessoais, conheça alguns deles aqui

Aubert de Villaine, um dos maiores nomes do vinho mundial possui seus projetos pessoais
Aubert de Villaine, um dos maiores nomes do vinho mundial possui seus projetos pessoais

por Arnaldo Grizzo

No fim da vida, Lawrence da Arábia, herói militar do início do século XX, recusou os altos postos militares para servir como soldado raso. Diz-se que queria deixar a fama conquistada para trás e apenas contribuir em batalha se necessário. Ele recusou a honraria de cavaleiro concedida pelo rei britânico e usou pseudônimos para evitar ser reconhecido. Não queria a notoriedade, apenas fazer o que acreditava fazer bem.

O exemplo de Lawrence é bastante interessante, de certa forma idiossincrático, mas não de todo estranho. Quantas vezes já não ouvimos um funcionário de uma empresa, por exemplo, dizer: “Meu sonho era ter um negócio próprio”. E, ao mesmo tempo, alguns patrões falarem: “Preferiria ser empregado”.

Quando estamos sob a “tutela” de alguém, é comum pensamos que gostaríamos de ter a liberdade de agir da nossa própria maneira, seguindo nossos instintos e vontades, sem responder a ninguém mais a não ser a nós mesmos.

Por outro lado, quando temos esse “poder” de dar a “última palavra”, às vezes a responsabilidade e as obrigações decorrentes disso jogam um grande peso sobre nossos ombros, fazendo com que, algumas vezes, tenhamos vontade de não estar nessa posição, mas numa um pouco mais subalterna.

Há quem não enxergue essa dicotomia, mas, para muitos, ela existe.

É preciso mais do que apenas coragem para assumir papéis de protagonismo. Vamos para o mundo do vinho, por exemplo. O enólogo certamente não é um “soldado raso”, ele tem uma função primordial dentro de uma vinícola, pois suas decisões afetam diretamente nos resultados. Um erro e o trabalho de um ano (ou ainda muito mais se a imagem da empresa ficar arranhada) está perdido. Apesar de ser uma engrenagem importante, o enólogo é um funcionário, e geralmente responde a outros acima dele.

Assim como todo funcionário, ele certamente almeja algumas liberdades, provavelmente se sente tolhido em determinadas situações e, por fim, sonha em fazer algo com a sua assinatura, sem as amarras que lhe são impostas. Todavia, dar esse passo nem sempre é fácil. Além de colocar o seu nome à prova (quase literalmente já que estamos no mundo do vinho), há diversas questões que antes não estavam sob o domínio do enólogo, mas de uma estrutura muito maior.

Ainda assim, vemos hoje muitos enólogos de vinícolas famosas darem passos nessa direção e criarem projetos pessoais. A maioria em pequena escala, obviamente, com auxílio da família, mas outros até com uma grande equipe por trás.

Vamos então elencar alguns enólogos famosos e seus projetos próprios.

Aubert de Villaine

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Aubert de Villaine é a pessoa por trás do Domaine de La Romanée Conti

Nome por trás do vinho mais famoso do mundo, o Domaine de La Romanée Conti, Aubert de Villaine é uma sumidade. Reverenciado ao redor do globo por sua sabedoria e sua maestria em termos de vinificação. Com os anos, além do mítico vinho borgonhês, De Villaine e sua família desenvolveram outros projetos dentro e fora da Borgonha.

Um deles, por exemplo, é a parceria com a família Dujac, que criou vinhos na região de Provence. Contudo, Aubert possui um domaine familiar, o Domaine de Villaine, em Bouzeron, na Côte Chalonnaise, onde produz vinhos de denominações bem menos famosas do que as de Vosne-Romanée, como Rully, Santenay e Mercurey, por exemplo. Seu foco, aqui, acredite, é a casta Aligoté, pouco celebrada na Borgonha, região famosa por seus Pinot Noirs e Chardonnay.

Alberto Antonini

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Alberto Antonini é consultor em grandes vinícolas pelo mundo todo

Este renomado enólogo italiano está por trás de diversos projetos ao redor do planeta. Alberto Antonini estudou em Florença, em Bordeaux e na UC Davis, nos Estados Unidos, e começou como enólogo assistente na Frescobaldi, depois em Col d’Orcia e na Antinori. Em seguida, tornou-se consultor em diversas partes do mundo, com trabalhos na Argentina (Altos Las Hormigas, onde é sócio), Uruguai (Bodega Garzón), Armênia (Zorah) etc. “Embora às vezes eu seja associado a essa triste categoria conhecida como 'Flying Winemakers', famosa por viajar com uma receita e fazer mais ou menos o mesmo estilo de vinho onde quer que vá, na verdade estou incentivando todos os meus clientes a voltarem para suas raízes e esforçar-se para fazer vinhos que possam ser uma verdadeira expressão da sua origem”, diz.

Ele e sua esposa, aliás, tem uma vinícola familiar em Cerreto Guidi, na Toscana, chamada Poggiotondo. A vinícola foi herdada do pai de Alberto, Carlo Antonini, um professor apaixonado por agricultura, que adquiriu a propriedade localizada no coração da zona de Chianti em 1968.

Marcelo Retamal

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Marcelo Retamal esteve à frente da vinícola De Martino por 25 anos

Marcelo Retamal é considerado um dos enólogos mais importantes na transformação dos vinhos chilenos dos últimos anos. Seu trabalho na vinícola De Martino foi fundamental para pavimentar um movimento que valorizou cepas menos conhecidas assim como estilos de vinificação e também regiões vitícolas menos faladas.

Castas como País, Cinsault e Carignan brilharam em suas mãos, da mesma forma que ressurgiram trabalhos com ânforas, passou-se a fazer colheitas mais precoces, tudo em prol de vinhos mais frescos, ou seja, novos rumos para o vinho chileno. Retamal esteve à frente de De Martino por 25 anos, mas resolveu dar um passo importante e iniciar recentemente um projeto pessoal chamado de Reta, com apenas poucos vinhos ainda, mas com a ideia de explorar as maravilhas do terroir do Chile.

Pierre Lurton

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Pierre Lurton é diretor dos Châteaux Cheval Blanc e Yquem e tem seu projeto familiar

A família Lurton é célebre no mundo do vinho, especialmente em Bordeaux. Pierre Lurton é um dos nomes de maior prestígio, sendo diretor dos Châteaux Cheval Blanc e Yquem, pertencentes ao grupo LVMH. Quase na mesma época em que assumiu a direção de dois dos mais aclamados châteaux do planeta, Lurton também voltou suas atenção para um terra que lhe era familiar, um château em uma região menos badalada de Bordeaux, Entre-Deux-Mers.

Foi em 1991 que ele arrendou as vinhas do Château Marjosse e comprou a propriedade aos poucos, restaurando o convento local que hoje é a sua casa. Apesar de um projeto pessoal e familiar, Lurton tem a ajuda de um enólogo, Jean-Marc Domme, que coordena toda a propriedade.

Mariano García

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Mariano García esteve mais de 30 anos à frente do lendário Vega-Sicilia

Foram mais de 30 anos sendo responsável pelo maior ícone da vitivinicultura espanhola, o lendário Vega-Sicilia. Mas Mariano García foi buscar novos ares e decidiu criar seu próprio mito. Em 1999, ele se juntou a Javier Zaccagnini para criar a Bodega Aalto e elaborar vinhos de altíssimo padrão vindos de uvas selecionadas de povoados ao redor de Valladolid.

Desde 2006, mais alguns sócios foram incorporados ao projeto, as famílias Masaveu e Nozaleda. “Estar longe de Veja-Sicilia permitiu-me construir um projeto excitante e atraente do zero, onde pude concentrar os meus esforços na escolha criteriosa de cada vinha e do estilo e personalidade dos vinhos”, disse García.

Michel Rolland

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Michel Rolland tem serviços em vinícolas do Brasil à China

Michel Rolland é considerado o consultor dos consultores no mundo do vinho. É definitivamente o nome mais lembrado quando falamos sobre consultoria de vinhos ao redor do planeta, tendo prestado serviço vinícolas do Brasil à China. Discípulo do lendário professor bordalês Émile Peynaud, Rolland tem um lista quase infindável de propriedades em que já ajudou a elaborar vinhos.

Ao mesmo tempo, ele também possui propriedades, dentro de fora de Bordeaux, algumas próprias, outras em sociedade. Um de seus projetos pessoais é o Clos de Los Siete, em Mendoza, Argentina, em conjunto com outras três famílias bordalesas. Em um mesmo local nascem quatro “bodegas”, Diamandes, Cuvelier de los Andes, Monteviejo e Rolland. Esta última sob supervisão direta do enólogo-astro e sua filha, Dany Rolland, hoje responsável por muitos empreendimentos e das atividades laboratoriais do pai.

Alejandro Vigil

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O enólogo e bonachão Alejandro Vigil

O bonachão Alejandro Vigil ajudou a consolidar a imagem da vinícola Catena Zapata. Estudioso do Malbec e dos terroirs argentinos, Alê, juntamente com Laura Catena e seu pai, Nicolas Catena, elevaram o patamar do vinho local e produzem alguns dos mais celebrados rótulos da Argentina.

Sempre inquieto, mesmo com toda a liberdade que tem para trabalhar em Catena, o enólogo também se lança em outros projetos. Seus primeiro foi com a outra filha de Nicolas, Adrianna. Em 2009, eles se juntaram para criar Aleanna com os vinhos El Enemigo, um das linhas mais brilhantes da Argentina nos últimos tempos. A empreitada deu tanto resultado que nasceu a Casa Vigil, um dos mais badalados endereços gastronômicos de Mendoza atualmente.

Sandra Tavares da Silva e Jorge Serôdio Borges

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Da união desses dois enólogos portugueses nasceu o “Wine & Soul”

Da união desses dois enólogos portugueses nasceu um projeto pessoal que, logo de cara, transformou-se em um ícone da vitivinicultura portuguesa. Antes de começar o “Wine & Soul”, Jorge havia trabalhado em algumas das mais prestigiadas vinícolas do Douro, assim como Sandra.

Ele foi um dos responsáveis por revitalizar os vinhos tintos da região, tão focada nos clássicos Vinhos do Porto. “Um dia vamos fazer nosso próprio vinho”, Jorge dizia em tom de brincadeira. “Até que surgiu a oportunidade de comprar um vinhedo que reunia todas as condições que achávamos que tinha que ter para produzir o tal vinho que queríamos. Decidimos iniciar esse projeto em 2001”, lembra. Em pouco tempo, o primeiro vinho, o Pintas, tornou-se um fenômeno.

Paul Hobbs

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Paul Hobbs, enólogo americano que ajudou a construir a Malbec na Argentina

O enólogo norte-americano Paul Hobbs esteve no início do que logo se transformou na icônica vinícola Opus One, no Napa. Depois, em meados da década de 1990, participou da maior revolução do vinho argentino, quando houve a explosão do Malbec, e ele prestava consultoria para Catena Zapata.

Atualmente, ele continua prestando serviços de consultoria ao redor do mundo, mas também possui projetos próprios como a Paul Hobbs Winery, na Califórnia, que fundou em 1991, e também a Viña Cobos, em Mendoza, em parceria com Andrea Marchiori e Luis Barraud, isso sem falar em uma joint-venture com produtores de Cahors.

Alvaro Espinoza

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Alvaro Espinoza e sua esposa e parceira na enologia, Marina

Personagem seminal na história do vinho chileno, Alvaro Espinoza estava lá quando o ampelógrafo francês Jean Michel Boursiquot identificou a supostamente extinta Carménère em meio a vinhedos de Merlot na Viña Carmen. Em 1996, ele decidiu vinificar primeiro varietal dessa casta até então desconhecida do público.

Mas, para além dessa aposta, Espinoza também sempre foi um defensor de práticas agrícolas mais brandas ao meio ambiente, como a biodinâmica, por exemplo, e sempre esteve ao lado da sustentabilidade. Com isso, foi pioneiro na implantação da viticultura biodinâmica no Chile em parceria com a Viña Emiliana, para a qual presta consultoria até hoje. Em 1996, contudo, decidiu iniciar um projeto pessoal com sua esposa, Marina. Assim nasceu Antiyal, uma palavra Mapuche que significa “filhos do sol”.

Francisco Baettig

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Francisco Baetttig desejava sua linha já havia nos dito em 2018 que gostaria de ter um projeto seu

Em 2018, quando estava ajudando a mudar o conceito dos vinhos chilenos e criar ideias de denominações de origem com divisões do tipo Premier Cru e Grand Cru em vez de se focar apenas no varietalismo, Francisco Baettig, enólogo da Errazuriz, deu uma entrevista à ADEGA em que deixava claro que sonhava em ter um projeto próprio. “Sonho com isso todos os dias. Mas é difícil. Tenho isso na cabeça. Mas não tenho dinheiro para vinhedos na zona central, onde a terra é muito cara. Gosto mesmo do sul. Sul profundo, 600 quilômetros de Santiago. Creio que lá há um potencial muito interessante”, disse.

E, por fim, recentemente, ele lançou seus primeiros vinhos com o nome Baettig no rótulo, com vinhas de Traiguén, muito ao sul do país, na cordilheira de Nahuelbuta, em parceria com Carlos de Carlos.

Santiago Achaval

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Santiago Achaval, o nome entrega de onde ele vem

Os enólogos Santiago Achaval e Roberto Cipresso estão no início da história da vinícola Achaval Ferrer e do conceito de vinhos de finca (single vineyards) na região de Mendoza. Mais que enólogo (título que, na verdade, não possui, pois não estudou enologia), Santiago é um filósofo do vinho. Sua ideia sempre foi interpretar os lugares e as frutas que lá dão. Mesmo antes de sair de Achaval Ferrer, ele já tinha outros projetos, inclusive nos Estados Unidos.

Ao lado do italiano Cipresso, ele iniciou um empreendimento chamado Matervini em 2008. Para alguém que um dia disse: “A experiência do ser humano é intensamente pessoal. Ao ser pessoal, é única, porque está na junção de duas coisas que mudam o tempo todo: eu mudo e o vinho muda. Essa experiência é individual, única, irrepetível”, nada mais certo do que um projeto pessoal.

Philippe Melka

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Em 1996, Philippe Melka em parceria com a esposa Cherie fundou a Melka Estates

Philippe Melka teve uma carreira meteórica. Ele aprendeu técnicas de vinificação em vinícolas como Château Haut-Brion, Chittering Estate, Badia Coltibuono, Dominus e outras propriedades da família Moueix (Petrus). Atualmente, ele é consultor de inúmeras vinícolas norte-americanas.

Em 1996, contudo, em parceria com a esposa Cherie (que trabalhou em Ridge Vineyards, Beaulieu e Silver Oak Cellars, por exemplo), fundou a Melka Estates, no Napa, deixando a França. Eles começaram com dois vinhos da linha CJ – nomeados em homenagem a seus dois filhos Chloe e Jeremy. Hoje, Greg Kohl é o enólogo responsável pelos vinhos da propriedade.

Stéphane Derenoncourt

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Stéphane Derenoncourt junto com a esposa Christine

Stéphane Derenoncourt tem uma lista enorme de propriedades para a qual já prestou ou ainda presta consultoria. Os châteaux bordaleses obviamente estão entre os mais numerosos, mas ele inclui trabalhos com Francis Ford Coppolla em sua vinícola Rubicon State, assim como consultorias no vale do Bekaa, no Líbano, na Turquia, na Áustria e na Síria também.

Em 1999, porém, ele decidiu iniciar um projeto próprio junto com a esposa Christine. O Domaine de l’A, na pouco falada denominação bordalesa Côtes de Castillon, é um fenômeno da crítica especializada e a realização de um sonho de Derenoncourt, que trabalha em sua propriedade da forma mais “livre” possível.

Rui Cunha

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Rui Cunha, vem uma linhagem de grandes enólogos

“Em 2004, houve a possibilidade de alugar uma adega. A família do meu sócio (Gonçalo Sousa Lopes) havia comprado uma vinícola no Douro, abandonada, que não tinha vinhedos. Conseguimos equipar a adega, plantar nossas uvas e começar nossos projetos de vinhos. E foi assim que nasceu o Secret Spot Wines”, conta o enólogo Rui Cunha, neto de Adriano Ramos Pinto, o fundador da vinícola onde começou sua carreira.

Ele trabalhou por anos na empresa, mas também coordena vinícolas como a Quinta da Covela e a Quinta da Boavista. Em Secret Spot Wines, mesmo não tendo vinhas próprias, coloca sua marca pessoal.

Matías Michelini

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Matías Michelini descarrega sua criatividade no projeto Passionate Wines

Matías Michelini é quase onipresente no vinho argentino atualmente. Seu nome é cultuado entre os que buscam estar no topo da enologia sul-americana, produzindo os mais requisitados rótulos. Michelini assessora vinícolas que, por meio de seus conhecimentos, alcançaram grande prestígio, como Zorzal, Sophenia e tantas outras, seja na Argentina ou fora dela.

Mas “ele descarrega livremente toda sua criatividade” no projeto Passionate Wines, em Tupungato. Pode-se dizer que ele também coloca seu talento em SuperUco, uma empreitada junto com seus irmãos no Uco.

Pepe Galante

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José “Pepe” Galante, um dos grandes enólogos da Argentina

José “Pepe” Galante é um dos enólogos mais importantes da história moderna da viticultura argentina. Durante 30 anos esteve à frente da enologia da Bodega Catena Zapata. Em 2010, Pepe se tornou enólogo da Bodega Salentein, cargo que ocupa até hoje.

Mas decidiu realizar um projeto com o qual sonhava há anos e criar sua própria linha de vinhos no Vale do Uco junto com a família. Foi assim que criou Puramun, um projeto que começou principalmente graças ao apoio de sua esposa, Betti Ferro, até hoje seu braço direito; e também está acompanhado pelos filhos, Cecília, Eliana e Fernando.

Roberto de la Mota

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O primeiro trabalho de Roberto foi ao lado de seu pai, Raul de la Mota, um dos enólogos mais famosos da Argentina, na Bodega y Cavas de Weinert. Mais tarde, ele estabeleceu o programa de vinhos de Terrazzas de los Andes para a Bodega Chandon em 1996 e também foi selecionado como enólogo para Cheval des Andes. Em seguida, uniu-se à família Mendel para produzir seus prestigiados vinhos e também assessora a vinícola Huelanta, entre outras.

Depois de sofrer um acidente em 2007 e quase morrer, Roberto de la Mota e seu filho Rodrigo iniciaram um projeto próprio chamado Revancha, inspirado no jogo de xadrez e criado para celebrar a vida.

Matías Riccitelli

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Matías Riccitelli seguiu os passos do pai na enologia, mas com um toque todo seu

Filho do lendário enólogo da Norton, Jorge Riccitelli, Matías seguiu os passos do pai e também se formou em enologia. Desde 2003, cuida dos vinhos da Fabre Montmayou, uma das vinícolas boutique mais prestigiadas da Argentina. Contudo, após inúmeras colheitas em todo o mundo, decidiu juntar tudo o que aprendeu e dedicar-se a explorar os terroirs de Mendoza e os ensinamentos de seu mentor e pai, Jorge Riccitelli.

Com isso, começou a investir em seu sonho e criou uma vinícola com seu nome e assinatura em Las Compuertas em 2009.

Marco Puyo

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O Vale de Colchagua não é o mesmo sem Marco Puyo

Marco Puyo trabalhou por 26 anos em importantes vinícolas chilenas, entre eles Viña Los Vascos e Viña San Pedro Tarapacá. Com seu trabalho, ajudou a levar o nome do Vale de Colchagua à elite do vinho mundial e esteve por trás de rótulos como Altaïr e Cabo de Hornos, por exemplo.

No ano de 2018, deixou o cargo de diretor de vinificação do grupo San Pedro para se dedicar inteiramente ao seu projeto pessoal, a Viña Dagaz, em Colchagua. Dagaz é uma runa celta que significa “o início de um novo caminho”, refletindo a nova etapa que se inicia na vida profissional.

Irene Paiva

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Irene Paiva tem sua vinícola, a Viña I

Irene Paiva tem uma carreira profissional de larga experiência, tendo estado no começo da joint-venture entre Robert Mondavi e Eduardo Chadwick, fazendo parte da equipe que deu origem ao Seña. A partir do ano 2000, assumiu como gerente de enologia da Viña San Pedro.

Paralelamente, desenvolveu e criou a Viña Tabali no Vale do Limarí. Além disso, atuou em Santa Ema, Bodegas y Viñedos Korta, Trespalacios, Familia Bauzá e Viña Vistamar. A partir de 2007, fundou sua própria vinícola, a Viña Boutique Viña I.

Paulo Laureano

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Um dos mais conceituados enólogos portugueses e uma referência em vinhos no Alentejo, Paulo Laureano presta consultoria para uma diversidade de vinícolas, mas pode-se dizer que seu nome está bastante ligado à Herdade do Mouchão.

Desde 1999, porém, ele criou a Paulo Laureano Vinus com a família, onde se dedica a produzir vinhos com assinatura própria no que ele define como um estilo minimalista. “A Paulo Laureano Vinus quer deixar algumas marcas claras nessa área em torno das uvas portuguesas”, diz ao falar sobre a valorização de algumas castas ainda pouco faladas em Portugal.

Alejandro Cardozo

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O uruguaio Alejandro Cardozo está por trás da Empresa Brasileira de Vinificação (EBV), hoje a mais comentada do país graças à sua atuação na elaboração de vinhos para terceiros. Ele começou a carreira na Varela Zarranz, passou por Portugal e veio parar no Brasil, na Companhia Piagentini.

Daí passou a prestar consultoria e, mais recentemente, vinificar com a EBV para uma série de produtores brasileiros, criando vinhos que vêm se destacando entre os melhores do país. Junto a isso, desde 2005 ele possui um projeto pessoal com com o sócio Irineo Dall’Agnol, o Estrelas do Brasil, e no Uruguai também tem El Viaje.

Heidi Barrett

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Heidi Barrett tem seu projeto pessoal, a Barret Wines

Heidi Barrett está por trás de muitos dos vinhos mais procurados do Napa. Conhecida como a “Primeira Dama do Vinho” dos Estados Unidos, ela foi responsável pela criação de Screaming Eagle, Dalla Valle Maya e Dalla Valle Cabernet no final dos anos 1980 e início dos anos 1990.

Além disso, ela tem um longa lista de colaborações em diversas empresas norte-americanas. Ela também é casada com Bo Barret, do lendário Chateau Montelena. Juntos, eles decidiram criar um projeto próprio em Calistoga, a Barret Wines.

Luís Duarte

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Luis Duarte já foi reconhecido algumas vezes como o melhor enólogo de Portugal

Luis Duarte nasceu em Angola em 1966 e foi para Portugal com 9 anos. Seu primeiro emprego como enólogo foi na Herdade do Esporão e mais tarde assumiu a enologia da Herdade dos Grous.

Há mais de 30 anos atuando, ele já foi reconhecido algumas vezes como o melhor enólogo de Portugal e, desde 2007, começou um projeto pessoal juntamente com sua esposa, Dora Simões. A “Luís Duarte Vinhos” está no Monte do Carrapatelo, perto de Reguengos de Monsaraz e do grande Lago Alqueva.

Daniel Pi

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Daniel Pi foi um dos pioneiros no Vale de Uco

Daniel Pi está ligado a algumas vinícolas de prestígio em Mendoza, como o grupo Peñaflor, que tem vinícolas como Trapice e projetos como Bemberg Estate, por exemplo. Um dos primeiros a olhar com mais critério para o Vale de Uco, não é de se estranhar que Daniel tenha empreendido um projeto familiar por lá.

O Tres 14 começou em 2011 com apenas dois vinhos, que por enquanto se mantêm como únicos representantes do trabalho particular do enólogo no terroir de Gualtallary e de Vista Flores.

Luís Patrão

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Luís Patrão também possui um projeto familiar

“A primeira vindima a sério foi em 1999 na Taylor’s, que é uma das mais importantes casas de Vinho do Porto. Quando terminei a faculdade, viajei um pouco pelo mundo e fiz vindimas na Califórnia, na Rosenblum Cellars, conhecida pelo Zinfandel. Na Austrália, estive na Cape Jaffa Wines onde ouvi pela primeira vez falar em viticultura biodinâmica. No Chile, estive na Cousiño Macul. Em 2003 comecei a trabalhar no Esporão e em 2005 iniciei o Vadio, projeto familiar na Bairrada”.

Resume assim sua trajetória o enólogo Luís Patrão, que atua também na Herdade dos Coelheiros atualmente. Vadio está situado na aldeia da Poutena na região da Bairrada e tem como elemento essencial a recuperação das castas tradicionais.

Pedro Parra

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Pedro Parra, o Mr Terroir tem parcerias no mundo todo

Pedro Parra não é um enólogo, mas um estudioso de terroirs que presta consultoria para dezenas de produtores mundo afora. Em parcerias, ele desenvolveu diversos projetos como Aristos (junto com François Massoc e Louis Michel Liger Belair) e também Clos des Fous. Na Argentina, juntou-se a Alberto Antonini, Antonio Morescalchi e Attilio Pagli para dar vida a Altos las Hormigas.

Mas, mais recentemente, ele decidiu criar um projeto próprio familiar na região de Itata, próximo de suas raízes, em que trabalha com vinhas de Cinsault e País, criando rótulos com nomes inspirados em lendas do jazz.

Marcelo Pelleriti

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Marcelo Pelleriti e suas paixões, música e vinho

Marcelo Pelleriti fez safras para a família Péré-Vergé, proprietária de vinhedos e Châteaux na França – Château Montviel, Château La Gravière, Château Le Gay e Château La Violette em Pomerol— e Argentina —Monteviejo em Mendoza –, desde 2001.

Mas sua paixão pelos vinhos o levou a embarcar em um projeto pessoal em 2007. Sua ideia era revalorizar os terroirs que marcaram o início de sua carreira, em uma fazenda de 110 anos que possui em La Consulta, Vale de Uco.

Merry Edwards

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Merry Edwards, umas primeiras enólogas da Califórnia

Uma das primeiras mulheres a se tornar enóloga da Califórnia, Merry Edwards começou sua carreira em 1973. Ela foi a fundadora da Matanzas Creek Winery em Sonoma e, como consultora, fez vinhos para clientes como Pellegrini Family Vineyards, Liparita Cellars, Lambert Bridge Winery e Fritz Winery. Merry Edwards é uma das principais vozes de Russian River Valley e seus Pinot Noir.

Em 1996, ela comprou terras nas colinas do sul de Russian River Valley. Com seu marido, Ken Coopersmith, como seu ajudante, ela plantou um vinhedo em Meredith Estate em 1998. “Nos primeiros 25 anos de minha carreira, eu não tinha terras próprias. Eu sinto que criar Meredith do zero melhorou muito minha compreensão do esforço dedicado necessário para fazer um excelente Pinot Noir consistentemente. Esta variedade não pode ser feita, tem que ser cultivada”, diz. A vinícola Merry Edwards Winery foi completada em 2008. Hoje, contudo, a empresa foi vendida para o grupo Ro

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