O grupo González Byass é um dos produtores espanhóis mais bem sucedidos
por Eduardo Milan
ADEGA esteve num jantar exclusivo oferecido pela importadora Inovini, com a presença de Bertino e Antonio Gonzales Palacios, gerente regional do grupo, e pôde provar um pouco do que a González Byass está fazendo em diferentes partes da Espanha
Poucos sabem, mas “Tio Pepe” – Jerez desenvolvido por volta de 1840 e hoje mundialmente conhecido – foi a primeira marca formalmente registrada na Espanha. Produzido pelo grupo González Byass, sua história é interessante.
Em 1835, Manuel Maria González Angél, ainda jovem e incentivado por seu tio José Angél de La Peña – justamente o “Tio Pepe” homenageado com o nome do vinho – chegou à cidade de Jerez, na Andaluzia, sul da Espanha, motivado a trabalhar. Naquele mesmo ano, adquiriu uma pequena vinícola e passou a produzir e exportar seus próprios vinhos. Bem-sucedido, em 1855, associou-se a seu importador inglês, Mr. Robert Blake Byass e criou a Bodega González Byass. A empresa voltou integralmente para as mãos dos González quando, em 1988, a família Byass se retirou da sociedade.
Tudo começou com a produção de Jerez, mas atualmente o grupo é dono de vinícolas em várias regiões da Espanha. Na Rioja, possuem a Bodegas Beronia; na Catalunha, a Vilarnau, especializada em Cava; já em Toledo, a Finca Constancia; e, finalmente, em Somontano, a Viñas del Vero. Como se não bastasse, no ano passado adquiriram uma das vinícolas mais aclamadas de Rías Baixas, a Pazos de Lusco, e também passaram a controlar a Bodega Vistamonte, no Chile, primeira incursão do grupo fora da Espanha na produção de vinhos até o momento.
O grupo González Byass é hoje um dos mais prestigiados grupos produtores de vinho espanhol. Entenda o porquê
Ainda assim, o vinho ícone do grupo ainda é o Tio Pepe. A marca é quase um sinônimo de Jerez. Tio Pepe está presente em 103 países e é a marca líder mundial quando se trata do estilo Fino. Segundo Nicolas Bertino, International Sales Director do Grupo González Byass, apesar do consumo mundial estar caindo nas linhas consideradas tradicionais (por exemplo, os rótulos de estilo Cream), em países como França e Inglaterra, o consumo dos clássicos (tais como Fino, Palo Cortado e Oloroso) vem subindo, principalmente nos mercados mais maduros e entre conhecedores e consumidores mais experientes.
González Byass, Jerez, Espanha. Branco fortificado seco elaborado exclusivamente a partir de uvas Palomino Fino, com amadurecimento de quatro anos no sistema de solera. Mostra aromas de frutas brancas maduras, notas florais, minerais e de frutos secos, além de toques tostados. Seco, potente e cheio de tensão, tem acidez vibrante, ótima textura e final persistente, com toques salinos e de frutos secos. Álcool 15%. EM
Vilarnau, Catalunha, Espanha. Espumante rosé brut elaborado pelo método tradicional a partir de 90% Trepat e 10% Pinot Noir, mantido por pelo menos 18 meses em contato com as leveduras. Num estilo mais exuberante, que mostra frutas vermelhas em profusão tanto no nariz quanto na boca, tudo sustentado por bom volume, acidez refrescante e final persistente, com toques salinos e de padaria. Álcool 12%. EM
FINCA CONSTANCIA SELECCIÓN 2013
Finca Constancia, Castilla La Mancha, Espanha. Tinto composto de 33% Syrah, 33% Cabernet Sauvignon, 16% Cabernet Franc, 10% Tempranillo, 4% Graciano e 4% Petit Verdot, com estágio de 13 meses em barricas novas de carvalho francês e americano. Apresenta um estilo redondo e exuberante, em que as frutas vermelhas e negras mais maduras reinam, seguidas de notas florais, de ervas e de especiarias. Sua acidez refrescante e os taninos de ótima textura trazem harmonia ao conjunto, convidando a uma próxima taça. Álcool 14%. EM
Beronia, Rioja, Espanha. Álcool 13,5%. Tinto elaborado a partir de Tempranillo e Graciano, com estágio de 18 meses em barricas mistas de carvalho francês e americano (a tampa e o fundo de madeira francesa e as aduelas de madeira americana). Aromas complexos de frutas vermelhas mais maduras, bem como notas florais, terrosas, tostadas e de especiarias doces. No palato, é frutado, estruturado e carnudo, mostrando boa acidez, taninos finos, madeira bem colocada e final persistente, com toques especiados e minerais. Álcool 13,5%. EM
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