Parte 1

Denominación: Conheça as denominações de origem espanhola

Conheça as pequenas nuances entre as principais denominações de origem espanhola e aproveite melhor de cada rótulo

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por Por Arnaldo Grizzo

A vitivinicultura espanhola é riquíssima e vale a pena entender as pequenas nuances para poder aproveitar o melhor de cada rótulo. Por isso, ADEGA selecionou algumas das mais representativas denominações de origem e criou um especial em cinco partes, que serão publicados entre os dias 23 e 29 de novembro.

Espanha é o país onde há mais área plantada com vinhas, o quarto maior produtor de uvas e o terceiro maior produtor de vinhos do planeta. Por ano, os espanhóis produzem cerca de 44 milhões de hectolitros de vinho e boa parte disso vem de aproximadamente 70 denominações de origem reconhecidas no país.

O sistema de Denominación de Origen (DO) espanhol foi criado em 1932, mas posteriormente revisado em 1970 e atualizado em 2016 para se chamar Denominación de Origen Protegida. Atualmente há mais de 130 áreas consideradas DOP e IGP (Indicação de Origem Protegida).

Dentro da categoria DOP, há o status de Denominación de Origen Calificada (DOCa ou DOQ em catalão) com duas regiões consideradas Rioja e Priorat. Mas ainda há os ditos Vinos de Pago e Vino de la Tierra, por exemplo.

Além das inúmeras denominações de origem, a Espanha tem ainda uma curiosa legislação em relação aos termos ligados ao envelhecimento do vinho. São considerados quatro níveis, que podem levar o nome de Jóven, Crianza, Reserva e Gran Reserva de acordo com o tempo de estágio das bebidas em barricas e em garrafa antes de serem lançadas no mercado.

ENVELHECIMENTO

Jóven: Vinhos engarrafados e colocados no mercado um ano após a sua safra, podendo ou não ter passado por madeira.

Genérico: nomenclatura usada em Rioja geralmente para vinhos em seu primeiro ou segundo ano, que mantêm suas características primárias de frescor e fruta. Esta categoria também pode incluir outros vinhos que não se enquadram nas categorias de Crianza, Reserva ou Gran Reserva, embora tenham sido sujeitos a processos de envelhecimento.

Crianza: Para tintos, o vinho deve ter envelhecido por, pelo menos, 24 meses, sendo que deve passar seis em carvalho. Para brancos e rosados, o período mínimo de envelhecimento é de 18 meses e não há disposições quanto ao uso de madeira.

Reserva: No caso dos tintos, o período mínimo de envelhecimento é de 36 meses, sendo 12 deles em barris e o restante em garrafa. Para brancos e rosados, o vinho deve envelhecer por 18 meses, sendo seis deles em madeira e os demais em garrafa.

Gran Reserva: Os tintos Gran Reserva envelhecem por, no mínimo, 60 meses, sendo 18 deles em madeira e o restante em garrafa. Para brancos e rosados, os períodos são de 48 meses de envelhecimento, sendo seis deles em carvalho.

O ESQUEMA DE DENOMINAÇÕES

Mapa Vinhos Espanha
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DOP - Denominación de Origen Protegida é a base do sistema de controle de qualidade do vinho espanhol. Cada região é governada por um conselho regulador. São atualmente mais de 90 DOPs subdivididas em DOCa, DO, VP e VC.

DOCa / DOQ - Denominación de Origen Calificada é semelhante à denominação italiana Denominazione di Origine Controllata e Garantita (DOCG), para regiões com registro de qualidade consistente. Rioja em 1991 e Priorat em 2003 são as únicas dessa categoria.

DO - Denominación de Origen é o termo para regiões vinícolas reguladas por um Conselho Regulador.

VP - Vino de Pago é um termo especial para vinhos de alta qualidade, de uma única propriedade. Esta categoria foi criada em 2003. Há 14 Vinos de Pago atualmente no país.

VC - Vino de Calidad con indicación geográfica foi uma categoria também criada em 2003. Ela é usada para vinhos que não atendem os padrões da categoria DO, mas estão acima dos padrões da categoria IGP. São seis locais que ostentam essa categoria atualmente.

IGP - Indicación geográfica protegida está abaixo do nível DOP e ainda vinculado a uma região determinada, porém com menos regras. Eles podem usar o termo tradicional Vino de la Tierra (VT ou VdlT).

VdM - Vino de Mesa são vinhos feitos de vinhedos não classificados ou uvas que foram desclassificadas.

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