Sindicalista do vinho vai presidir a INAO enquanto a Comissão Europeia entra com pedido de proteção para produtos além do vinho
por Silvia Mascella Rosa
O Instituto Nacional de Origem e Qualidade da França (INAO) tem novo presidente de conselho, é o viticultor Philippe Brisebarre, que assume um mandato de cinco anos à frente da instituição que garante o reconhecimento e a proteção das apelações de vinhos franceses e de outros produtos agrícolas.
Brisbarre é produtor de vinhos na AOC Vouvray (Indre-et-Loire) e já era o presidente do comitê regional do Vale do Loire para o INAO. Há 25 anos ele está envolvido no sindicalismo do vinho, tendo presidido tanto o Sindicato de Vouvray quanto a Federação das Associações de Vinhos da região.
Conhecido por encarrar desafios, ele já entrou em disputa com a linha de trens TGV, que pretendia atravessar com trilhos parcelas cultivadas da denominação de Vouvray e recentemente presidiu uma comissão criada para experimentar e avaliar castas de uvas não permitidas na denominação, processo que já acontece em outras regiões da França, como Bordeaux.
Sob sua presidência estarão 319 Apelações protegidas (AOP) e 73 Indicações Geográficas protegidas (IGP) para vinhos, além de 52 AOP para produtos lácteos, 82 IGP de carnes e 52 IGP agroalimentares, como aspargos, farinha, maçãs etc.
A Europa busca, cada dia mais, proteger seus produtos típicos e seu 'saber fazer' regional. As indicações geográficas crescem e são cada vez mais valorizadas em todo território, principalmente pelo valor agregado de produtos certificados para exportações. É por isso que a Comissão Europeia entregou uma proposta, no último dia 13 de abril, que visa proteger a propriedade intelectual de produtos industriais e artesanais europeus, com base na experiência das Indicações Geográficas dos vinhos. São objetos dessa proteção artigos como os cristais de Murano (uma das ilhas do arquipélago de Veneza), a porcelana de Limoges na França e o tecido tweed escocês de Donegal, entre outros.
ADEGA já degustou um dos vinhos feitos pelo novo presidente do INAO. Leia a resenha completa clicando na garrafa abaixo:
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