O espumante Prosecco é um dos rótulos mais populares no mundo do vinho
por Redação
O sucesso e a popularidade do Prosecco nas últimas décadas poderiam sugerir que esse espumante foi desenvolvido recentemente pela indústria vinícola do Vêneto. Entretanto, existem registros do termo “Prosecco” desde o século XVIII e documentos de meados do século XIX indicam que o cultivo da variedade (ainda chamada Prosecco) já estava bem desenvolvido na época.
Quando exatamente o vinho feito a partir dela se tornou espumante é mais difícil de determinar. Sabe-se que o primeiro a produzir comercialmente espumantes a partir da uva Prosecco foi o químico e enólogo Antonio Carpenè, que fundou a casa Carpenè-Malvolti em 1868 e, mais tarde, em 1876, a Scuola di Viticultura e Enologia de Conegliano. Desde os anos 1930 havia estudos para se delimitar uma área de produção.
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O Consórcio de produtores foi fundado em 1962 e, no final da década de 1960, finalmente, a Denominazione di Origine Controllata – DOC Conegliano e Valdobbiadene – foi criada oficializando essa área. A DOC Prosecco abrangia vinhedos nas comunas de Conegliano e Valdobbiadene, ao norte de Treviso. Fora da DOC, em uma área mais vasta que chegava a incluir setores do Friuli, os Proseccos produzidos podiam ostentar a denominação de IGT (Indicazione Geografica Tipica).
Nas décadas de 1980 e 1990, o Prosecco atingiu tamanha popularidade que era exportado para todo o mundo e chegou a ser envasado em latas de alumínio. Pode-se dizer que, com essa produção em larga escala, a qualidade, de maneira geral, nivelou-se por baixo e a fama adquirida pela bebida não foi das melhores.
Não há qualquer regra dizendo que Prosecco deva ser sempre espumante. Na verdade, Conegliano Valdobbiadene DOCG é produzido tanto como Spumanti, quanto como Frizzanti e, embora bastante incomum, Tranquillo (estes últimos, normalmente vinhos produzidos para retratar o caráter único da Glera e o terroir de onde a uva vem).
Obviamente, os espumantes são os Proseccos emblemáticos. Podem ser, dependendo do grau de açúcar residual: Brut, Extra Dry e Dry.
Brut – O mais moderno e conhecido internacionalmente, apresenta típicos aromas de frutas cítricas, com notas vegetais e toques de pão, com bastante vivacidade no palato. Seu grau de açúcar residual varia entre 0 e 12 g/l.
Extra Dry – Essa é, na verdade, a versão clássica do Prosecco. Apresenta notas de maçãs e peras, com toques de frutas cítricas e notas florais. Seu açúcar residual varia entre 12 e 17 g/l.
Dry – Tipo menos comum de Prosecco, é marcado, principalmente, por notas florais e de frutas como pêssegos e maçãs. Seu grau de açúcar residual varia entre 17 e 32 g/l.
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