A variedade surgiu com os Fenícios, foi para Espanha e agora brilha sozinha ou em blends franceses
por Redação
O nome Monastrell deriva do latim monasteriellu ou “mosteiro”
Mourvèdre, Monastrell, Mataro, Mataró ou o “M” da trinca GSM com Grenache e Syrah!
Essa uva espanhola com sotaque francês e que produz excelente vinhos, sozinha ou em comunhão com outras castas, teve sua primeira menção ao seu nome original – Monastrell – no longínquo século 14! Sendo, juntamente com a Bobal, uma das variedades mais importantes da região de Valência na época.
O nome deriva do latim monasteriellu, um diminutivo de monasteriu, que significa “mosteiro”, sugerindo que a variedade foi cultivada e propagada por monges na região de Valência, Espanha.
Apesar de ali ser apresentada para o mundo, estudos apontarem que sua origem é bem mais antiga, a casta teria sido introduzida na região pelos fenícios por volta de 500 a.C., quando estes fizeram as primeiras viagens do que hoje conhecemos como oriente médio até a Península Ibérica.
Seu outro nome famoso, o francês Mourvèdre, traz uma pista de onde a uva se desenvolveu já na Espanha e de onde teria saído para conquistar o mundo. Afinal, Camp de Morvedre (Murviedro em espanhol) foi até 1868 o nome catalão para a cidade de Sagunto, um importante porto vinícola ao norte de Valência.
Camp de Morvedre (Murviedro em espanhol), o berço da Monastrell na Espanha
Assim como Mataró, ou Mataro, é um nome também derivado de uma cidade na costa do Mediterrâneo, entre Barcelona e Valência, um dos grandes terroirs por excelência da casta.
Hoje a Monastrell é uma das uvas mais plantadas da Espanha com cerca de 40 mil hectares, mas o grande expoente nos últimos anos é sem dúvida a França. Em 50 anos o país passou de 500 hectares plantados para 10 mil, principalmente nas regiões do Rhône e do Languedoc-Roussillon.
Mas como é o estilo do seu vinho?
A Monastrell é uma variedade que necessita de temperaturas elevadas, especialmente no final do período de maturação, para alcançar sua plenitude.
Os vinhos geralmente apresentam bons taninos e podem ter aromas intensos de amoras e outras frutas silvestres.
Quando incorporada aos blends com diversas castas, ajuda trazendo equilíbrio ao vinho, com taninos finos, porém presentes, e ótima acidez.
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