No berço da civilização, a milenar cultura da bebida é comprovada por evidências com mais de 4 mil anos de idade
por Por Christian Burgos
O filho de Zeus e da princesa Sêmele, Dionísio é, sem sombra de dúvida, uma figura especial na mitologia grega. Dionísio conquistou os homens ao ensinar-lhes o cultivo da vinha (inicialmente em uma jornada pela Ásia), e assim se tornou o deus do vinho. Não bastasse isso, ou talvez por causa disso, Dionísio é o único deus olimpiano filho de uma mortal.
Sua terra natal, a Grécia, é o berço da civilização ocidental, um estado onde testemunhamos em toda esquina a convivência do passado com o presente, do conhecimento do homem sobre si mesmo com a influência do divino sobre o físico.
O ponto de partida de qualquer jornada à Grécia, Atenas, é um testemunho da grandiosidade do papel dos gregos na história da humanidade, cujas contribuições foram tão fortes que se incorporam a todos os povos que em algum momento coexistiram ou dominaram esse estratégico pedaço de terra (ou melhor pedaços de terras) localizado no entroncamento entre Europa, Ásia, Oriente Médio e África.
Os gregos nunca se autodenominam gregos, mas sim helenos. O termo Grécia e gregos foi cunhado pelos romanos, que acabaram por disseminar a cultura daquele lugar, da filosofia às divindades, como o caso de Dionísio, que entre os romanos foi chamado de Baco. Até no Brasil sentimos o peso da Grécia Antiga em nosso dia a dia, pois compartilhamos inúmeras palavras gregas em no vocabulário, às vezes até sem ter consciência disso.
O Império Romano e Alexandre, o Grande, acabaram por levar muitos aspectos da civilização grega para o ocidente e oriente, respectivamente. Foi assim também com o cultivo da vinha e do vinho, inicialmente incorporado pelos romanos e levado às fronteiras de seu império, e depois adotado pela Igreja para ser levado aos quatro cantos do globo.
Na Grécia, a milenar cultura do vinho é comprovada por evidências com mais de 4 mil anos de idade, e o país é caracterizado por uvas que só encontramos ali e pela diversidade de seus terroirs.
RetsinaMuitas vezes apela-se ao preconceito, à ironia e à simplificação barata para justificar a falta de conhecimento. Não são poucas as pessoas que associam a vitivinicultura grega ao Retsina (um vinho ao qual é adicionada uma espécie de resina de pinheiro para criar sua característica organoléptica distintiva). Tivemos que insistir muito para que nos fosse dado a degustar esse vinho, que merece respeito, se não por sua rebuscada qualidade, pelo seu histórico milenar, remanescente de um tempo onde os recipientes que armazenavam os vinhos eram selados com resina para garantir sua conservação. |
É fácil entender essa diversidade ao constatarmos que 80% da superfície terrestre do país é formada por montanhas (sendo o Monte Olimpo a mais alta, com 2.917 metros) e que, sendo menor que o Acre, possui uma costa quase duas vezes maior que a brasileira, com 13.676 quilômetros de comprimento (graças a cerca de 1.400 ilhas).
Com tudo isso, podemos entender claramente o erro de simplificar a definição climática dos vinhedos gregos como Mediterrânea. À influência de montanhas e mar, somam-se a diversidade de solos que vão do vulcânico ao calcário, passando pelo argiloso e arenoso. Tudo isso forma uma miríade de estilos e personalidades nos vinhos.
Com cerca de 130 mil hectares de vinhedos, sendo 70 mil de vitis viníferas, e cerca de 180 mil produtores de uvas, os vinhedos gregos se caracterizam por serem pequenos e pelo cultivo manual, que muitas vezes coexiste com outras culturas. Daí também a atenção à sustentabilidade e uma tendência crescente ao cultivo orgânico.
Naoussa mistura os climas Mediterrâneo e Continental, com vinhedos em altitudes de 150 a 450 metros
ADEGA teve a oportunidade de visitar alguns dos principais terroirs da Grécia e degustar cerca de uma centena de vinhos, e, com isso, ousamos pintar aqui um retrato da moderna vitivinicultura grega.
Em termos de regiões produtoras, a Grécia é dividida em cinco macrorregiões: Norte (com destaque para a Macedônia), Grécia Central e Áttica, Peloponeso e Ilhas Jônicas, Creta e, finalmente, as Ilhas do Egeu.
Nesta região, encontramos a fantástica e intrigante casta Xinomavro (fala-se quissinomávro). Seus vinhos são geralmente colocados no mercado com mais dois anos de idade, após passagem por barricas e afinamento em garrafa. Duas sub-regiões marcam os estilos de seus varietais. A primeira é Naoussa, com climas Mediterrâneo e Continental, vinhedos em altitudes de 150 a 450 metros distribuídos em colinas suaves e com diversas inclinações e orientações. A segunda é Amynteo, com clima Continental e sob grande influência de ventos do norte que sopram todo o ano. Nos frios invernos, é comum nevar, e os verões e outonos são geralmente frescos. A proximidade com grandes lagos também exerce influência no clima da região. Seus vinhedos são mais altos, indo de 570 a 750 metros de altitude. O solo em Amynteo é muito arenoso, a ponto de algumas regiões serem tão arenosas que se tornam livres e imunes à filoxera.
A Grécia é dividida em cinco macrorregiões: Norte (com destaque para a Macedônia), Grécia Central e Áttica, Peloponeso e Ilhas Jônicas, Creta e as Ilhas do Egeu
Essas duas sub-regiões produzem vinhos monovarietais de Xinomavro com perfis distintos, mas ambos com grande capacidade de evolução e crescente complexidade.
Esta região historicamente se dedicava à grande produtividade e volume. A partir da década de 1980, uma nova geração de enólogos vem transformando a região ao focar na qualidade dos vinhos. Um dos grandes exemplos disso encontramos na denominação Rapsani, a mais importante da região, localizada aos pés do Monte Olimpo (até 700 metros de altitude). Seu vinho é um corte tripartite de Xinomavro, Stavroto e Krasato e, nas degustações, chamou a atenção por seu equilíbrio, fruta madura (sem ser sobremadura), bom comportamento com a madeira, belos taninos e concentração.
O Peloponeso é a parte continental mais ao sul da Grécia. No centro da região, encontramos a denominação de vinhos brancos Mantinia e, a noroeste de Corinto, encontra-se a famosa denominação de tintos Nemea.
Mantinia é a região da Moschofilero, cujas características destacamos no box sobre as castas. Nemea, por sua vez é a morada do Agiorgitiko, como que foi batizada em 1460, homenagem ao antigo nome da região na época, Agios Georgios (São Jorge). Nemea também é a morada do “Leão de Nemeia”, primeiro trabalho de Hércules, além de ser a terra de Esparta.
Agiorgitiko é uma casta bastante versátil. Os tintos, quando criados para envelhecer, passam pelo menos 12 meses por carvalho, têm cor vibrante, destacam a fruta vermelha, são encorpados e complexos, com taninos presente e maduros, e boa acidez. Em outro estilo, a casta também produz vinhos jovens, diretos, com fruta vermelha fresca, média acidez, taninos finos e deliciosos. Essa diversidade pode ser explicada por seu clima enquadrar-se entre Mediterrâneo e Continental, ensolarado e com invernos não rigorosos e chuvas moderadas, além de seus vinhedos espalharem-se por altitudes que vão de 250 a 850 metros.
Nas regiões norte da Grécia, uma das principais castas é a Xinomavro
Terroir de Santorini é marcado por solo vulcânico e ventos fortes do vindos do Saara
Basta olhar a matiz de solos nas incontáveis ilhas do mar Egeu para vislumbrar sua riqueza. Há praias com areia branca, outras com areia negra, e algumas ilhas são verdadeiros blocos de mármore.
Na região, está a mais badalada das ilhas gregas, Santorini, ponto de encontro de famosos e palco de casamentos sob o mais fotografado pôr-do-sol do mundo. Essa ilha, para alguns, era o local da antiga civilização de Atlântida e foi marcada por um evento sísmico impressionante.
Santorini tem sua forma peculiar como resultado de um terremoto e um tsunami que destruíram toda a civilização da ilha, e uma caldeira com 300 metros de profundidade se criou quando grande parte da ilha submergiu no Mediterrâneo.
O lado da caldeira ostenta um paredão enorme. Na praia, a poucos metros do paredão, a profundidade é abissal e os grandes navios de cruzeiro ancoram nesse porto, logo abaixo das casas, hotéis e pousadas mais caros da ilha, que se empilham e se equilibram sobre o penhasco para ver o pôr-do-sol.
Nas redondezas de Pyrgos, numa ponta baixa da ilha voltada para a caldeira, estão as mais incríveis vinhas que já vi. Sobre o solo vulcânico e poroso, formado por lava, xisto e pedra-pome, encontramos as parras de Assyrtiko em formato de cesta. São muito antigas (com idades entre 50 e 100 anos) e suas raízes são submetidas à quase completa falta de água e matéria orgânica. A umidade dos fogs matutinos no verão é o que possibilita sua sobrevivência nesse terroir. A característica mineral do solo permite a plantação em pé-franco sem o temor da filoxera.
Para compreender esse terroir é importante notar que essa é uma das ilhas localizada na região das Cíclades, caracterizada pelos ventos fortes que marcam essa parte do mar Egeu. Outros fenômenos inusitados marcam a região. Durante nossa estada, frio e uma chuva fina vinda da África carregava consigo areia do deserto do Saara. Difícil de acreditar que a areia pudesse ser carregada por quilômetros e quilômetros sobre o Mediterrâneo, mas tudo, inclusive meu casaco, ficava com pequenos círculos marrons de areia após as gotas secarem.
A Grécia tem cerca de 130 mil hectares de vinhedos e de 180 mil produtores de uvas
Kalathia (cestas)
Este formato de condução nada usual é fruto da experiência coletiva dos vitivinicultores em séculos de manejo nesse terroir único. O formato em cesta consiste em ir enrolando a videira em anéis, ano a ano, protegendo seus novos brotos e frutos dos fortes ventos e do sol intenso com o tronco vivo e enrolado em forma de uma cesta baixa.
O espaçamento entre as plantas, a pobreza do solo e a rigidez do clima conduzem naturalmente à baixa produção por planta e por hectare (cerca de 1,5 kg por planta e menos de 4 toneladas por hectare), chegando nas vinhas mais antigas a apenas 2,5 toneladas por hectare. O resultado é um vinho branco muito especial e extremo, vibrante em acidez e mineralidade.
Deve-se destacar três estilos de vinho produzidos em Santorini com a variedade Assyrtiko:
Assyrtiko branco seco- Muita estrutura, mineralidade e acidez. Um vinho que prima pela valorização natural de sua fruta e terroir. Um grande companheiro para frutos do mar e peixes. Quando deixa brilhar o terroir e a mineralidade, o enólogo cria vinhos com um delicioso toque de salinidade.
Nykteri – Significa noturno. Assim chamado por ter a Assyrtiko muito madura colhida à noite e feita em blend com Aidani. Um delicioso e rico branco com mínimo de 13,5% de álcool e que passa ao menos três meses em barricas. A madurez da uva, a passagem em madeira usada e o blend domam a acidez da Assyrtiko e geram um vinho profundo, com grande complexidade e ligeiro toque oxidado.
Vinsanto– Outro corte de Assyrtiko e Aidani. As uvas colhidas ultra maduras passam de uma a duas semanas no sol se desidratando. O mosto resultante tem tamanha concentração de açúcar natural (300 a 400 gramas de açúcar por litro) que a fermentação é muito lenta, e pode ir até dezembro. Esse vinho doce natural estagia por longo tempo em barricas de carvalho onde adquire sua característica oxidada. Degustamos alguns com até 40 anos de estágio e, em minha opinião, atinge o auge da combinação de complexidade e vivacidade entre os 10 e 20 anos.
80% da superfície terrestre do país é formada por montanhas
Ainda no mar Egeu e na região das Cíclades, vale destacar a ilha de Samos, com sua renomada denominação de vinho doce: Moscato de Samos. São produzidos em diversas formas, dos fortificados aos vinhos doces naturais, e passam anos em barrica desenvolvendo uma personalidade encantadora conectada aos melhores Moscatéis do mundo.
Nesta ilha, apenas uma pequena parte da superfície é plana, pois sua geografia é marcada por uma cadeia de montanhas que segue de leste e oeste. Ainda assim, Creta responde por cerca de 15% dos vinhedos gregos. O solo é majoritariamente argiloso e calcário, sendo pouco fértil nas encostas. Aqui, encontramos quatro denominações, três próximas a Heraklio e uma na cidade de Sitia.
Os brancos de Sitia devem conter, no mínimo, 70% de Vilana, uma variedade fresca e cítrica que é temperada com a complexidade floral da Thrapsathiri. O tinto de Sitia é um varietal de Liatiko que pode receber até 20% de Madilaria.
As três denominações em Heraklio são: Dafnes, para tintos secos e doces; Archanes, para tintos secos; e Peza, que produz tanto brancos como tintos.
Os vinhos da Grécia ainda são pouco vistos no Brasil. É uma pena que poucos rótulos sejam trazidos por bons importadores. Em parte, é compreensível por se tratar de um vinho que nunca alcançará volume de produção para competir em preço com outras potências do mundo (a Grécia inteira produz menos vinho que a região de Bordeaux, e de maneira muito mais fragmentada). Mas é justamente na exploração da riqueza de seus inúmeros terroirs e uvas únicas que nasce um arsenal invejável a sommeliers e irresistível a amantes do vinho.
A dificuldade do alfabeto grego nos rótulos foi superada por muitas vinícolas que já brilham nos Estados Unidos e no oriente. Os nomes das variedades que a princípio parecem complicados tornam-se familiares rapidamente, e o turismo crescente de brasileiros deve fazer o resto para que os vinhos gregos ganhem o espaço que merecem em nossas taças.
SimplesCom o domínio de inglês e três palavras em grego, você abre as portas desse fascinante país. Efcharisto (algo como eferraristo), que significa “obrigado”; e Parakalo – verdadeiro curinga numa viagem à Grécia –, que apesar de ser literalmente “Por favor”, é usado até para chamar um garçom e atender o telefone. A terceira palavra, obrigatória para os amantes do vinho, é Yiamas: à nossa saúde. |
Mantinia é a principal região da casta Moschofilero
AD 90 pontos
Amalia Brut
Ktima Tselepos, Nemea, Grécia. Este espumante de método tradicional é surpreendente. Muito aromático, apresenta as notas florais da Moschofilero. Este monovarietal passa um ano em contato com as borras e depois um mínimo de seis meses afinando em garrafa. Em boca, confirma o floral atrelado à lichia com excelência. Um vinho para celebrar a vida. CB
AD 91 pontos
Driopi Reseve 2010
Ktima Tselepos, Nemea, Grécia. Este DOP Nemea vem de vinhedos com 35 anos de idade e passa 12 anos em barricas de carvalho (80% francês e 20% americano) e mais 12 meses de afinamento em garrafa para merecer o título Reserva. O nariz tem o toque da evolução de um Bordeaux, com bela fruta, toques de couro e tabaco e um leve final a mel. Na boca, tem bela fruta, taninos que vão vencer o tempo e excelente acidez. A personalidade de um vinho longilíneo que vai evoluir com elegância. CB
AD 91 pontos
Grande Cuvée Nemea 2008
Skouras, Nemea, Grécia. De vinhedos com 20 anos e há 900 metros de altitude é colhido quase cinco semanas mais tarde que outros da região. Tem o ataque intenso, denso e profundo do clima frio e da mineralidade que o produtor descreve como argila vermelha rica em minerais. Passa um ano em carvalho francês e, em boca, tem as características de um bom Syrah do Rhône em termos de fruta fresca negra, muito boa acidez, e taninos elegantes, equilibrados e com deliciosa textura. Aos seis anos, a acidez parece ganhar protagonismo sobre os taninos. Fim de boca equilibrado que promete ainda anos de evolução. CB
AD 89 pontos
Mantinia Nassiakos 2013
Semeli, Mantinia, Grécia. Este Moschofilero apresenta delicioso aroma floral de rosas e dama da noite. Em boca é muito limpo, combinando a flor ao pêssego de forma elegante e deliciosa. Médio corpo e bom final de boca numa garrafa com rótulo lindo. CB
AD 92 pontos
Microclima 2005
Estate Papaioannou, Nemea, Grécia. Vinhedos orgânicos com 40 anos criam este vinho com aromas limpos de cereja e um floral profundo. Com dois anos em barrica e três em garrafa, em boca apresenta excelente acidez e vibração e taninos que fornecem o alicerce para a construção desse vinho que atesta a complexidade do Agiorgitiko evoluído. CB
AD 90 pontos
Nemea 2007
Estate Papaioannou, Nemea, Grécia. Aromas francos de cereja se combinam ao mineral do talco, revelando bela complexidade. Na boca, a cereja é deliciosa, mas a mineralidade e a salinidade são encantadoras. Com passagem de 12 meses em barricas francesas e americanas, apresenta equilíbrio, elegância e taninos na medida. CB
AD 90 pontos
Nemea Reserve 2010
Semeli, Nemea, Grécia. Esta belíssima vinícola merece uma visita com seus vinhedos no topo de um morro de 550 metros de altitude. Este Agiorgitiko é um reserva com bastante frescor, cereja silvestre e um belo floral de violeta. Corpo equilibrado, belíssima fruta e um toque leguminoso. Acidez e taninos de qualidade que merecem tempo em garrafa. CB
AD 91 pontos
Assyrtiko French Oak Fermented 2012
Estate Argyros, Santorini, Grécia. De vinhas com 150 anos nasce este vinho com nariz expressivo e equilibrado, com flor e fruta lado a lado. Em boca, pêssego ladeado por muita estrutura. Os cinco meses em barricas de 500 litros usadas contribui com a textura sem acrescentar toques lácteos garantindo que o floral e a mineralidade se expressem neste vinho com grande vida e equilíbrio. CB
AD 91 pontos
Kallisti Reserve 2012
J. Boutari & Son, Santorini, Grécia. Kallisti é o antigo nome Santorini e quer dizer “o mais bonito”. Assyrtiko fermentado em carvalho novo por sete meses apresenta nariz complexo e puro com fruta tropical. Em boca, a personalidade da fruta se mantém e um leve toque lácteo define o papaia e contribui para a textura que vai melhorando até um surpreendente fim de boca. CB
AD 92 pontos
Kavalieros 2012
Domaine Sigalas, Santorini, Grécia. Assyrtiko de vinhedos de 60 anos, fica oito meses no tanque com as borras. Aromas complexos e mineralidade incrível de pedra de isqueiro junto à fruta do damasco. Em boca, o damasco maduro garante volume junto à grande estrutura e acidez. Vibrante com mineralidade e salinidade que ficam para sempre no retrogosto. CB
AD 91 pontos
Nikteri 2008
Gavalas Winery, Santorini, Grécia. Um grande exemplar, que aos seis anos comprova a capacidade de evolução dos Assyrtiko secos. Aromas alegres de abacaxi e damasco maduros. A boca confirma a fruta, e a doçura da fruta e acidez típica dessa uva ressaltam um suculento abacaxi com volume e opulência, tudo isso com boa integração à madeira que se traduz em bela textura e complexidade. CB
AD 92 pontos
Nychteri 2010
Domaine Sigalas, Santorini, Grécia. Opulento e complexo são as palavras que o definem. Nariz de camomila, pêssego, abacaxi em caldas e damasco. Seus 15% de álcool aquecem e conferem um toque de gordura, que se integra muito bem à extrema acidez do Assyrtiko, que aporta um retrogosto cítrico, mel e damasco. Um vinho de meditação para assistir o pôr-do-sol de Santorini. CB
AD 90 pontos
Santorini 2013
Hatzidakis, Santorini, Grécia. Este branco seco de vinhedos orgânicos conquista pela fruta franca e límpida. Em boca, pêssego, maçã, lima e mineralidade criam volume e textura. Acidez e textura conduzem a um fim de boca que leva a aspiração refrescante. CB
AD 90 pontos
Santorini Barrel 2013
Domaine Sigalas, Santorini, Grécia. Este produtor consegue trabalhar como ninguém e produz um vinho que se revela lindamente na boca. Damasco e pera, guloso, mineral, equilibrado e etéreo; com boa presença de madeira que contribui com volume e redondez ao vinho. Bom com comida e sozinho. Seus 14,5% de álcool são imperceptíveis. CB
AD 92 pontos
Thalassitis Oak Fermented 2013
Gaía Wines, Santorini, Grécia. Este Assyrtiko fermentado em barrica revela sua riqueza e complexidade em boca, com a típica acidez acompanhada de um belo buquê, frutas tropicais e marcante mineralidade. Grande estrutura e complexidade com fim de boca cítrico. Muito longo e com um retrogosto etéreo, em que o cítrico e o floral caminham com um toques lácteo. CB
AD 93 pontos
Vinsanto 12 Years Barrel Aged 1999
Estate Argyros, Santorini, Grécia. Este vinho doce natural passou 12 anos na barrica. Muito elegante no nariz, não revela a doçura dos 230 gramas de açúcar e um toque de acidez volátil contribui para sua personalidade. Uma elegância no nariz que não revela a doçura, mas um toque floral. Na boca, mantém a elegância com uva passa e sem a oxidação esperada, apenas um leve toque de nozes e tâmaras. No fim de boca quase eterno, a acidez equilibra com um toque cítrico. CB
AD 91 pontos
Vinsanto 2002
Hatzidakis, Santorini, Grécia. A cor se torna caramelo devido aos 10 anos em barrica. Em boca, é uma explosão com extrema concentração, doçura, estrutura e acidez. Grande complexidade, em que a acidez abre caminho para um fim de boca de uva passa. 12,8% álcool. CB
AD 92 pontos
Vinsanto 2005
Santowines, Santorini, Grécia. Mesmo com concentração de 240 gramas de açúcar por litro, ressalta um floral no nariz. A potente acidez do Assyrtiko logra conferir equilíbrio a este vinho extremo, acrescentando toques cítricos ao mel e uva passa, refrescando o fim de boca. CB
Peloponeso é a parte continental mais ao sul da Grécia
AD 90 pontos
Samos Muscat
Union of Vinicultural Cooperatives of Samos, Ilha de Samos, Grécia. Na ilha de Samos, próxima à Turquia, nasce este grande representante dos vinhos Moscatéis doces. Delicioso nariz a mel e nozes que se confirma em boca com deliciosa oxidação e belíssima acidez que fazem a garrafa secar em qualquer reunião. CB
AD 92 pontos
Alpha Estate Red (S.M.X.) 2010
Alpha Estate, Florina, Grécia. Um belo corte de 60% Syrah, 20% Merlot e 20% Xinomavro, daí o SMX. Excelente nariz, rico e opulento, com fruta madura, especiarias e tinta. Excelentes acidez e taninos. Equilibrado e longo em sua potência. CB
AD 92 pontos
1879 Vintage 2007
J. Boutari & Son, Naoussa, Grécia. 100% Xinomavro com intenso ataque de ameixa madura, seguido por aromas de tomate, lavanda e cravo. Concentrado, com fruta opulenta, acidez vibrante e taninos marcantes. Muito longo, e com um final defumado e gordo. CB
AD 91 pontos
Diaporos 2011
Kir-Yianni, Naoussa, Grécia. 87% Xinomavro e 13% Syrah, com 14,5% de álcool e passagem de 22 meses em barricas. Nariz profundo e austero com cereja e lavanda. Em boca, é muito bem integrado, profundo e equilibrado, confirmando a cereja com excelente acidez e taninos hercúleos. Excelente retrogosto. Precisa e merece mais três anos na adega. CB
AD 90 pontos
Earth and Sky 2011
Thymiopoulos, Naoussa, Grécia. Este monovarietal Xinomavro tem a cor atraente de um Pinot Noir. No nariz, mostra-se concentrado, com fruta madura e a marcante pasta de tomate. Em boca, mais fruta e groselha, com excelente acidez e taninos marcantes com deliciosa textura. Moderno, aquece com seus 14% de álcool. CB
AD 90 pontos
Estate Foundi 2007
Estate Foundi, Naoussa, Grécia. Nariz profundo e elegante de fruta fresca e mineralidade. Em boca, suculenta fruta vermelha e bela acidez. Excelente retrogosto. Seus incríveis taninos precisam e merecem mais cinco anos em garrafa para serem domados. CB
AD 90 pontos
Naoussea 2008
Estate Foundi, Naoussa, Grécia. Começa a mostrar, em evolução, deliciosas folhas de tomate, azeitonas e um toque floral. Em boca, é muito concentrado e complexo com morango maduro e um toque de mel. Sua acidez e taninos dão vibração ao vinho em 13% de álcool. CB
AD 93 pontos
Ramnista 2010
Kir-Yianni, Naoussa, Grécia. Nariz muito complexo com cereja, folhas de tomate e lavanda. Elegante em boca, com belo morango e um toque balsâmico de alegre acidez. E que textura de taninos! 13,5% álcool. CB
AD 89 pontos
Rapsani Reserve 1998
Tsantali, Monte Olimpo, Grécia. Tradicional corte de 33% Xinomavro, 33% Krassato e 33% Stavroto da Grécia Central. Aroma sexy e complexo da fruta em um vinho evoluído. Em boca, confirma a evolução com um tempero de acidez volátil, mas com taninos bem presentes. Após alguns minutos em taça, seus aromas convergem para o Porto e continuam até atingir cânfora e tabaco. Deliciosa experiência marcada pela idade e pelos apenas 12,5% de álcool. CB
AD 93 pontos
Xinomavro 2009
Argatia, Naoussa, Grécia. Nariz muito complexo e explosivo em sua elegância (como tomar um soco do 007). As folhas de tomate estão aí em toda sua majestade. Em boca, tomate compotado e cereja, com excelente acidez e taninos que garantirão anos de vida a este vinho longo e com belíssimo retrogosto. CB
AD 92 pontos
Xinomavro Averoff 2011
Katogi Averoff, Naoussa, Grécia. Belíssimo Xinomavro com aromas especiados, cereja, morango e as características folhas de tomate que evoluem tão lindamente. A boca confirma a fruta com excelente acidez e taninos. Um primo da Nebbiolo, ganha muito com o tempo, ficando cada vez mais elegante em seus 13% de álcool. CB