Informe da OIV aponta modificações mundiais de consumo e produção de vinhos brancos, tintos e rosés
por Silvia Mascella
A OIV (Organização Internacional da Uva e do Vinho) divulgou na semana passada em Paris o relatório "Evolução da produção e consumo mundial de vinho por cor", preparado no final de 2023 pelo Departamento de Estatísticas da Organização, com dados entre 2000 e 2021.
O grande destaque ficou por conta do aumento de produção e consumo de vinhos brancos, categoria onde também se encontram os espumantes. No começo deste século a produção de brancos correspondia a 46% da produção mundial total. Esse número subiu para 49% em 2021.
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Os vinhos tintos perderam espaço de produção e nas taças nos últimos 20 anos, eles correspondiam a 48% no começo do século e hoje correspondem a 43%. Os maiores produtores europeus tiveram um declínio mais acentuado, como França e Itália. Mas os número totais são compensados pelos países não europeus que produziram mais vinhos tintos, como Chile, Austrália, Argentina, EUA e África do Sul.
O consumo de vinhos tintos também caiu nos países europeus, principalmente na Alemanha, França, Itália e Espanha. Mas em contraste o consumo aumentou em países como a China, EUA, Rússia e Brasil. Os seis países com maior consumo de vinho tinto são todos não-europeus.
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Os vinhos brancos começaram a ultrapassar os tintos em produção em 2013, sendo que o relatório aponta os espumantes como o principal motor dessa mudança, indicando o Prosecco italiano como um dos mais importantes na somatória final. França e Espanha mantiveram a produção de vinhos brancos estável. Já o consumo aumentou nos EUA, na Alemanha e na Inglaterra, especialmente entre os espumantes.
Os vinhos rosés também ganharam mais mercado e foram mais produzidos (a produção global de rosés aumentou 25% entre 2001 e 2021). No começo do século eles representavam 6% da produção mundial de vinhos, mas esse número subiu para 8% em 2021. A França lidera essa produção e também o consumo, seguidos pela Inglaterra, Alemanha e EUA. Mas a produção de rosés também cresceu em países como o Chile e a África do Sul.
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