por Arnaldo Grizzo
Assim que o mundo “abrir” após a pandemia, qual seria o destino de enoturismo que você gostaria de conhecer? Quem sabe realizar um sonho de visitar algum produtor famoso em um região tradicional? Talvez algo menos corriqueiro e partir para se aventurar em regiões menos badaladas em busca de descobertas? Ou ainda fazer um tour nacional? Enfim, a COVID19 adiou os planos de multas pessoas e agora só resta esperar para que a situação “volte ao normal” pelo menos no que tange ao deslocamento de pessoas e abertura de hotéis, restaurantes e vinícolas para realizar aquele passeio maravilhoso que os enófilos gostam tanto de planejar.
Convenhamos, enófilo de carteirinha “tira férias” em região vitivinícola, arruma desculpa para, durante uma viagem, passar por alguma vinícola, tenta descobrir bons locais para comprar vinhos, pesquisa por restaurantes respeitados por sua enogastronomia, etc. Então, para quem está apenas aguardando o momento para aproveitar o melhor do que o mundo do vinho pode proporcionar em termos de experiência de enoturismo, fizemos uma seleção de 20 destinos, sendo 10 “clássicos imperdíveis” e 10 “ótimas alternativas”, além de dicas da Serra Gaúcha e Catarinense. Venha viajar conosco!
Toscana, Itália
Ao pensar na Toscana, não há como não se imaginar degustando um vinho observando o pôr do sol em meios às bucólicas montanhas ao redor de Firenze e Siena. Dali surgem os vinhos mais célebres da Itália, de denominações como Chianti e Brunello, que congregam alguns dos produtores mais tradicionais, e ainda há os famosos Supertoscanos. É difícil resumir o que há de melhor para se ver na região, visitas aos clássicos Antinori, Biondi Santi, Ricasoli, Banfi e outros, são quase obrigatórias.
A beleza de lugares como Castiglion del Bosco (do grupo Ferragamo), Castello di Ama (com suas obras de arte), Antinori (com sua arquitetura fenomenal), Castello di Nipozzano, Le Macchiole, Col d’Orcia etc., fazem com que estadias de poucos dias tragam sérias dúvidas sobre as viníco - las mais interessantes para visitar. Isso sem contar as cidades da região como Firenze e Siena, mas também San Gimignano, Pienza etc.
Douro, Portugal
A terra onde nasce o Vinho do Porto é mágica. O rio Douro corta o norte português, cuja geografia é magnífica. Não à toa, um dos passeios mais fantásticos é o de barco. Há trajetos curtos, de algumas horas, apenas para apreciar a paisagens das montanhas durienses com seus vinhedos em terraços, mas também há alguns cruzeiros que sobem e descem o rio em alguns períodos do ano.
A lista de produtores consagrados é gigantesca, mas algumas dicas de visitas infalíveis certamente são Quinta do Crasto, Quinta do Vallado, Quinta do Sei xo, Quinta da Pacheca (onde você pode se hospedar em barricas) e outras. Há ainda locais ótimos para se hospedar como o Douro Six Senses, o Vila Galé Colection Douro, The Vintage House e A Casa do Rio, isso sem falar no imperdível restaurante DOC do chef Rui Paula.
Alentejo, Portugal
Saindo de Lisboa, indo para o interior, a caminho de Évora, a paisagem alentejana lhe abraça. Com cidades com história riquíssima, castelos e fortes, e, obviamente, grandes vinhos, é a terra onde nasceu o clássico Pera Manca.
Dessa forma, não há como não listar a Fundação Eugênio de Almeida (que produz o ícone citado) como visita obrigatória, mas há ainda a Herdade do Esporão (com seu restaurante top e diversas opções de programas), Herdade da Malhadinha Nova, Herdade dos Grous, Herdade dos Coelheiros, L’And, Mouchão, entre tantos outros que devem ser visitados.
A histórica cidade de Évora também é imperdível, com restaurantes tradicionais como Fialho, e com hotéis maravilhosos como o Convento do Espinheiro. Reguengos de Monsaraz é outro passeio obrigatório.
Bordeaux, França
A “Meca” do mundo do vinho, visitar Bordeaux é quase uma obrigação. Ali estão os “templos” que guardam alguns dos mais prestigiados vinhos do planeta. Em poucos metros, é possível passar de um Château a outro, de uma sub-região a outra, “venerando” cada palmo de terra que cria essas maravilhas vínicas.
Bordeaux não é só a terra dos “cinco grandes”, Mouton, Latour, Lafite, Margaux e Haut-Brion, mas também de uma infinidade de nomes consagrados como Yquem, Cheval-Blanc, Petrus, Angelus, Valandraud, etc. O restaurante Lalique, dentro do Château Lafaurie-Peyraguey, assim como o La Chapelle, no Château Guiraud, são referências gastronômicas. Além da cidade de Bordeaux, obviamente, visitar Saint-Émilion e arredores deve estar na sua lista.
Borgonha, França
A “essência do terroir” em cada garrafa, cada taça, cada gota de vinho. A Borgonha tem a aura e a mística de ser uma “terra sagrada”, onde as uvas Pinot Noir e Chardonnay produzem néctares divinos. É onde nasce nada menos que Romanée-Conti. Mas há muito mais do que esse mítico vinhedo (ao qual todos vão para bater uma foto em frente à cruz que o delimita) na região que compreende os entornos de Dijon até Lyon.
Aqui, apesar de também haver produtores célebres, as pessoas costumam visitar vinhedos, mas se você quiser ir além dos parreirais, pode dar uma passada pelo Domaine Long-Depaquit, as históricas Caves Patriarche, a cooperativa La Chablisienne, Domaine Faiveley, Clos de Vougeot etc.
Champagne, França
Não muito distante de Paris, Champagne é a região das borbulhas por excelência. Tendo a bela cidade de Reims como ponto central e Epernay como ponto de encontro das maiores Maisons, Champagne é um lugar mágico, em que os principais passeios são subterrâneos. Sim, um dos maiores atrativos dos grandes produtores são suas caves escavadas em pedra calcária sob as cidades e vilarejos. São tantos os túneis e garrafas neles guardadas que fica difícil eleger quais os mais interessantes.
Alguns como Pommery, por exemplo, criaram interferências artísticas, outros como Taittinger possuem bases históricas longínquas, casas como Deutz e Bollinger montam trajetos surpreendentes que culminam em salas de degustação deslumbrantes. Vale ainda pode visitar os nomes mais cultuados como Veuve Clicquot, Moët & Chandon, Lanson, assim como pesquisar pequenos como Roger Coulon, Jacques Selosse, etc.
Maipo, Chile
No Chile, não é preciso ir muito além de Santiago para desfrutar do que de melhor é produzido no país. Sim, há diversas regiões vitivinícolas, cada uma com suas belezas, a maioria com opções de turismo de alto padrão, mas, no Maipo estão as vinícolas mais tradicionais do país.
Quase sem sair da capital chilena, pode-se visitar a Concha y Toro (produtor dos clássicos Casillero del Diablo e Don Melchor), Santa Rita, Santa Carolina, Errázuriz (que produz os ícones Seña e Don Maximiano), Aquitania, Undurraga, Haras de Pirque (com sua arquitetura singular em forma de ferradura de cavalo), Perez Cruz, Almaviva (a joint-venture entre Concha y Toro e Mouton Rothschild), El Principal, Cousino Macul, Casas del Bosque, Odfjell (de família norueguesa) etc.
Opções de estadia de altíssimo padrão não faltam, como Las Majadas de Pirque, Hotel Casa Real, The Singular, entre outros.
Rioja, Espanha
No norte da Espanha, ao redor de Logroño, acompanhando o rio Ebro, a região de La Rioja é famosa pelos Tempranillos, mas também por seu enoturismo de primeira. Uma lista de visitas não pode deixar de fora locais como a magnífica Marquês de Riscal, a histórica Bodegas López de Heredia Viña Tondonia, o incrível museu da Bodega Vivanco, além de muitas outras “bodegas” com arquitetura singular como Ysios, Baigorri, e Muga.
Lá estão produtores de renome (além dos já citados) como Marques de Caceres, Marques de Murrieta, CVNE, Ramón Bilbao, Muriel, Carlos Serres, Ontañón (que também possui um belo museu) etc. Há mais de 600 vinícolas na região, uma das mais prestigiadas do país, juntamente com Ribera del Duero. Para ajudar no planejamento de visitas, a região é dividida em três e o conselho regulador tem sugestões de passeios.
Napa Valley, Estados Unidos
Desde os anos 1970, mais especificamente após o famoso “Julgamento de Paris”, os vinhos da costa oeste norte-americana passaram a ser cultuados. A região do Napa transformou-se no ponto de ebulição das novidades vitivinícolas mundiais. De repente, o mundo todo passou a olhar para lá. Os investimentos pipocaram e o local hoje tem opções de enoturismo para todos os gostos. Lá se encontram os nomes mais tradicionais da vitivinicultura dos Estados Unidos como Mondavi, Stag’s Leap, e Chateau Montelena, assim como também fica a mítica Opus One, parceria entre Mondavi e os Rothschild.
A lista de visitas é sempre complicada, pois há de tudo para apreciar como, por exemplo, arquitetura estilo bizantino na Darioush, ou um castelo medieval na Castello di Amorosa, ou o estilo clássico da Inglenook, restaurada por ninguém menos que Francis Ford Coppola, ou as grandes obras de arte na Artesa, ou a imponência da Domaine Carneros, enfim, o Napa é a Disneylândia do enófilo.
Mendoza, Argentina
A cada ano que passa, Mendoza vai se tornando um destino obrigatório para os enófilos brasileiros. As vinícolas, cada vez mais, oferecem ótimas opções de passeios e, principalmente, hospedagem e gastronomia para os visitantes. Os voos diretos facilitam a presença brasileira por lá. Para quem ficar na cidade (há opções como Hyatt e Diplomatic, entre outras), é possível contratar um motorista para visitar em toda a região, inclusive no mais distante vale de Uco, onde a Zuccardi é parada obrigatória, por exemplo.
Mais próximas estão Catena Zapata, Susana Balbo, Trivento, Norton, Terrazas de los Andes outras, quase todas com grandes opções de gastronomia. Outro ponto obrigatório é El Enemigo, com o ambiente incrível de seu restaurante. A verdade é que tem sido difícil escolher roteiros ruins para fazer por lá e vale a pena revisitar a região de tempos em tempos.
Penedès, Espanha
No nordeste da Espanha, perto de Barcelona, fica a denominação de Penedès, região nem sempre lembrada pelos enófilos quando vão à Espanha. Mas, devido à proximidade com Barcelona, dar uma esticada para visitar vinícolas e outras atrações na região é fácil. Ali ficam produtores importantes como a família Torres, mas também expoentes da produção de espumantes como Gramona, Codorníu e Freixenet. Há ainda vinícolas charmosas como Albet i Noya, Jean Leon, Finca Viladellops, Llopart, e Agusti Torello Mata, por exemplo.
É possível se hospedar em Barcelona e sair para visitas nas proximidades (50 quilômetros em média para alcançar as vinícolas da região), mas se quiser ficar em Penedès, as vinícolas Mas Tinell e Can Bonastre, por exemplo, possuem opções de estadia.
Sicília, Itália
Na ponta da bota, a Sicília é um local a ser descoberto. Terra dos ci - clopes na mitologia, a verdade é que a paisagem singular da ilha italiana é fascinante, especialmente pelo vulcão Etna, que caracteriza, de cer - ta forma, desde o povo até o vinho. A cultura é riquíssima, com influências fenícias, gregas, romanas, cartaginesas, bizantinas e normandas, todas misturadas.
Algumas boas indicações para visitar são as vinícolas Planeta, Donna Fugata, Tasca d’Almerita, Baglio di Pianetto, Nicosia, Feudi del Pisciotto, Tenuta Delle Terre Nere etc. Mas a ilha é repleta de história e pontos turísticos para intercalar com os vinhos, como o teatro romano em Taormina, a catedral de Palermo, o porto de Siracusa, as praias, e vale até uma esticada à ilha de Pantelleria.
Patagônia, Argentina
O “Fim do Mundo” tem sido um destino cada vez mais buscado por turistas. A região de Ushuaia, El Calafate e Neuquén, o que se considera a Patagônia Argentina, possui atrativos únicos, entre eles o Perito Moreno, glaciar considerado patrimônio da humanidade. Os hotéis na região são sensacio - nais como o Explora, o Resort Los Cauquenes e o Arakur.
Como a região é muito extensa territorialmente, as cidades mais ao sul são “fora de mão” para quem pretende visitar vinícolas, mas os “aventureiros” podem ficar em Neuquén ou San Patricio del Chañar, por exemplo, onde terão acesso mais fácil a vinícolas como Família Schroeder, Malma, Fin del Mundo, Patritti, Coteaux de Trumao, por exemplo.
Alsácia, França
Quando se fala em visitas a regiões vinícolas francesas, a Alsácia certamente não aparece entre as primeiras opções. No entanto, essa rica região na fronteira da França com a Alemanha (que aliás já dominou essas terras em diversas oportunidades, daí a influência na cultura regional), oferece enormes atrativos para o enófilo, especialmente os que apreciam vinhos brancos.
Partindo da belíssima Estrasburgo, ou da charmosa Colmar, é possível visitar uma infinidade de produtores como os consagrados Zind-Humbrecht, Domaine Weinbach (no histórico mosteiro Clos des Capucins, em Kaysersberg), Trimbach, Marcel Deiss, Hugel, Paul Blanck etc. É encantador sair à caça dos produtores pelas estradas da região passando por vilarejos como Riquewihr, Ribeauville, Bergheim, visitar o Château du Haut-Koenigsbourg, um castelo medieval nas montanhas de Vosges, etc.
Central Otago, Nova Zelândia
Para se ter uma ideia da diversidade da natureza, das paisagens, do deslumbre que é a região de Central Otago, na Nova Zelândia, basta dizer que a trilogia do filme “Senhor dos Anéis” usou a maioria de suas locações lá. Mas além de servir de pano de fundo para esse épico do cinema, a região abriga uma vitivinicultura espetacular, onde se destacam os vinhos de Pinot Noir.
Aqui pode-se ter acesso a produtores como Rippon, Quartz Reef, Carrick, Felton Road, e Akarua. O lugar é incrível para quem quer mesclar enoturismo e turismo de aventura, com trilhas de tirar o fôlego (no bom sentido) em uma natureza totalmente ímpar.
Santorini, Grécia
A idílica ilha grega de Santorini, famosa por suas incríveis fotos do pôr do sol no Mediterrâneo, é outro ponto enoturístico menos usual. Pois é, com ótimas opções de hospeda gens, vistas deslumbrantes, excelente gastronomia, a parte do vinho acaba ficando em segundo plano.
Mas, todo bom enófilo vai querer conhecer os segredos desse paraíso, cuja produção tem características próprias, com vi - nhas centenárias, sistemas de cultivo singulares e uvas nativas pouco conhecidas, principalmente a Assyrtiko. E não são tão poucas assim as opções de visitas a vinícolas na ilha. Em sua lista você deve considerar o Domaine Sigalas, a Koutsoyannopoulos (com seu museu), a Boutari, a Art Space, a Gaia, a Vassaltis, a Venetsanos, a Santowines etc.
Maldonado, Uruguai
O Uruguai é outro país com tradição vitivinícola que raramente figura na lista de visitas dos enófilos, mas deveria. O enoturismo está em franco crescimento por lá e a proximidade com o Brasil faz com que seja um destino fácil e atraente. O país tem fama por seus Tannats, mas há muito mais que isso sendo produzido.
A região mais visitada é Maldonado, especialmente pelo balneário de Punta del Este. E é exatamente ao redor da cidade que ficam algumas das vinícolas mais charmosas. Por lá, vale a visita à Bodega Garzón (empreendimento espetacular do bilionário Alejandro Bulgheroni), à Viña Eden (com excelente restaurante), à Jose Ignacio Bodega Oceanica (com linda arquitetura), à Alto de la Ballena (com sua linda vista).
Tasmânia, Austrália
Localizada na costa sul da Austrália e banhada por três oceanos, a vitivinicultura da ilha se destaca por seus espumantes e Pinot Noirs. Tassie (como é carinhosamente conhecida) mantém 42% do seu território preservado em reservas naturais. As melhores opções estão ao redor das cidades de Launceston e Hobart, sua capital. Na primeira, a casa Jansz Tasmânia e a House of Arras são visitas obrigatórias.
Na região fica o Cataract Gorge, um parque localizado a apenas 10 minutos de carro do centro da cidade e lugar ideal para fazer piquenique, caminhada e, no final da trilha, ao lado do rio, há uma piscina gigante. Já em Hobart, os destaques são a vinícola Stefano Lubiana, de produção biodinâmica, a Pooley Wines e a Moorilla, dentro do MoNa - Museum of Old and New Art, empreendimentos de David Walsh, apostador profissional, cole - cionador de arte e empresário.
Stellenbosch, África do Sul
Quando alguém diz que vai viajar para a África, logo pensamos em safari, certo? No entanto, há muito mais do que ver animais selvagens em seus habitats. A África do Sul tem um vitivinicultura tradicional e regiões impressionantes, com infraestrutura de primeira. Stellenbosch não fica muito distante da Cidade do Cabo e reúne alguns dos mais conceituados produtores sul-africanos. Waterford Estate, Dor nier Wines, Delaire Graff Estate, Kanonkop, Tokara, Lanzerac, e Spier Wine Farm.
Você pode ficar na capital e partir para as vinícolas, que geralmente ficam a cerca de meia hora de distância. E não se engane pensando que Pinotage é o que de melhor se produz em solo sul-africano, pois isso está muito longe de ser verdade.
Oregon, Estados Unidos
A vitivinicultura da costa oeste norte-americana não se resume à Califórnia. Cada vez mais os vinhos do Oregon vêm chamando a atenção. Além disso, as belezas naturais da região são capazes de atrair turistas que, além das paisagens, podem desfrutar de ótimos vinhos, especialmente os Pinot Noirs.
Para se ter ideia do quanto os Pinots de lá estão em voga, os borgonheses da família Joseph Drouhin criaram lá uma base com seu Domaine Drouhin Oregon, que, obviamente, vale a visita. Mas você também pode visitar o Domaine Serene, Eyrie Vi - neyards, Ken Wright Cellars, King Estate, Archery Summit, Argyle, J.K. Carriere, Willamette Valley Vine - yards, etc.
Serra Gaúcha
Muitos dos que planejam passeios enoturísticos acabam esquecendo de incluir a Serra Gaúcha entre os locais para visitar. A região vitivinícola do sul do Brasil é de fácil acesso e tem opções das mais variadas. Locais como o hotel Spa do Vinho, Dall’Onder, Villa Michelon, assim como o mais intimista Vila Valduga, todos em Bento Gonçalves, oferecem conforto para os mais exigentes.
Restaurantes como o Valle Rustico, Mamma Gema, e Casa Madeira destacam a culinária tradicional gaúcha sem perder os toques de requinte. Visitas guiadas pela Aurora, Miolo, Salton, Valduga etc., são capazes de mostrar um panorama dos produtos da região, assim como é possível visitar produtores menores pelos caminhos sinuosos, como os Caminhos de Pedra, passear pelo Vale do Rio das Antas, esticar até Gramado e Canela.
Serra Catarinense
Ainda não é um local de grande atração para os enófilos, mas a Serra Catarinense tem seus encantos. A região de São Joaquim é maravilhosa, com seu parque nacional, não muito distante da famosa Serra do Rio do Rastro, ou seja, paraísos naturais. Ali, cada vez mais vão surgindo empreendimentos vinícolas que trazem opções para os enófilos que por lá se aventuram.
A Leone di Venezia, por exemplo, com sua arquitetura de influência italiana, chama a atenção, assim como a Pericó, empreendimento que atraiu os holofotes para a serra nos últimos anos. Mas lá pode-se visitar outras tantas vinícolas charmosas como a Thera, Villaggio Bassetti, Villa Francioni, Monte Agudo etc. Vale lembrar que, nos meses de inverno, a região é a única do Brasil em que a neve chega a cair, tornando a paisagem ainda mais deslumbrante.