Há mais de 250 anos Portugal criou a primeira zona demarcada de vinhos do mundo e hoje se destaca por sua alta qualidade
por Redação
Portugal detém a honra de ter criado a primeira zona demarcada de vinhos do mundo. Em 1756, o Marquês de Pombal estabeleceu a Denominação de Origem Controlada (DOC) do Vinho do Porto, um marco que abriu caminho para outras regiões, como Vinhos Verdes, Dão, Moscatel de Setúbal, Madeira, Bairrada, Algarve e Alentejo, especialmente após 1908.
A entrada de Portugal na União Europeia, em 1986, e a criação do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) foram determinantes para o crescimento da economia do país e a modernização do setor vitivinícola. Adaptado às exigências europeias, o IVV foi fundamental para posicionar os vinhos portugueses no mercado global.
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No sistema de classificação europeu, os vinhos portugueses são categorizados como VQPRD (Vinhos de Qualidade Produzidos em Região Determinada). Essa designação é atribuída a vinhos que respeitam rigorosamente o “Estatuto” de cada região, que define limites geográficos, rendimentos máximos, tipos de solos, castas específicas, práticas culturais e métodos de vinificação. O controle é rigoroso, garantindo a qualidade e autenticidade dos vinhos certificados pelas Comissões Vitivinícolas Regionais.
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Para vinhos licorosos, espumantes e frisantes, há classificações específicas:
A Denominação de Origem (DO) é atribuída a vinhos cuja produção está vinculada a uma região geográfica específica, seguindo regras rigorosas de produção. Portugal conta hoje com 31 regiões DOC/DOP, sendo que ambas as siglas são usadas no país. A “DOC” se refere à Denominação de Origem Controlada, enquanto a “DOP” segue a nomenclatura pan-europeia de Denominação de Origem Protegida.
Além dessas classificações, há também a categoria “Vinho Regional”, correspondente a vinhos produzidos em uma das 14 regiões delimitadas do país. A União Europeia introduziu designações como “Indicação Geográfica” (IG) e “Indicação Geográfica Protegida” (IGP) para esta categoria, garantindo que, no mínimo, 85% das uvas usadas sejam da mesma região, respeitando castas recomendadas e certificadas.
Por fim, a classificação “Vinho”, que substitui a antiga designação “Vinho de Mesa”, engloba todos os vinhos que não se enquadram nas categorias mencionadas, abrangendo uma produção mais genérica e sem as mesmas restrições das denominações de origem.
Com um vasto legado vitivinícola e um sistema de classificação robusto, Portugal se consolidou como uma referência mundial na produção de vinhos de alta qualidade.
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