A Spätburgunder, ou Pinot Noir, é a estrela dos vinhos tintos da Alemanha, com sabores complexos e estilos que vão do clássico ao moderno
por Arnaldo Grizzo
Conhecida internacionalmente como Pinot Noir, a Spätburgunder é uma joia da viticultura alemã. Ela é para o vinho tinto o que o Riesling é para o vinho branco no país. Confira algumas curiosidades sobre essa cepa no território alemão.
A Spätburgunder tem origens francesas, trazida da Borgonha há séculos. Acredita-se que a variedade seja cultivada desde o século IV, mas sua documentação na Alemanha data apenas do século XIV.
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Poucos sabem que a Alemanha ocupa o terceiro lugar mundial na produção de Pinot Noir. A Spätburgunder cobre 11,8% dos vinhedos alemães. Quase todas as 13 regiões vinícolas alemãs cultivam Pinot Noir, principalmente Ahr (onde Spätburgunder é responsável por mais de 50% das plantações), juntamente com Baden, Franken e Württemberg.
O termo Spätburgunder combina “spät” (tardio) e “burgunder” (Borgonha), refletindo sua característica de amadurecimento lento. Essa peculiaridade permite que a uva desenvolva complexidade de sabores, especialmente em climas mais frios como o alemão.
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Tradicionalmente, os vinhos de Spätburgunder alemães são mais leves em cor, corpo e taninos do que os de regiões mais quentes. No entanto, uma nova geração de enólogos está explorando estilos mais encorpados, muitas vezes envelhecendo o vinho em barricas de carvalho de 225 litros para adicionar notas de baunilha e maior profundidade. A Spätburgunder destaca-se por seu perfil aromático, que pode variar entre amêndoas, frutas vermelhas como a amora, e nuances terrosas.
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