Aos 83 anos, o homem por detrás de alguns dos mais especiais vinhos do mundo anuncia a sua aposentadoria
por Silvia Mascella Rosa
Mais de cinco décadas de vida dedicadas ao trabalho nos vinhedos, na adega, nos negócios familiares do vinho.
Dito assim parece simples e merecido o descanso do enólogo e economista de 83 anos. Não fosse pelo fato de que os "negócios familiares do vinho" tem o nome de um dos maiores objetos de sonho de todo enófilo: Domaine de la Romanée-Conti, aquele "pequeno" quarteirão na Borgonha que produz alguns dos mais raros e caros vinhos do mundo.
Aubert de Villaine é sócio do Domaine e foi enólogo e diretor-gerente da empresa por mais de 50 anos.
"Tenho a impressão de que a notícia de minha aposentadoria se espalhou muito além do que eu esperava e muito acima do que ela merece", declarou Villaine com modéstia a um site de vinhos francês. Ele afirmou, ainda, que não haverá qualquer alteração nas equipes, nas práticas ou na filosofia da vinícola com a sua saída. O cargo dele será ocupado por seu sobrinho, Bertrand de Villaine, que trabalhou junto dele no Domaine nos últimos 14 anos. O outro diretor-gerente, Perrine Fenal, representa a outra família que possui metade da Sociedade Civil do Domaine de la Romanée-Conti. Aubert de Villaine passará a ocupar um cargo no Conselho de Anciãos da empresa.
O Domaine de la Romanée-Conti é proprietário de 44,21 hectares de vinhedos orgânicos nas apelações mais famosas de Vosne-Romanée, na Cóte D'Or na Borgonha. As propriedades são divididas em: 2,28 hectares em Corton, 0,67 hectare de Montrachet, 3,51 hectares de Richebourg, 5,28 hectares de Romanée Saint-Vivant, 4,67 hectares de Echézeaux, 3,52 hectares de Grands Echézeaux, 6,06 hectares em La Tâche e 1,81 hectare de Romanée-Conti.
» Receba as notícias da ADEGA diretamente no Telegram clicando aqui