por Redação
As novas pesquisas indicam que uma taça de vinho contém a quantidade certa de resveratrol para que ocorram as reações onde a substância 'imita' o hormônio estrogênio e retarda o envelhecimento. Altas doses da bebida, porém, vão comprometer a eficácia e não fazem bem à saúde, segundo o pesquisador Henry Bayele
Em um estudo pela University College London, o pesquisador Henry Bayele encontrou uma explicação interessante para o potencial do resveratrol como substância antienvelhecimento. Sua equipe descobriu que o composto presente no vinho pode imitar o hormônio estrogênio no corpo humano para ativar proteínas antienvelhecimento chamadas sirtuínas, que podem ajudar a prevenir problemas de saúde relacionados à idade.
O estudo, publicado no Scientific Reports, explora os compostos ativadores da sirtuína na dieta, incluindo o resveratrol. As sirtuínas se tornaram um alvo promissor para pesquisadores interessados em retardar o processo de envelhecimento, pois são proteínas produzidas pelo organismo que parecem impactar o metabolismo e protegem contra várias condições, incluindo obesidade, diabetes tipo 2, câncer e doenças cardiovasculares e neurodegenerativas.
Aprender o que estimula o corpo a produzir sirtuínas tem sido objetivo comum dos cientistas focados na longevidade nas últimas duas décadas.
Bayele e sua equipe trataram células hepáticas humanas in vitro com diferentes tipos de compostos e descobriram que o resveratrol ativava os sinais de sirtuína através dos receptores de estrogênio, imitando o hormônio. Embora o estrogênio seja comumente definido como um hormônio feminino, homens e mulheres o produzem, e pode ajudar a proteger contra as mesmas coisas que as sirtuínas impedem, como doenças cardíacas.
O pesquisador explica que uma taça de vinho contém cerca de 0,5 a 1 miligrama de resveratrol, e afirma: “É importante notar que essas concentrações são semelhantes àquelas em que o resveratrol se comporta como o estrogênio para induzir a sinalização máxima de sirtuína através dos receptores de estrogênio”, disse.
Outros componentes estudados foram melhores que o resveratrol na ativação de sirtuínas, como a isoliquiritigenina, encontrada no alcaçuz. Mas, segundo Bayele, o resveratrol atraiu mais atenção devido à sua acessibilidade no vinho tinto, combinado com sua proteção demonstrável contra doenças metabólicas, cardiovasculares e neurodegenerativas.
+lidas
1000 Stories, história e vinho se unem na Califórnia
Os mais caros e desejados vinhos do mundo!
Notas de Rebeldia: Um brinde ao sonho e à superação no mundo do vinho
Curso de vinhos para iniciantes, no RJ
Pós-Covid: conheça cinco formas para recuperar seu olfato e paladar enquanto se recupera