Celebrando os 60 anos da Fundação Eugénio de Almeida a Adega Cartuxa realizou o lançamento mundial do Pêra-Manca Tinto 2018 na ProWine São Paulo 2024
por Larissa Avilez
Pela primeira vez, o vinho Pêra-Manca – um ícone português – foi lançado fora do país de origem. O lançamento do tinto 2018 aconteceu na terça-feira (1), durante a ProWine, em São Paulo (SP). “Essa safra ainda não foi aberta em nenhum outro lugar do mundo”, destacou o enólogo Pedro Baptista, da vinícola Cartuxa, responsável pela produção.
Em entrevista exclusiva ao site da Revista ADEGA, Pedro Baptista falou sobre algumas curiosidades que envolvem o ícone – da origem do nome aos mecanismos de segurança usados atualmente. O enólogo também explicou a decisão de fazer o lançamento no Brasil e o que torna este vinho tão especial. Confira no vídeo abaixo:
Durante um vídeo exibido durante a apresentação para cerca de 40 pessoas, destacaram-se imagens do tradicional rótulo e menções às navegações portuguesas, época desde a qual o vinho se relaciona com o Brasil. “A história nos conta que, no século XVI, esses vinhos foram tomados com os indígenas. Óbvio, não se trata da marca Pêra-Manca, mas da região”, disse Baptista.
Especificamente sobre a nova safra, o enólogo destacou as adversidades enfrentadas devido ao clima mais quente e seco. Segundo ele, essas condições tornaram o desenvolvimento das vinhas mais difícil, e foi preciso diminuir o número de cachos por planta. Ao final, os vinhedos mais velhos e resilientes conseguiram levar as frutas a uma “boa maturação”.
Ao todo, foram produzidas cerca de 20 mil garrafas do Pêra-Manca 2018. A produção envolveu a seleção de bagos, um processo de fermentação cuidadoso, o amadurecimento em tanques de carvalho francês por 18 meses e, por último, um processo de maturação nas caves do Convento da Cartuxa, até chegar à forma considerada ideal pela vinícola.
“Nessa fase é possível acompanhar a evolução e chegar à convicção de que estávamos prontos para um ano de Pêra-Manca. Foram quatro anos de expectativa para, quando chegasse este momento, ele não fosse só apreciado como um grande vinho, o que de fato é, mas reconhecido como um Pêra-Manca”, disse o especialista.
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